Existem outros 'saldos' para além do trágico descalabro humano que o post (contabilisticamente) enuncia.
A batalha de La Lys ditou, ao retardador, o fim da I República e criou as condições políticas para o aparecimento do 'sidonismo'. Mais tarde, o 'mito de La Lys' haveria de misturar-se (ser explorado) na Ditadura militar e depois no Estado Novo num insuportável 'contexto patrioteiro'.
Hoje, esta efeméride merecia ser abordada com distanciamento e realismo não camuflando o facto de que o Corpo Expedicionário Português (CEP), enviado para a Flandres (com alguma controvérsia política interna), não ter usufruído de suporte (humano, técnico, logístico e de equipamento) necessário (e suficiente) e que as circunstancias concretas no difícil terreno (trincheiras) exigiam.
Os militares portugueses foram 'massacrados' em La Lys e demonstraram uma imensa bravura e uma incontornável heroicidade. Todavia, tais atitudes não nos devem impedir de ter uma visão mais nua e crua da realidade histórica. Na verdade, os combatentes portugueses foram literalmente usados como...'carne para canhão'. Finalmente, esta circunstância dizimadora do CEP daria origem a outra 'figura de estilo' que ainda perdura: - a do 'soldado desconhecido'.
A batalha de La Lys ocorreu há 99 anos, mas muitas questões correlacionadas com o trágico conflito mundial, permanecem - entre os portugueses - por discutir. O pior que podemos fazer em homenagem às vítimas desta cruenta guerra é deixá-las na obscuridade do tempo e distantes do entendimento.
Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
“Comemora-se em todo o país uma promulgação do despacho número Cem da Marinha Mercante Portuguesa, a que foi dado esse número não por acaso, mas porque ele vem na sequência de outros noventa e nove anteriores promulgados...” “A minha boa vontade não tem felizmente limites. Só uma coisa não poderei fazer: o impossível. E tenho verdadeiramente pena de ele não estar ao meu alcance.” “Neste almoço ouvi vários discursos, que o Governador Civil intitulou de simples brindes. Peço desculpa, mas foram autênticos discursos.” “A Aeronáutica, como várias vezes disse, é um complemento da navegação marítima, pois com o progresso da técnica e a rapidez da vida de hoje, era necessário por vezes chegar mais depressa.” “O caminho certo é o que Portugal está seguindo; e mesmo que assim não fosse não há motivo para nos arrependermos ou para arrepiar caminho” [1964] “Eu devo dizer que as incompreensões e as críticas – e quando me refiro ás críticas refiro-me àquelas que não sã...
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A batalha de La Lys ditou, ao retardador, o fim da I República e criou as condições políticas para o aparecimento do 'sidonismo'.
Mais tarde, o 'mito de La Lys' haveria de misturar-se (ser explorado) na Ditadura militar e depois no Estado Novo num insuportável 'contexto patrioteiro'.
Hoje, esta efeméride merecia ser abordada com distanciamento e realismo não camuflando o facto de que o Corpo Expedicionário Português (CEP), enviado para a Flandres (com alguma controvérsia política interna), não ter usufruído de suporte (humano, técnico, logístico e de equipamento) necessário (e suficiente) e que as circunstancias concretas no difícil terreno (trincheiras) exigiam.
Os militares portugueses foram 'massacrados' em La Lys e demonstraram uma imensa bravura e uma incontornável heroicidade. Todavia, tais atitudes não nos devem impedir de ter uma visão mais nua e crua da realidade histórica. Na verdade, os combatentes portugueses foram literalmente usados como...'carne para canhão'.
Finalmente, esta circunstância dizimadora do CEP daria origem a outra 'figura de estilo' que ainda perdura: - a do 'soldado desconhecido'.
A batalha de La Lys ocorreu há 99 anos, mas muitas questões correlacionadas com o trágico conflito mundial, permanecem - entre os portugueses - por discutir. O pior que podemos fazer em homenagem às vítimas desta cruenta guerra é deixá-las na obscuridade do tempo e distantes do entendimento.
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