Existem outros 'saldos' para além do trágico descalabro humano que o post (contabilisticamente) enuncia.
A batalha de La Lys ditou, ao retardador, o fim da I República e criou as condições políticas para o aparecimento do 'sidonismo'. Mais tarde, o 'mito de La Lys' haveria de misturar-se (ser explorado) na Ditadura militar e depois no Estado Novo num insuportável 'contexto patrioteiro'.
Hoje, esta efeméride merecia ser abordada com distanciamento e realismo não camuflando o facto de que o Corpo Expedicionário Português (CEP), enviado para a Flandres (com alguma controvérsia política interna), não ter usufruído de suporte (humano, técnico, logístico e de equipamento) necessário (e suficiente) e que as circunstancias concretas no difícil terreno (trincheiras) exigiam.
Os militares portugueses foram 'massacrados' em La Lys e demonstraram uma imensa bravura e uma incontornável heroicidade. Todavia, tais atitudes não nos devem impedir de ter uma visão mais nua e crua da realidade histórica. Na verdade, os combatentes portugueses foram literalmente usados como...'carne para canhão'. Finalmente, esta circunstância dizimadora do CEP daria origem a outra 'figura de estilo' que ainda perdura: - a do 'soldado desconhecido'.
A batalha de La Lys ocorreu há 99 anos, mas muitas questões correlacionadas com o trágico conflito mundial, permanecem - entre os portugueses - por discutir. O pior que podemos fazer em homenagem às vítimas desta cruenta guerra é deixá-las na obscuridade do tempo e distantes do entendimento.
«Agora, com pena o digo, não tenho qualquer dúvida que [Marcelo Rebelo de Sousa] vai ficar na História como o pior presidente de todos». (Lida no blogue Causa Nossa, Vital Moreira)
Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
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A batalha de La Lys ditou, ao retardador, o fim da I República e criou as condições políticas para o aparecimento do 'sidonismo'.
Mais tarde, o 'mito de La Lys' haveria de misturar-se (ser explorado) na Ditadura militar e depois no Estado Novo num insuportável 'contexto patrioteiro'.
Hoje, esta efeméride merecia ser abordada com distanciamento e realismo não camuflando o facto de que o Corpo Expedicionário Português (CEP), enviado para a Flandres (com alguma controvérsia política interna), não ter usufruído de suporte (humano, técnico, logístico e de equipamento) necessário (e suficiente) e que as circunstancias concretas no difícil terreno (trincheiras) exigiam.
Os militares portugueses foram 'massacrados' em La Lys e demonstraram uma imensa bravura e uma incontornável heroicidade. Todavia, tais atitudes não nos devem impedir de ter uma visão mais nua e crua da realidade histórica. Na verdade, os combatentes portugueses foram literalmente usados como...'carne para canhão'.
Finalmente, esta circunstância dizimadora do CEP daria origem a outra 'figura de estilo' que ainda perdura: - a do 'soldado desconhecido'.
A batalha de La Lys ocorreu há 99 anos, mas muitas questões correlacionadas com o trágico conflito mundial, permanecem - entre os portugueses - por discutir. O pior que podemos fazer em homenagem às vítimas desta cruenta guerra é deixá-las na obscuridade do tempo e distantes do entendimento.
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