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A mostrar mensagens de abril, 2017

Momento Zen – O beato César das Neves (JCN) voltou a ter visões

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Pouco depois de o Papa Francisco ter iniciado o seu pontificado, o beato João César das Neves abandonou as homilias pias e dedicou-se às políticas, onde zurze a esquerda com o desvelo com que soía azorragar os infiéis ao seu deus. Neste sábado, dia 29 de abril, teve uma recaída. Um súbito ataque de fé fê-lo regressar à defesa das “aparições” de Fátima, com o mesmo desvelo com que defende Cavaco Silva e Passos Coelho, e igual ódio a hereges religiosos ou políticos. O homem não ensandeceu, mas nada aprendeu depois do concílio de Trento.  Espuma de raiva contra os «clérigos [que] parecem dizer que, afinal, a Senhora não esteve lá», em Fátima e pergunta dilacerado: «Descobriu-se algo de novo ou são mais confusões e mal-entendidos?». O ódio de estimação vai para Anselmo Borges, catedrático jubilado de filosofia e padre, por ter afirmado ao Expresso que “é evidente que Nossa Senhora não apareceu em Fátima”, e até “D. Carlos Azevedo, bispo-delegado do Conselho Pontifício da Cultura no

Passos Coelho: Ressabiamento duradouro e inevitável alienação …

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Passos Coelho, dirigente do PSD, tem feito ‘aparições’ pelo País para apoiar os candidatos autárquicos do seu partido. Na maioria dessas programadas intervenções aproveita para perorar sobre a situação política nacional e enveredando por passes mágicos tenta acenar às plateias que o seguem a emergência de um mítico ‘Inferno’ que continua à espera de um relapso (e refractário) diabo.    Recentemente, em Arganil, voltou a usar este estratagema. Afirmou: “Muitas pessoas tiveram receio e desconfiança da solução adotada” link .   A ‘solução adotada’ é mais do que o Governo PS (com o apoio de toda a Esquerda parlamentar), já que sistematicamente omite o ressabiamento nascido da oportunidade que a Democracia proporcionou ao País para a aplicação de políticas alternativas (que sempre negou existir) e que passam pela rejeição em prosseguir uma política neoliberal que estava subjacente ao encapotado programa político com que se apresentou nas eleições em Outubro de 2015.   Estas s

A fé é que os salva

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Gente de palavra é outra coisa

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A UE, o Brexit e as eleições britânicas...

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A primeira-ministra Theresa May acusa a Europa de se “unir” contra a Grã-Bretanha link .   Na realidade, a saída do Reino Unido não foi orientada em relação a Bruxelas, ou a Estrasburgo e, muito menos, visava Frankfurt (onde nunca lá esteve). Muito embora a maioria dos países europeus tenha razão de queixa dos órgãos centralizados da União (Comissão Europeia, Parlamento, BCE e Conselho Europeu) uma coisa são as derivas administrativas e burocráticas, outras serão os instrumentos de diktat e as almofadas financeiras para camuflar dominâncias (Norte/Sul) e os superavits (os défices do Sul) e, finalmente, sobram indícios de um projeto europeu concebido, há largas dezenas de anos, e presentemente em situação de um enorme 'stress' (democrático e institucional). Quem desiste de lutar perdeu antecipadamente e, com certeza, terá um lugar obscuro na (pequena) História.   O ‘exit’ britânico foi concebido e executado (‘desconstruído’) em relação à União Europeia. Não foi diri

A vinda do Papa e a tolerância de ponto

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A tolerância de ponto decretada pelo Governo é um ato indigno de uma República laica. A separação das Igrejas e do Estado não é apenas uma conquista civilizacional, é a exigência do espírito e da letra da Constituição da República Portuguesa. A vista do Chefe de Estado do Vaticano exige honras de Estado, mas o Papa fez questão de declarar-se mero peregrino. A sua visita é, pois, um assunto do foro religioso e, mesmo para alguns católicos, uma caução ao maior embuste do século XX, montado em Portugal contra a República, em 1917, aproveitado contra o comunismo, a partir de 1930, já durante a ditadura fascista e, depois da implosão da URSS, contra o ateísmo. As alegadas visões de três pastorinhos analfabetos correspondem ao catecismo terrorista que ainda apavorava as crianças da década de 40 do século passado, com o Inferno em plena laboração e as almas a frigirem em azeite e em perpétuo sofrimento, com o Diabo a mergulhá-las com um garfo de 3 dentes até ao fundo do caldeirão. A

Associação Ateísta Portuguesa (AAP)

Despacho da Lusa “Ataque” ao Estado laico A Associação Ateísta Portuguesa considera que a decisão já anunciada é "um descarado ataque à laicidade" do Estado. Essa medida "é uma atitude indigna de submissão perante a Igreja Católica", disse ainda o presidente da AAP à agência Lusa. O dirigente ateísta rejeitou ainda "a caução que, de certo modo, está a ser feita pelas entidades públicas a uma encenação que começou por ser contra a República”. Em 1930, as alegadas aparições "passaram a ser contra o comunismo e, depois da implosão da União Soviética, contra o ateísmo", salientou Carlos Esperança. "Esta encenação pia tem tido a colaboração de autarquias que sofrem ataques de fé e proselitismo em anos eleitorais", criticou. Para o presidente da AAP, a concessão de tolerância de ponto põe em causa "a letra e o espírito da Constituição da República" e constitui "uma traição à separação entre as igrejas e o Estado

A Guarda em meados do século XX - Crónica

Quando, em 1953, entrei para o Liceu Nacional da Guarda, já conhecia a cidade. Vivia a duas léguas de distância, numa aldeia onde tinha ido um carro com a imagem da Sr.ª de Fátima rodeada de pombinhas, milagre que extasiava as criaturas e as fazia ajoelhar no chão, e de padres com pressa de recolherem o óbolo e demandarem outra paróquia. Levava no currículo 4 sacramentos, que a Igreja não brincava em serviço, e três exames oficiais: o da 3.ª classe, feito em Vila Fernando, o da 4.ª, com distinção, na escola Adães Bermudes, e o de admissão ao liceu, mas já antes ia à cidade, onde o meu pai regressava após o exílio de cada promoção na hierarquia das Finanças. Recordava a deslocação para ver o Carmona, com o bigode e a farda da fotografia da minha escola, na Praça Velha, cheia de gente, e o carro de bombeiros ardido nesse dia. Vi a primeira farda com dragonas, com o homem dentro e o bigode de fora, sob o boné, aos ombros do meu pai. Nesse ano esperei dois meses pelo seu regresso de Br

A Espanha e o episcopado

A Igreja católica espanhola, onde os bispos se consideram exonerados do cumprimento das leis e das decisões dos Tribunais, é uma espécie de offshore da legalidade. O casamento civil de uma professora de religião católica, paga com dinheiro do Estado, foi exonerada pelo bispo da diocese, uma situação recorrente no País que ainda não fez o julgamento do franquismo. Estranha é a desobediência às decisões dos tribunais , incluindo à do Supremo Tribunal que deu razão à professora e cuja desobediência é um gravíssimo atentado à legalidade democrática. A impunidade dos bispos-talibãs é inaceitável. Para que serve a polícia?

Há 80 anos

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O bombardeamento de Guernica, em 26 de abril de 1937, às 16H40, foi um ataque aéreo por aviões alemães da Legião Condor, durante a Guerra Civil Espanhola, no País Basco. Foi a monstruosa aliança do nazismo alemão com o exército marroquino de genocida Franco numa demonstração cruel da força dos demónios que surgiam na Europa.

Ontem, em Almeida

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25 de Abril em Almeida Ontem, largas dezenas de cidadãos e cidadãs participaram, depois das cerimónias oficiais, no almoço popular evocativo da data emblemática da democracia. No Largo 25 de Abril, entre o Monumento ao 25 de Abril e as muralhas da histórica vila de Almeida, homenagearam-se os capitães de Abril e a liberdade que nos devolveram.

Penacova - Atentado à laicidade

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Ex.mo (a) Sr. (a) Incumbiu-me o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Penacova de enviar o convite para a exposição “100 anos, 100 terços: Centenário das Aparições de Fátima”, a ter lugar no dia 3 de maio, pelas 17.30h, na Biblioteca Municipal de Penacova. Paula Silva___________________ Biblioteca Municipal / Centro Cultural Largo Alberto Leitão, 5 | 3360-191 Penacova www.cm-penacova.pt  | geral@cm-penacova.pt  

Viva o 25 de Abril !

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Não os esqueçamos!

Viva o 25 de Abril! Sempre

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«Esta é a madrugada que eu esperava O dia inicial inteiro e limpo Onde emergimos da noite e do silêncio E livres habitamos a substância do tempo» (Sophia de Mello Breyner Andresen, in 'O Nome das Coisas') Na véspera d’ ‘o dia inicial inteiro e limpo’, a minha homenagem vai para os capitães de Abril, para todos os que não hesitaram em derrubar a ditadura, e devolveram ao povo o direito à liberdade. Os salazaristas reciclados, os que mais lhe devem, os que mais longe chegaram graças à generosidade dos que tudo arriscaram, sem nada receberem, nunca lhes perdoaram. Para os almocreves do salazarismo os heróis de Abril não passaram de insurretos suspeitos. Houve quem negasse ao mais emblemático capitão de Abril a pensão que guardou para os pides, quem exonerasse da lapela o cravo e do pensamento a democracia, e chegasse aos cargos mais elevados da República. Mas, no coração do povo português, depois de apodrecidos os ressentidos e esquecidos os protofascistas que a demo

Das eleições francesas ao defice informativo e à convulsão europeia...

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O interesse dos cidadãos europeus nos resultados das eleições presidenciais francesas esconde os medos de uma convulsão europeia eminente e o adiar de uma imprescindível clarificação do sistema democrático. Isto sucede independentemente do espectro político que cada cidadão possa enquadrar. Na verdade, a insistência em revitalizar um modelo de democracia representativa, que um rol de problemas colocaram numa encruzilhada, tende a ocultar que o ultraliberalismo económico tem de destruir esse ‘modelo clássico’ para se afirmar. Os mercados não estão disponíveis para serem publicamente escrutinados ou submeterem-se mudanças determinadas pelo voto popular. A ameaça ao conceito democrático oriundo da Revolução Francesa passa por este drama. A soberania transferiu-se do povo para um estrito núcleo financeiro em que o sistema é a cooptação (entre amigos e compinchas) e não a eleição (universal). O aparecimento de 'líderes populistas', por todos os lados, não é um acidente

Coimbra - Atribuição de uma placa toponímica

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Há duas semanas, acompanhada pelos signatários José Dias e Carlos Esperança, fiz a entrega das assinaturas online, juntamente com uma carta dirigida ao sr. Presidente da Câmara Municipal de Coimbra onde referia a disposição da família em aceitar uma Praça/Rotunda - alternativa que consideraram interessante - para a homenagem que gostaríamos de ver realizada. No dia 21 de abril de 2017, tive conhecimento, através do nosso amigo Carlos Esperança,de que a Câmara Municipal de Coimbra fez a proposta de atribuição do nome do Sr. General Augusto José Monteiro Valente a uma Rotunda/Praça, situada junto do Centro de Saúde de Santa Clara . A família concordou com esta opção. A cerimónia de atribuição do nome terá lugar na próxima terça-feira, dia 25 de abril, pelas 12,30h. Solicito, desta forma, a presença dos signatários neste evento, por cujo sucesso todos nós nos envolvemos. Em anexo, segue o mapa do local. Vamos homenagear o nosso amigo, capitão de abril, AUGUSTO JOSÉ MONTEIRO VALENTE,

Oliveira do Hospital - Convite

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Prémio Eduardo Lourenço 2017

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O ex-diretor do Jornal do Fundão, Fernando Paulouro Neves, excelente jornalista e grande escritor, foi o vencedor da 13.ª edição do Prémio Eduardo Lourenço. O justo galardão não premeia apenas a carreira jornalística e literária de um vulto da cultura portuguesa, é a homenagem merecida ao cidadão corajoso e civicamente empenhado que honrou a herança do fundador do Jornal do Fundão, António Paulouro. Com este prémio, instituído em 2004 pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), Fernando Paulouro junta o seu nome ao de uma reduzida plêiade de intelectuais da Península Ibérica. Enquanto aguardo o seu romance «Fellini na Praça Velha», cujo lançamento terá lugar no próximo dia 24 (véspera do 25 de Abril), deixo aqui, ao amigo, um abraço de parabéns.

Crenças e crentes

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Não respeito crenças, apenas crentes e, mesmo estes, sem perder a vigilância cívica que as suas associações exijam. Abdicar da defesa da liberdade democrática e da civilização, é um suicídio que deixa livres as mãos de quem as usa para as combater.   O respeitinho é muito bonito, se queres ser respeitado respeita os outros, as crenças são sagradas, graças a Deus muitas e graças com Deus poucas, são algumas das frases com que se pretende embotar o espírito crítico, limitar o direito de expressão e perpetuar as mais intoleráveis tradições. Se a crença, por mais tola que seja, é uma inofensiva convicção pessoal, merece apenas um sorriso, mas se à crença corresponde uma ação, devemos avaliá-la e, eventualmente, combatê-la. Não se pode condescender com crenças alternativas sobre a higiene ou a epidemiologia. Por que motivo hão de aceitar-se crenças que defendem o assassinato para a apostasia, o trabalho ao sábado, a blasfémia, o adultério feminino ou que exigem a conversão ao seu De

A família laranja em decomposição

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Associação Ateísta Portuguesa (AAP)

COMISSAO DA LIBERDADE RELIGIOSA Exmo. Senhor Director do Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé da Escola Preparatória 5350-023 ALFÂNDEGA DA FÉ Sua referência                       Sua comunicação de                            Nossa referência                                Data ASSUNTO’ Exposição apresentada por encarregados de educação do 1 0 ciclo na Ebl de Alfândega da Fé Exmo Senhor Director, A Comissão da Liberdade Religiosa é um órgão independente de consulta da Assembleia da República e do Governo e tem competência no âmbito da protecção do exercício da Liberdade Religiosa, de controlo da sua aplicação, nos termos, designadamente da alínea e), do arto 3 0 do Decreto-Lei n o 308/2003, de 10 de Dezembro. Deste modo, na sequência do envio de e-mails de dois encarregados de educação e do Presidente da Associação Ateísta Portuguesa , em que referem ensaios nas aulas de música para a Missa Pascal, realizada dia 3 de Abril de 2017, cumpre-nos solicitar a V. Exa.

O proto-califa MaomÉrdogan e a democracia

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O desejo do Presidente turco era mudar a Constituição e sepultar a herança de Atatürk. A seis anos do centenário da República laica, o Irmão Muçulmano a quem a UE e EUA outorgaram sucessivamente o epíteto de democrata muçulmano, acabou de transformar a natureza do regime. No domingo, com o referendo duvidosamente democrático, em estado de emergência e com fortes suspeitas de irregularidades, Erdogan chamou a si os poderes do PM, cargo ora extinto, e iniciou a caminhada para se manter no poder até 2029. O partido islamita (AKP) confundia-se com o Governo e o Estado. Erdogan usou-o para asfixiar as liberdades, perseguir opositores e abolir a laicidade. Agora, com os Tribunais subjugados, o Parlamento diminuído nas funções, as Forças Armadas expurgadas e o poder executivo concentrado nas suas mãos, a democracia é uma farsa à espera das leis corânicas. A República constitucional democrática, secular e unitária foi derrotada no domingo e a herança de Atatürk, que reprimiu os xeques

A frase

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TRUMP: Da ‘mega-bomba’ à indigência…

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A ‘mega-bomba’ (GBU-43) lançada numa zona de acantonamento e refúgio do Daesh no Afeganistão poderá esconder a ‘mega-incompetência’ da equipa estratégica que rodeia e aconselha o presidente Trump quanto à política externa dos EUA. Os poucos meses que a Administração Trump leva no exercício do poder mostram um profundo divórcio entre o dito e prometido na campanha eleitoral e a realidade. A situação política internacional é uma tarefa muito mais complexa do que administrar empresas de construção, promover resorts turísticos ou produzir reality-shows . Todos sabíamos isso à partida e será justo admitir que o próprio staff de Trump, também. Só que o ‘populismo barato’ que inundou a candidatura de Donald Trump quis iludir os factos e as consequências. As atitudes da Administração americana durante este século – ou melhor a nova política que foi gerada após o ataque da Al Qaeda às torres gémeas - deixam muito a desejar e, acima de tudo, são incompreensíveis em termos estratégicos

O espírito científico e a fé

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Como procurar o caminho do Céu

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De como um professor republicano podia impedir a carreira da santidade. Antes analfabeta toda a vida do que um só dia de aulas com um professor republicano. «O professor não era grande coisa… era republicano. E só ensinava a ler, não ensinava a escrever.» (Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado)

O referendo turco

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Pareceu o referendo salazarista que legou a Constituição de 1933.  A democracia islâmica vem a caminho.

A Guarda Civil e a condição feminina – As regras militares e as outras

A agente da Guarda Civil espanhola estava de serviço e, sem aviso prévio, vieram-lhe as regras. Para não sujar a farda e a viatura com o sangue que só o combate torna glorioso, e colocar o penso, para manter imaculados o uniforme e o veículo, violou, por minutos, as regras de serviço que a obrigam a manter-se publicamente motorizada. Um tenente, insensível às regras fisiológicas, de que a natureza o libertou, certo de que as regras militares não contemplam a privacidade que a agente se permitiu, fossem quais fossem as razões, participou a ocorrência e submeteu a infração à consideração superior. Coube à hierarquia decidir sobre a precedência da natureza sobre as regras militares, ou vice-versa, e proceder em conformidade. A pena ficou suspensa da decisão hierárquica. Dois dias sem vencimento foi o castigo julgado adequado. Salvou-se a disciplina. A condição militar sobrepôs-se à feminina .

BRASIL: presente e futuro…

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A corrupção que colonizou os titulares dos cargos políticos e perverteu o sistema constitucional no Brasil parece mais um festim do que aquilo que, na realidade, é: – uma trágica encruzilhada. No momento em o Supremo Tribunal de Justiça manda investigar oito ministros do Governo de Temer nasce alguma luz sobre a razão do impeachment de Dilma. Na verdade, existindo uma ‘classe política’ detentora de prerrogativas especiais (jurídicas e outras) o que fará atulhar a alta instância judicial competente para investigar e julgar acresce ainda o facto de o Presidente não poder ser investigado sobre atos cometidos antes de tomar posse. O regime brasileiro está à beira do precipício. A ‘solução Temer’ não colou e dia a dia demonstra que não tem viabilidade política. Na atualidade, não é temerário pensar que os brasileiros não acreditam que o regime democrático nascido com o fim da ditadura militar sobreviva a esta avalanche de corrupção que expõe de modo penoso os titulares de cargos po

Falhas na Internet

As sucessivas falhas da Internet têm-me impedido o contacto com os leitores, mas não faltam motivos para o diálogo num período em que as cerimónias pias preenchem os noticiários e as ameaça bélicas assustam créus e incréus. Na Coreia do Norte o neto do fundador de uma exótica monarquia comunista parece ter fracassado no lançamento do último míssil e no continente americano o seu homólogo mais poderoso adiou o lançamento do próximo em direção ao local do fracasso. Tão parecidos no corte de cabelo e na imprevisibilidade e tão próximos no desvario que os liga e nos assusta!

Espanha - a herança franquista

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É difícil a defesa da laicidade, a exigência da neutralidade do Estado, a reivindicação de conduta igual para todas as religiões. Os cálculos eleitorais superam a salubridade cívica e um módico de pudor republicano. Os hospitais portugueses enchem-se de imagens de Senhoras de Fátima e crucifixos que os doentes oferecem, alheios aos médicos, enfermeiros e medicamentos que os curaram, para imporem os símbolos da sua religião particular, que o laxismo e a cumplicidade de direções pusilânimes favorecem. As escolas são já, através da autonomia que o ministério lhes confere, um instrumento de proselitismo religioso, com missas, terços e excursões pias, onde a laicidade a que a Constituição obriga é profundamente desprezada e espezinhada. Nas autarquias, onde o fervor pio medra em anos eleitorais, organizam-se peregrinações a santuários, com transporte, seguro e farnel, para angariar os votos em lares de idosos sensíveis à salvação da alma e, sobretudo, à atenção aceite por quem enfre

Fátima

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A 30 dias do vendaval da fé, previsto para a Cova da Iria, com o bispo autóctone a pedir tolerância de ponto ao estado Laico, a prevenção de riscos pulmonares faz-se com doses homeopáticas do ar local, enlatado entre azinheiras circunvizinhas, e já à venda em lojas da especialidade. Nota - Só há embalagens familiares (V/ foto) e o custo é de 3 euros .

A Síria e o uso do gás sarin – A contrainformação pode ser terrível

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Não padeço de antiamericanismo primário, capaz de comparar Obama a Trump, nem de seguidismo moscovita capaz de ver na Rússia de hoje a falecida URSS. Aliás, os factos acabarão por desmascarar o maniqueísmo de quem vê o mundo de forma unilateral. Posso, pois, errar, sem desejar enganar, e refletir sem preconceitos, surpreendido com a rapidez com que os países do sul da Europa apoiaram Trump no ataque punitivo a uma base Síria. Estavam ansiosos pelo pretexto que lhes permitisse apoiar quem desprezam, alheios à prudência da ONU, instituição que o presidente americano quer neutralizar. Raramente uma guerra teve tantos suspeitos dos dois lados. A luta entre sunitas e xiitas lembra a guerra europeia dos Trinta Anos, sem Paz de Vestefália à vista, e a reedição da invasão do Iraque, agora de duração indeterminada. EUA e Rússia digladiam-se com terroristas bons de um lado e terroristas maus do outro, alternando conforme o lado de que são vistos. Entre uns e outros, venha Alá e escolha.

Manifestação de apoio

Declaração Internacional de Associações do Livre Pensamento, laicas, humanistas, racionalistas e ateias dos cinco continentes Por iniciativa da Associação Internacional do Livre Pensamento Os dinheiros públicos não devem financiar as Igrejas e as religiões ! Somos Associações de todos os continentes agindo pela Separação das Igrejas e Religiões, dos Estados, pela laicização das instituições em linha com a secularização crescente das sociedades. O lema das nossas acções é trabalhar no sentido do respeito da liberdade de consciência de cada uma e de cada um, de todos os seres humanos que vivem no nosso planeta. Quer dizer: a liberdade de ser crente ou de o não ser. Não opomos a liberdade de consciência à liberdade de religião, porque a última é somente uma componente da primeira e não sua equivalente. Rejeitamos a ideia de que a religião seria uma categoria separada da gama de convicções da Humanidade. E que seria necessário conferir-lhe um estatuto particula

A boçalidade do porta-voz da Casa Branca da era Trump

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Sean Spicer (V/ foto), porta-voz da Casa Branca originou hoje (terça-feira) uma forte polémica, digna da equipe de Donald Trump, com a comunidade judia. Quando pretendia explicar o ataque dos EUA da última semana, sobre uma base aérea síria, o ignorante porta-voz argumentou que Bachar El Assad era pior que Adolf Hitler que “nem sequer desceu tão baixo para usar armas químicas”. Nem a cara dos jornalistas presentes na sala de imprensa o desassossegou, mas bastaram alguns minutos para que, depois da sua saída e de tão insólitas palavras, a Casa Branca emitisse um comunicado em que o desmiolado porta-voz assegurava que jamais tentara desvalorizar o horror do Holocausto. O maior problema de Trump e da sua equipe é a profunda ignorância. Fonte – El País

Coimbra - Igreja de Santa Cruz, 11-04-2017

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Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim

Dias Loureiro, a PGR e as suspeitas

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Que seja o Ministério Público, em despacho de arquivamento, a sustentar suspeitas sem provas é, inaceitável, mas que a comunicação social não inquira o alegado impedimento da investigação pela PJ, durante a vigência do anterior Governo, nem a PGR desminta, é preocupante. A entrevista de Dias Loureiro ao DN (4 páginas) foi o legítimo exercício de vitimização e a indisfarçável ameaça a Cavaco Silva, a concretizar quando todas as incriminações do BPN estiverem prescritas ou arquivadas. Vai (ia) ser bonito! O antigo ministro das polícias de Cavaco não foi um empregado de balcão do BPN, foi um banqueiro que brilhou no firmamento do banco cavaquista e acabou, segundo o que se escreveu, na indigência (isto é, sem bens em nome próprio) apesar de ser o modelo de empresário de Passos Coelho. É curioso que os bancos estrangeiros não tenham colaborado neste caso e o tenham feito noutros, de menor relevo financeiro. Dias Loureiro teve uma meteórica ascensão no mundo social e empresarial

Há 99 anos – Batalha de La Lys

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No dia 9 de abril de 1918, as tropas portuguesas foram esmagadas pelas tropas alemãs. Foram 1341 mortos, 4626 feridos, 1932 desaparecidos e 7440 prisioneiros. (Batalha de La Lys. In Infopédia)

Eleições autárquicas

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Finalmente, um cartunista descobre as razões da escolha do PSD para Lisboa.

No 44.º aniversário da morte de Picasso

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Faleceu em 8 de abril de 1973 o maior pintor do século XX e o que mais revolucionou as artes plásticas onde competiu com outros criadores geniais, como Matisse, Duchamp ou Braque. Picasso foi um gigante da pintura e da escultura, notável na gravura e como ceramista, e o génio criador do artista malaguenho estendeu-se à cenografia, poesia e dramaturgia.

A Síria e o criminoso ataque químico

O presidente sírio é bem capaz de ter usado gás, mas Trump é ainda mais capaz de ter atacado o suspeito que lhe convinha. Donald Trump motivou o aplauso dos aliados ocidentais e o protesto dos apoiantes de Bashar al-Assad. Pessoalmente, preferia saber primeiro, sem lugar a dúvidas, quem usou o gás.

O Sr. Dijsselbloem ainda preside ao Eurogrupo?

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Jeroen Dijsselbloem, paquete do ministro das finanças alemão Wolfgang Schäuble, proferiu insultos contra os países do Sul: «Não posso gastar todo o meu dinheiro em álcool e mulheres e continuar a pedir ajuda». Foi um antigo governante português, igualmente vassalo de Wolfgang Schäuble, que, desta vez, o desautorizou.