A democracia e a militância cívica
A democracia é um regime de luta e confronto, por excelência, da tese e da antítese, do Governo e da oposição. Isto é o normal quando a luta é igual e nos bastidores se joga de forma leal, o que aparentemente está a degenerar.
A um governo incompetente e esgotado, dirigido por um inepto e acolitado por um PR salazarista, sucedeu um governo patriótico e um PR que substituiu o sectarismo por uma postura de Estado e que, sem alterar a sua natureza ideológica, recuperou a dignidade do cargo e tem mantido uma apreciável isenção partidária.
Não podemos esquecer o que devemos a António Costa, ao alterar ‘o arco do poder’, ao abolir o gueto em que os neossalazaristas queriam colocar os partidos que mais odeiam, e, simultaneamente, obter o apoio democrático desses partidos para a reversão possível das piores e mais gravosas decisões políticas herdadas.
Naturalmente que o desespero da direita, em tão más mãos, trouxe à superfície o pior de que é capaz. É aqui que os apoiantes do atual modelo de governação têm o dever cívico de lhe fazer frente com igual veemência, sem os golpes de que os adversários são capazes.
A legitimidade da esquerda é igual à da direita para o combate político, mas a militância cívica não pode ser inferior, o esforço de unidade não pode abrandar, e não pode ficar abúlica perante os golpes que lhe deferem.
Quem não se revê na deriva ultraliberal, que nos querem impor como catecismo, tem a obrigação acrescida de trocar o desejável pelo possível, e evitar a vingança desta direita, ansiosa por desmantelar o Estado e privatizar o que resta. Nesta tarefa não pode haver incúria ou dissensões no seio da esquerda.
É obrigação da esquerda aproveitar a raiva e o sectarismo desta direita, para a sua união na defesa de um Governo que não podendo, no quadro da correlação de forças existente, ir até onde era desejável, possa, pelo menos, ir até onde for possível.
A vigilância cívica e o confronto democrático são o desafio para o qual temos obrigação de unir a esquerda e atrair a direita civilizada e de rosto humano.
A um governo incompetente e esgotado, dirigido por um inepto e acolitado por um PR salazarista, sucedeu um governo patriótico e um PR que substituiu o sectarismo por uma postura de Estado e que, sem alterar a sua natureza ideológica, recuperou a dignidade do cargo e tem mantido uma apreciável isenção partidária.
Não podemos esquecer o que devemos a António Costa, ao alterar ‘o arco do poder’, ao abolir o gueto em que os neossalazaristas queriam colocar os partidos que mais odeiam, e, simultaneamente, obter o apoio democrático desses partidos para a reversão possível das piores e mais gravosas decisões políticas herdadas.
Naturalmente que o desespero da direita, em tão más mãos, trouxe à superfície o pior de que é capaz. É aqui que os apoiantes do atual modelo de governação têm o dever cívico de lhe fazer frente com igual veemência, sem os golpes de que os adversários são capazes.
A legitimidade da esquerda é igual à da direita para o combate político, mas a militância cívica não pode ser inferior, o esforço de unidade não pode abrandar, e não pode ficar abúlica perante os golpes que lhe deferem.
Quem não se revê na deriva ultraliberal, que nos querem impor como catecismo, tem a obrigação acrescida de trocar o desejável pelo possível, e evitar a vingança desta direita, ansiosa por desmantelar o Estado e privatizar o que resta. Nesta tarefa não pode haver incúria ou dissensões no seio da esquerda.
É obrigação da esquerda aproveitar a raiva e o sectarismo desta direita, para a sua união na defesa de um Governo que não podendo, no quadro da correlação de forças existente, ir até onde era desejável, possa, pelo menos, ir até onde for possível.
A vigilância cívica e o confronto democrático são o desafio para o qual temos obrigação de unir a esquerda e atrair a direita civilizada e de rosto humano.
Comentários
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Uma opinião um tanto ou quanto semelhante à minha: Banalidades - jornal Correio da Manhã (antes da privatização da transportadora aérea):
- o presidente da TAP disse: "caímos numa situação que é o acompanhar do dia a dia da operação e reportar qualquer coisinha que aconteça".
- comentário do Banalidades: "é pena que, por exemplo, não tenha acontecido o mesmo no banco BES".
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Um exemplo: Vítor Constâncio, coadjuvante na nacionalização do BPN, foi premiado pela máfia dos calotes: foi para o Banco Central Europeu.
E não só: muitos outros mestres/elite em economia já 'enfiaram' trapalhadas financeiras monumentais... a quem paga, vulgo contribuinte.
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E MAIS:
- o contribuinte tem de deixar de ser preguiçoso!
Leia-se, DEMOCRACIA SEMI-DIRECTA: isto é, votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco... isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a 'coisa' terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
-» Explicando melhor, em vez de ficar à espera que apareça um político/governo 'resolve tudo e mais alguma coisa'... o contribuinte deve, isso sim, é reivindicar que os políticos apresentem as suas mais variadas ideias de governação caso a caso, situação a situação, (e respectivas consequências)... de forma a que... o contribuinte/consumidor esteja dotado de um elevado poder negocial!!!
-» Dito de outra maneira: são necessários mais e melhores canais de transparência!
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Exemplo:
Todos os gastos do Estado [despesas públicas superiores, por exemplo a 1 milhão (nota: para que o contribuinte não seja atafulhado com casos-bagatela)], e que não sejam considerados de «Prioridade Absoluta» [nota: a definir...], devem estar disponíveis para ser vetados durante 96 horas pelos contribuintes na internet num "Portal dos Referendos"... aonde qualquer cidadão maior de idade poderá entrar e participar.
-» Para vetar [ou reactivar] um gasto do Estado deverão ser necessários 100 mil votos [ou múltiplos: 200 mil, 300 mil, etc] de contribuintes.
{ver blog « http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ »}
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Uma nota: a Democracia Directa não tem interesse - serve é para atafulhar o contribuinte com casos-bagatela.