Agora percebe-se melhor a falta de espaço para um partido neonazi, mas não se esperava que o PSD de Sá Carneiro, Magalhães Mota, Pinto Balsemão e Mota Amaral chegasse a este estado com Passos Coelho.
Passos veio legitimar o discurso radical de direita saudosista, sob capa de neoliberalismo; como se não chegasse, veio agora dar mecha ao discurso populista racista, legitimando o sempre latente radicalismo xenófobo dos que, por exposição directa aos problemas sociais e por falta de cultura (num sentido geral), estavam apenas à espera de quem os despertasse. É mais um notável contributo deste político para o resvalar deste país para a guerra civil [até aqui piegas v. empreendedores-"bate punho", jovens v. "peste grisalha", público v.privado]. Talvez acabe por ganhar a guerra, já que apoio mediático incondicional e bastante militante não lhe tem faltado, nem pelos vistos lhe vai faltar.
O que o PSD de Passos Coelho mostra em relação ao 'seu' candidato à Câmara de Loures não é uma novidade. No âmago da crise, como devemos guardar na memória, os mesmos figurantes trataram da mesma forma, e com a agravante de estarem a exercer o poder, os destinatários dos apoios sociais, p. exº, os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI). Para os 'rapazes de Passos' (boys) esses portugueses que viviam (e ainda vivem) tremendas dificuldades, aqueles que estavam (ou continuavam) a ser atirados para a mais aviltante pobreza, não passavam de 'chulos' do Estado... Ora, esta é a mesma bitola, em tempos diferentes. Muitos portugueses devem lembrar-se que em plena crise e com o desemprego em números astronómicos o número de beneficiários do RSI caiu para metade. O então vice-primeiro-ministro Paulo Portas, no Parlamento, 'justificou' esta abrupta descida porque teriam sido eliminados os que tinham uma conta bancária superior a 100.000 euros link . Querem maior efabulação? O que nunca os ouviremos dizer é que os grandes empresários ou, se quisermos, os inomináveis 'patrões' e os usurpadores 'rentistas', que têm lugar cativo à mesa do orçamento de Estado e paralelamente ainda beneficiam de todos os perdões (fiscais inclusive), são uns 'chulos'...
Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c
1789 – A Assembleia Constituinte francesa aprova a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. (Fizeram mais os deputados franceses num só dia do que todos os clérigos desde que o deus de cada um deles criou o Mundo). 1931 – Tentativa de golpe de Estado em Portugal contra a ditadura. (Há azares que se pagam durante duas gerações. Este levou quase 43 anos a reparar). 2004 – O Supremo Tribunal do Chile retirou a imunidade ao antigo ditador Augusto Pinochet. (Vale mais tarde do que nunca).
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É mais um notável contributo deste político para o resvalar deste país para a guerra civil [até aqui piegas v. empreendedores-"bate punho", jovens v. "peste grisalha", público v.privado].
Talvez acabe por ganhar a guerra, já que apoio mediático incondicional e bastante militante não lhe tem faltado, nem pelos vistos lhe vai faltar.
No âmago da crise, como devemos guardar na memória, os mesmos figurantes trataram da mesma forma, e com a agravante de estarem a exercer o poder, os destinatários dos apoios sociais, p. exº, os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI).
Para os 'rapazes de Passos' (boys) esses portugueses que viviam (e ainda vivem) tremendas dificuldades, aqueles que estavam (ou continuavam) a ser atirados para a mais aviltante pobreza, não passavam de 'chulos' do Estado...
Ora, esta é a mesma bitola, em tempos diferentes. Muitos portugueses devem lembrar-se que em plena crise e com o desemprego em números astronómicos o número de beneficiários do RSI caiu para metade. O então vice-primeiro-ministro Paulo Portas, no Parlamento, 'justificou' esta abrupta descida porque teriam sido eliminados os que tinham uma conta bancária superior a 100.000 euros link . Querem maior efabulação?
O que nunca os ouviremos dizer é que os grandes empresários ou, se quisermos, os inomináveis 'patrões' e os usurpadores 'rentistas', que têm lugar cativo à mesa do orçamento de Estado e paralelamente ainda beneficiam de todos os perdões (fiscais inclusive), são uns 'chulos'...