Eleições autárquicas 2025

Assim não!

A chegada do Ministério Público à campanha era tão previsível como o ato eleitoral no próximo domingo.

É intolerável e o mínimo que pode exigir-se a um democrata é a solidariedade com Luís Montenegro, vítima de um golpe que abala o PSD, a Justiça e a democracia.

Não é a investigação que se contesta é a perfídia de colocar nos média, a cinco dias das eleições, uma ameaça clara ao PM e ao livre exercício da propaganda partidária.

A democracia dispensa o Ministério Público nas campanhas eleitorais, mas não desiste.

Não é agora altura de especular sobre quem sai prejudicado da infâmia e escusam de babar-se de gozo os que esperam beneficiar de tamanha traição à democracia.

É legítimo pensar que a notícia, que não podia aparecer nos média durante a campanha, possa estar relacionada com as baixas expetativas autárquicas do Chega, que é sempre o beneficiário das disfunções democráticas.

Assim, não!


Comentários

Carlos Antunes disse…
Estou de acordo com a sua afirmação sobre a indevida actuação do Ministério Público.
Já não quanto à solidariedade a Luís Montenegro, porque este mesmo LM (e os seus apaniguados do PSD) não se indignaram aquando dessa mesma instrumentalização política do Ministério Público feita contra o PS em anteriores actos eleitorais, tendo pelo contrário utilizado, então, esses abusos do MP para a sordidez e baixeza do combate político.
Como diz o aforismo popular “pela boca morre o peixe”!
Depois das eleições não terei esta postura, mas fui apenas coerente com a raiva que me merece o MP a aparecer sempre nas campanhas eleitorais.
Carlos Antunes disse…
Carlos Esperança
Entendo perfeitamente, não podendo estar mais de acordo, com a sua posição quanto à actuação do MP.
O que queria realçar é que LM não merece a mínima solidariedade, tendo em atenção que enquanto líder da oposição em Dezembro de 2023 acusava António Costa de “mais uma vez, influenciar o rumo da justiça”, devido às declarações do então 1.º ministro sobre o inquérito judicial que levou à sua demissão em que este se limitava a referir “que a justiça deve reflectir sobre a publicitação de actos em investigação ainda sem suficiente solidez”.
https://expresso.pt/politica/crise/2023-12-11-Montenegro-critica-Antonio-Costa-por-mais-uma-vez-querer-influenciar-o-rumo-da-justica-44f0a0e2
Cordiais saudações

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