Flotilha humanitária rumo a Gaza
Na flotilha viajou a consciência moral e a empatia da civilização europeia para com as vítimas da Faixa de Gaza, um imperativo ético da civilização perante a barbárie.
Mariana
Mortágua, Sofia Aparício, Miguel Duarte e Diogo Chaves foram a voz dos que não
se conformam com o extermínio étnico da população de Gaza. Foram intérpretes da
coragem que urgia para desmascarar a ambiguidade da UE e um grito de alerta contra
os exterminadores. Obrigado aos quatro.
Por mais
que denigram a relevância da flotilha humanitária fica o eco da solidariedade
com um povo sofredor e a denúncia da ocupação que envergonha autores e
cúmplices. A dimensão mediática ultrapassou
a ajuda humanitária que levava, e ninguém negará a importância da denúncia e a
influência nas opiniões públicas dos países cúmplices.
É impossível
não sentir nojo das declarações alarves de quem denegriu a mensagem da viagem, a
honorabilidade dos passageiros e de quem os quis molestados. E foram várias as
personalidades públicas que atingiram o grau máximo da abjeção que assumiram para
achincalhar a generosidade e a coragem dos quatro passageiros que honraram o
País.
A flotilha
rumo a Gaza cumpriu a sua principal eficácia, evitar que alguém possa dizer que
não tinha conhecimento de uma população cruel e metodicamente martirizada, dos milhares
de mortos e deslocados e de um povo privado de território, água, alimentos e da
própria solidariedade internacional pelos ocupantes.
Antes de se
averiguar a responsabilidade de Israel na abordagem da flotilha, em águas
internacionais, e de se saber se foi um ato de pirataria e sequestro dos
passageiros, é importante referir como se comportou o Estado português: O PR foi
excelente, na forma como acompanhou a situação; o MNE foi profissional e esteve
bem; foi ambíguo o PM; e boçal e ignorante, como é hábito o MDN, Nuno Melo, a
condenar a participação dos portugueses na flotilha.
Apostila – É execrável o ataque antissemita em Manchester, “dirigido a judeus pelo simples facto de serem judeus”, um ato terrorista intolerável, quer fosse perpetrado pela demência do fascismo islâmico ou por outra motivação racista.

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