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A mostrar mensagens de fevereiro, 2017

Barroso na berra ou na barra...

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As mais recentes medidas de investigação solicitadas a Bruxelas sobre o comportamento de Durão Barroso enquanto Presidente da Comissão Europeia e o recente cargo que desempenha no sector financeiro ao serviço de um influente Banco (Goldman Sachs), que esteve no núcleo das atividades especulativas e que começando pelos sub-primes se estenderam à manipulação de contas de Estados, não deixa de ter significado político link .   Para além da presunção de inocência que nos abrange a todos, sem qualquer exceção, só o 'ruído' que tem sido tecido à volta do assunto justifica, de imediato, a adoção de medidas restritivas mais severas e rígidas sobre os ‘períodos de nojo’ dos titulares de altos cargos políticos. Por exemplo, e sem pretensões de alvitrar normas, julgo que 10 anos de desempenho de funções políticas relevantes (como foi o caso de Barroso) não podem ser redimidos por 18 meses de ‘quarentena’, até porque pelas mãos destes decisores políticos passaram planos e programas

Notas Soltas – fevereiro/2017

Brasil – Após nove meses no poder e de aumentar a despesa pública, quando presidente interino, para consolidar o golpe, Michel Temer culpou o governo de Dilma, onde o seu PMDB tinha sete ministérios, pelo maior déficit da história. Fraqueza e hipocrisia. Turquia – Com o único e corajoso afrontamento da Sr.ª Merkel, Erdogan não suspende a prisão de jornalistas e escritores criando o «maior cárcere de intelectuais do mundo», como afirmou Per Wästberg, presidente do comité do Prémio Nobel de Literatura. Europa – Em 1944, o sacrifício dos soldados americanos desembarcados na Normandia foi determinante para a derrota do nazismo e fixação da paz e da democracia na Europa. Os EUA foram, então, os salvadores, hoje, constituem a pior ameaça. Almaraz – O acidente ocorrido no dia 9, na central nuclear de Flamanville, em França, é razão adicional na luta do Governo português contra a obsoleta central espanhola, fora de prazo e com perigosos antecedentes, e o cemitério de resíduo

Paulo Núncio e a dança desta direita na corda bamba_3

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Paulo Núncio não tem dimensão política para assumir as responsabilidades do seu partido (CDS), da sua ministra (Maria Luís) e do seu governo (Coelho & Portas), com a bênção de Cavaco, na ocultação da transferência de 10 mil milhões de € para offshores. Não se pode consentir que a demissão da direção do CDS, quando as provas lhe desmentiram o endosso cobarde das responsabilidades, para a Autoridade Tributária, da deliberada cumplicidade, isente de investigação os mandantes e beneficiários.

Paulo Núncio e a dança desta direita na corda banba_2

Por e - pá A última 'confissão' (comunicado) de Paulo Núncio ao assumir 'responsabilidade política' pelo comportamento permissivo, negligenciado e provavelmente cúmplice (?) da Autoridade Tributária, perante a massiva fuga de capitais para offshores, não passa de um acto de contrição tardio, despropositado e uma tentativa de ilibar males maiores. Na verdade, o ex-secretário de Estado só muito remotamente pode assumir 'responsabilidades políticas'. Estas recaem diretamente sobre os ex- ministros das Finanças desse período (Vitor Gaspar e Maria Luís Albuquerque) e em última análise sobre o ex-primeiro-ministro Passos Coelho. Esta a razão porque este último ficou tão escandalizado perante a denuncia dessas 'irregularidades' (chamemos-lhes assim até melhor apuramento dos factos). Nunca devemos esquecer que na conceção da Direita (expressa por Cavaco Silva) os secretários de Estado não contam e são meros ajudantes dos ministros. Todavia, a permissi

Paulo Núncio e a dança desta direita na corda bamba

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A hipocrisia desta direita é uma arma contra o Governo, e cabe aos democratas de longa data desmascarar a dissimulação de Assunção Cristas e Passos Coelho. A forma como os dois agora se comportam, em flagrante contraste com o passado, é uma técnica que exige vigilância cívica e resposta democrática. A queixa da líder do CDS ao PR é um número de circo para ganhar exposição mediática no confronto com o PSD na Câmara de Lisboa e silenciar o julgamento do governo que integrou. Cristas sabe que é irrelevante o ato e injusta a exibição. É o ruído para desviar atenções do julgamento dos vistos Gold e da não divulgação da transferência de 10 mil milhões de euros durante o governo PSD/CDS. Talvez mereça, por coincidência temporal, saber o que levou ao processo disciplinar ao funcionário que consultou a lista VIP das Finanças e que morreu de ataque cardíaco. A demissão de Paulo Núncio dos altos cargos no CDS não absolve os atos praticados no governo, os prejuízos ao País e os danos no co

Palavras dúbias e linguagem de almocreves

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Em 24/02/2017 (hoje), o diretor do Público escreveu: “Os jornalistas, todos os jornais, andaram anos (repito, anos) a perguntar ao anterior secretário de Estado dos Assuntos Fiscais” Paulo Núncio, do CDS-PP, a razão de ter “deixado de publicar dados sobre as transferências de dinheiro para territórios offshore”. E acrescenta: “Nenhum [jornalista] obteve resposta.” Esta frase distingue um simples erro da eventual cumplicidade, e D. Cristas reincide a chamar ‘mentiroso’ ao PM, ao que este, tratando-a como senhora, não retorque. Por sua vez, Montenegro acusou-o de «insinuações de baixo nível», por apontar ao governo PSD/CDS a incapacidade de impedir a fuga de milhões para offshores, e, Passos Coelho designou-a como “insinuação soez e indigna” e uma acusação “reles e ordinária”. Oriundos da Mocidade CDS e da JSD não se lhes pode exigir mais. Faltou-lhes tempo para aprenderem o respeito devido à AR e ao governo que tem aí a sua legitimidade. Paulo Núncio lembra o obscuro autarca que
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PROF. LUÍS ALBUQUERQUE (Sessão de Evocação e Homenagem dos 100 anos do seu nascimento)   O Professor Luís de Albuquerque foi simultaneamente um académico ilustre, um cientista idóneo, um investigador de mérito e um cidadão empenhado e exemplar. A conjugação destes atributos num homem é motivo de regozijo e, simultaneamente, um exemplo a divulgar. Este ano cumpre-se o centenário do seu nascimento (6 de Março de 1917). O Ateneu de Coimbra e a Universidade de Coimbra decidiram levar a efeito uma sessão pública evocativa desta marcante e polifacetada personalidade que muito influenciou o meio académico e científico e marcou a Cultura portuguesa durante a segunda metade do século XX. Licenciou-se quase simultaneamente em Ciências Matemáticas e em Engenharia Geográfica e veio a ser professor catedrático de Matemática na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra. Foi no fim da sua carreira académica Diretor da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. No seu currí

Há 30 anos – José Afonso

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Ontem, no 30.º aniversário da morte do cantor, compositor e poeta, voltámos a ouvir a voz que julgávamos, tal como nos tempos da ditadura, abafada pelo ruído da repressão. Soube a pouco, quiçá um remorso de quem tinha obrigação de preservar a memória e a mensagem de um dos mais generosos cantores de intervenção. Antes, era a censura, hoje é o esquecimento, há várias formas de matar um homem e de lhe apagar a imagem, não vá a música acordar consciências e pôr as pessoas a sonhar de novo. Recordar Zeca Afonso é evocar o património musical, cívico e cultural de Coimbra e as figuras com quem aqui conviveu, António Portugal, Flávio Rodrigues da Silva, Manuel Alegre, Lousã Henriques, Adriano Correia de Oliveira e outros, uma plêiade de que ainda restam Lousã Henriques, Manuel Alegre e Rui Pato. Vejam bem, vejam bem , que matamos o futuro quando esquecemos o poeta e a memória quando não cuidamos do legado onde bebemos a esperança.

Notícias falsas

O livro de Cavaco Silva esgotou porque Oliveira e Costa e Dias Loureiro organizaram equipas e usaram outros dias para comprarem numerosos exemplares das Quintas-Feiras; “Quinta-feira e outros dias” é o livro mais lido nos países anglo-saxónicos; Cavaco queria concorrer ao Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco por ser amigo do presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, mas desistiu quando soube que é um júri da APE que aprecia o mérito literário; O antigo PR, por nunca ter lido um romance, julga que é o maior ficcionista português vivo e que a flexão do verbo fazer (não fiz, não faço, nem façarei), o ineditismo de escrever o verbo haver sem ‘h’ (à) ou o pioneirismo de criar para 'cidadão' o plural 'cidadões', lhe assegura a entrada na Academia de Ciências (Secção de Letras); Cavaco Silva disputa um lugar de topo entre os ficcionistas de língua portuguesa, no dialeto de Boliqueime.

A política em desenhos

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Quo vadis, União Europeia?

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A União Europeia (UE) já tinha problemas que chegassem. À crise financeira, que abala os países do sul da Europa, juntou-se a incapacidade de integração económica, política e social, sem a qual até a moeda comum colapsará. O drama dos refugiados e a incapacidade de os integrar criou emoções xenófobas, que o terrorismo islâmico exacerba e os partidos populistas capitalizam. Depois da queda do muro de Berlim, saudada com júbilo, erguem-se agora novos muros e regressam velhas rivalidades internas, ameaçando a democracia e a civilização. Em vez da harmonização fiscal na UE, existe a competição; em vez de uma diplomacia comum, os países mais ricos disputam zonas de influência. A defesa, sempre protelada, ficou à mercê de Trump, um protofascista imprevisível, e das incertezas da Nato. Esquecidas as lições da última guerra, os partidos nacionalistas regressam e recuperam a mitologia da década de trinta do século passado. A direita está cada vez mais à direita e, onde mantém um módico

Turquia - o fim da laicidade

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«Ancara, 22 fev (EFE).- O Ministério turco de Defesa suspendeu nesta quarta-feira a proibição em torno do uso do véu islâmico por mulheres das Forças Armadas, informou a imprensa local. Um decreto enviado pelo Ministério às forças de terra, ar e mar determina que as mulheres militares têm permissão de usar o véu se assim desejarem.» Primeiro, permite-se. Depois impõe-se e, finalmente, excluem-se as mulheres das Forças Armadas. A sharia não é um código penal, é um compêndio terrorista e misógino.

A displicência partidária ou a cumplicidade do governo

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Li na comunicação social* que o Fisco não vigiou a transferência de 10 mil milhões de euros para offshores entre 2011 e 2014. Surpreende tanta incúria num Governo de um economista do gabarito de Passos Coelho. Foram apenas 10 mil milhões de euros que se esvaíram embrulhados em vinte operações. Em 2010, no governo de Sócrates, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Sérgio Vasques, ordenou a publicação obrigatória das estatísticas sobre transferências para os “territórios com tributação privilegiada”. A Direita, agora tão empenhado na devassa dos emails entre o ministro das Finanças e um efémero banqueiro da CGD, enraivecido por ser obrigado a entregar a declaração de bens, descurou a obrigação imposta pelo anterior Governo, e consentiu a Paulo Núncio, no governo PSD/CDS, suspender a obrigação imposta pelo antecessor na pasta. Só um horror patológico a tudo o que o anterior governo tivesse iniciado pôde justificar que tais transferências, comunicadas pelos bancos , não

TVI – 24 anos depois

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Quando deixamos que os uivos dos ressentidos se sobreponham aos anseios dos povos, que o ruído dos reacionários abafe o som dos democratas e os donos da comunicação social silenciem os que deles discordam, a democracia corre o risco de se perder entre a propaganda insidiosa e a mentira descarada. Faz hoje 24 anos que a TVI nasceu da prepotência de um PM e da chantagem da Igreja, onde um projeto sem consistência venceu uma proposta estruturada, com a vontade do Governo a sobrepor-se aos interesses do Estado e o catolicismo calculista de Cavaco a enfrentar a ética democrática. Na feliz expressão de Mário Castrim, o maior crítico de televisão de então, e de sempre: «A TVI nasceu na sacristia e acabou na sarjeta». Não pôde a Igreja conservar o canal, depois de esvaziar sucessivamente as caixas das esmolas e a generosidade dos devotos, e acabou vendida ao melhor preço. Os canais televisivos não são instrumentos de promoção democrática, são empresas de negócios ao serviço dos acionis

Cavaco Silva, a Maçonaria e o Opus Dei

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A opacidade das despesas do Palácio de Belém, durante o consulado de Cavaco Silva, levou Marcelo a pedir uma auditoria cujos resultados, por decoro, não serão públicos, mas ajudarão a limpidez de quem tem para a função outro perfil e pretende da História um julgamento diferente. Cavaco é um, provinciano, intriguista, dissimulado, vingativo, capaz de trair o seu mais dedicado ministro, Fernando Nogueira, para beneficiar Dias Loureiro, ou de, apesar da alegada seriedade, manter sepulcral silêncio sobre o suborno na compra dos submarinos, por Paulo Portas, a divulgação das dívidas à Segurança Social, de Passos Coelho, então PM, e no escândalo bancário SLN /BPN onde, depois de amealhar uns patacos em ações não cotadas na Bolsa, ele e a filha, viu os amigos afundarem-se no maior dos opróbrios. O silêncio ou desinteresse por privatizações ruinosas, nomeadamente Lusoponte, ANA, Telecomunicações e Energia, revelam desatenção do economista ou displicência do PR. A revelação, de duvidoso

Lavrov ‘lavra’ em Munique uma nova ordem mundial…

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A ‘nova ordem mundial’ tem sido repetidas vezes aflorada nos últimos tempos. Desde a queda do muro de Berlim até aos recentes acontecimentos políticos e económicos que começam com a emergência de novas potencias (a China e India são exemplos paradigmáticos) e essa ‘preocupação’ (especulativa) acentuou-se com a eleição de Donald Trump para a presidência da (ainda) maior potencia mundial. Sergei Lavrov (ministro do Negócios Estrangeiros russo) na Conferência de Segurança de Munique, realizada este ano, teceu considerações sobre essa ‘nova ordem mundial’ invocando uma nova fase a que caracterizou como ‘pós-Ocidente’ link .   Em poucas palavras, o ministro russo, apelou ao ‘pragmatismo democrático’ (uma conceção obscura), ao soberanismo (como resposta dos Países à internacionalização) e ao desmantelamento da NATO (que considerou uma ‘relíquia’ da Guerra Fria).   Este recado levado por Lavrov ao mais importante fórum de Segurança e Defesa mundial que se realiza em Munique desd

Ruídos e silêncios

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Petição Pública

Caros Amigos,  Acabei de ler e assinar a petição: «Atribuição do nome de Dr. Alberto Vilaça, combatente antifascista, a rua em Coimbra » no endereço  http://peticaopublica.com/ pview.aspx?pi=ruaalbertovilaca   Pessoalmente concordo com esta petição e cumpro com o dever de a fazer chegar ao maior número de pessoas, que certamente saberão avaliar da sua pertinência e actualidade. Agradeço que subscrevam a petição e que ajudem na sua divulgação através de um email para os vossos contactos. Obrigado. Anabela Monteiro Esta mensagem foi-lhe enviada por Anabela Monteiro ( anabela8@hotmail.com ), através do serviço  http://peticaopublica.com  em relação à Petição  http://peticaopublica.com/?pi= ruaalbertovilaca

Assis ou o facilitado trânsito para um ‘deslocado’ …

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O deputado ao parlamento europeu Francisco Assis sempre que tem oportunidade mete a colherada na política nacional aproveitando para criticar a solução de governo em que o seu partido (PS) está envolvido. Será, provavelmente, muito mais ativo no País do que em Bruxelas ou em Estrasburgo.   O que poderia parecer um apego à cidadania ativa terá certamente outras razões. A história recente do 'PS do pós-segurismo’ está por detrás de toda esta azáfama. Depois, participou numa célebre jantarada de leitão na Bairrada que primou pelo desperdício, ou seja, sem comensais sobrou bácoro assada à fartazana. Há pouco tempo veio a terreiro pedir eleições antecipadas, antecipando-se à própria Direita, sem explicar quem era o mandante do recado.   Finalmente, agora vem ao lançamento de um livro do parlamentar europeu José Manuel Fernandes (PSD) e aproveita o ensejo para relembrar a necessidade de ‘entendimentos’ (com a Direita, como é óbvio) link .   Inventa um ‘muro político’ pa

Petição Pública

Caros Amigos,  Acabei de ler e assinar a petição: «Atribuição do nome de General Augusto José Monteiro Valente, Capitão de Abril, a rua em Coimbra » no endereço  http://peticaopublica.com/ pview.aspx?pi= ruamonteirovalente   Pessoalmente concordo com esta petição e cumpro com o dever de a fazer chegar ao maior número de pessoas, que certamente saberão avaliar da sua pertinência e actualidade.  Agradeço que subscrevam a petição e que ajudem na sua divulgação através de um email para os vossos contactos.  Obrigado. Anabela Monteiro Esta mensagem foi-lhe enviada por Anabela Monteiro ( anabela8@hotmail.com ), através do serviço  http://peticaopublica.com  em relação à Petição  http://peticaopublica.com/?pi= ruamonteirovalente

Cidadania

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Habituamo-nos de tal modo a olhar os outros de frente que, por vezes, esquecemos o veneno que a cauda encerra.

A OBRA QUE CAVACO OBROU

Cavaco perpetrou um livro. Como é óbvio, não o li nem vou ler. Mas, pelo muito que tenho lido e ouvido na comunicação social, o ex-Presidente mostra-se como sempre foi. O Chefe do PPD. O inimigo figadal do PS e de tudo o que lhe "cheire" a esquerda. O Padrinho da Pafia. Revelou conversas privadas. Como alguém já disse, não "prestou contas: ajustou contas". E espezinhou "corajosamente" quem está na mó de baixo - José Sócrates. Nem sequer vou sujar as mãos a folhear a coisa.

Descentralização Administrativa: a lenta e difícil caminhada...

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A questão da descentralização política e administrativa é um problema mal resolvido para muitos portugueses desde 1998 (data da realização do referendo sobre a regionalização do País). Provavelmente o problema é ancestral já que é comum atribuir culpas pelos cíclicos males do País aos recorrentes bloqueios burocráticos do monstro ‘Terreiro do Paço’.   A Regionalização sendo um princípio consagrado na Constituição não tem sido fácil de pôr em prática. Por variadas razões que vão desde as delimitações das regiões que acabam por não gerar consensos e ainda porque o espectro de poder traduzir benefícios eleitorais pairará sempre sobre qualquer proposta (venha donde vier). Outras manifestações marginais inquinaram o processo de regionalização onde pura e simplesmente abundam critérios economicistas explorados pela Direita que apontavam para sobreposições e duplicações de despesas administrativas. Mas a Direita no essencial ao opor-se à regionalização pretendeu esconder a sua conc

Cavaco Silva - o último almocreve do salazarismo

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Pode dizer-se que é excessiva a importância dada a um defunto político, que é feio bater em mortos e contraproducente condenar quem não superou o salazarismo endógeno e o rancor acumulado pelo progressivo desprezo dos portugueses. De facto, Cavaco, não é apenas um inculto conformado, é o rancoroso amargo que não hesita em tomar apontamentos das reuniões confidenciais, não para desmentir quem as apresentasse distorcidas, mas para expor conversas privadas e de Estado, por vingança, e com alta probabilidade de inexatidão, agravadas pelo facto de o alvo estar arguido e à espera de uma acusação cujos sucessivos adiamentos abalam o Estado de Direito. Quem admoestou o primeiro-ministro, a ser verdade o que disse, referindo-lhe que não estava a falar com os membros do seu governo, mas com o PR, revela o que pensa das relações de um PM com os ministros, e o comportamento de que era capaz durante os seus dez anos de Governo. Não sendo a urbanidade o seu forte, revela a inferioridade de q

Reflexão

Não surpreende que os órgãos de comunicação social privados estejam ao serviço da direita e destilem ódio contra o atual governo. Era de esperar o recrudescimento da intriga e do ressentimento depois do anúncio de sucessivos êxitos no campo económico  e do falhanço do desejado fracasso governamental. O que admira é a hostilidade sistemática da televisão e da rádio públicas no seu desvairado alinhamento com os interesses e os negócios que a comunicação social privada promove ao serviço dos grupos económicos que a detêm. O pluralismo informativo não é uma concessão ao arbítrio da direita, é uma exigência ao serviço da democracia.

Literatura (género: tragédia)

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Mais um livro para conhecermos o calendário cavaquista

Cavaco Silva (ACS) – o redator que detesta ser leitor

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O livro intitula-se "Quinta-feira e outros dias". Quem desconheça o autor, há de julgar que o título é uma homenagem ao escritor G. K. Chesterton, e uma inspiração contra o anarquismo, bebida em “O Homem que era Quinta-Feira”. Cavaco Silva jamais se prestaria a assumir o papel do agente secreto Gabriel Syme, para arruinar um grupo anarquista. Tudo o que conseguiu foi um Fernando Lima para forjar uma pérfida intriga contra o então PM, com o pouco estimável ‘jornalista’, José Manuel Fernandes. Foi um guião fracassado para filme rasca. Cavaco copiou Fernando Lima, que esperou a reforma para o zurzir, a si e à sua prótese, D. Maria. Aguardou várias reformas e 1 ano para revelar os pormenores das audiências, que tinham lugar à quinta-feira, com Sócrates. Tal como o ex-assessor, com raiva tardia, em vez de explicar o caso das escutas, o negócio das ações, dele e da filha, a permuta de terrenos, onde achou a vivenda Gaivota Azul, ou a razão para preencher a ficha na Pide, co

CGD - The End of the Game...

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Ontem, na Comissão de Inquérito Parlamentar à CGD, a Direita deverá ter finalmente compreendido que a Esquerda não vai ser um bordão para alimentar uma interminável chicana política à recapitalização do único banco público nacional.   Assim, a correspondência e os e-mails trocados entre o Governo e António Domingues ficam de fora do âmbito da Comissão por terem sido consideradas como não enquadrando o objeto do inquérito link .   Independentemente dos erros processuais e políticos que foram cometidos - uma lamentável evidência - e que a Direita se apressou a empolar, a atitude da Esquerda face ao folhetim CGD é salutar já que visa não continuar a permitir a desestabilização desta instituição financeira que, desde há 1 ano, i. e., logo que anunciada a sua recapitalização, está sujeita a continuadas e sistemáticas perturbações.   Rapidamente, um inquérito que pretendia escrutinar o exercício administrativo e a eficiência da CGD, durante o século XXI (desde 2000), período e

Os referendos, a IVG e o código penal

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Os referendos tornaram-se excelentes exercícios de demagogia e frágeis instrumentos democráticos. Em Portugal, depois de 1974, não houve um único referendo vinculativo, isto é, com um mínimo de 50% de eleitores, que o tornasse de cumprimento obrigatório. Convém lembrar que a Constituição Política de 1933 foi aprovada por referendo, onde as abstenções contaram como votos a favor, é certo, e a ditadura consagrada. Mas voltemos ao referendo, formalmente o mais democrático dos instrumentos, e uma forma de corroer a democracia representativa e exonerar os partidos parlamentares das suas obrigações. Foi legítima a pergunta feita em 28 de junho de 1998: «Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas 10 primeiras semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?». Que direito tinham os homens a pronunciarem-se sobre um assunto exclusivo da saúde da mulher? O terrorismo pio e o desinteresse do eleitorado prolongaram

Cavaco: Num qualquer dia da semana que até poderia ser quinta-feira…

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Não faço intenções de ler o livro de Cavaco Silva “Quinta-feira e outros dias”. O tempo é demasiado precioso para ser gasto em elucubrações. Entretanto, a imprensa vai debitando algumas ‘deixas’ link . A petulância de julgar que anda sempre a cavalgar o “superior interesse nacional” – que segundo afirma é o seu móbil para escrevinhar - enfastia-me. As autobiografias são sempre duvidosas e perigosas quanto à possibilidade de distorções. Surgem tanto mais enviesadas quanto se sabe que muitos dos seus autores podem ter dificuldades em colocar-se acima (ou de fora) da sociedade sobre a qual discorrem, alijando determinismos (ou seja pré-determinados destinos). A narrativa de vida do próprio para ter interesse pressupõe a acessibilidade pública dos meios de informação e registo que a informam. Não são essas as condições que se verificam. Existirão, no caso de Cavaco Silva, nomeadamente em relação às quintas-feiras, registos individuais e personalizados, não escrutináveis.

O escritor Aníbal

Cavaco não escreveu um livro, imprimiu um calço para nivelar mesas com uma perna curta.

O embaixador Martins da Cruz

Contributo dos leitores para a biografia: Blogger e-pá CE: AMC não será (ainda) um reformado da política, como está escrito no post. No presente, vende as suas (nefastas) conceções políticas ao Governo de Angola, sendo um dos assessores presidenciais. O 'caso Luaty Beirão' revelou, recentemente, o âmbito e o roteiro da seu trabalho de consultoria, quando tentou 'branquear', nos meios de comunicação social portugueses, o julgamento que foi encenado em Luanda, sem invocar o mais pequeno conflito de interesses (que estavam subjacentes às funções que está a desempenhar)...                                                                                                                  *** Blogger amadeu moura disse... O AMC tem um curriculum invejável! Ao que foi mencionado, convém acrescentar que foi ele, na qualidade de embaixador em Madrid, que propôs à Presidencia da Republica, que fosse atribuída uma comenda ao português dono da Afinsa! E como ele não qu

Prova de vida

A Coreia do Norte lançou um míssil e Cavaco Silva um livro. O míssil preocupa o mundo, o livro é irrelevante para o desprestígio do alegado autor. O primeiro tem créditos firmados na irresponsabilidade e o segundo na prevaricação ortográfica e no ressentimento. Um é perigoso, o outro deprimente.

Embaixador Martins da Cruz – Figuras e figurões

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«Rajoy já falou duas vezes com Trump e Costa nem uma» (Martins da Cruz, Embaixador) Poucos leitores conhecerão o embaixador António Martins da Cruz (AMC), espécie de Zé das Medalhas, com mais condecorações do que peito, compadre de Durão Barroso, pai da Diana, cuja admissão em Medicina exigiu uma portaria só para ela, escândalo que levou à demissão do ministro do Ensino Superior e à sua, de MNE, no Governo Portas /    Barroso, e à matrícula da filha numa faculdade de medicina espanhola. Na entrevista ao DN de ontem (11-2-2017), pág. 8 e 9, não refere as relações com Durão Barroso, de quem foi o artífice da ascensão a presidente da CE, com Mário David, atual eurodeputado do PSD, e mandatário da candidatura inventada, à última hora, para tentar impedir Guterres de ascender o cargo. Enquanto Barroso, mestre na dissimulação, dizia à comunicação social que o Governo apoiava a candidatura de António Vitorino à CE, organizavam a sua os dois homens de mão, sendo AMC, bem relacionado no

Ir ao amago dos problemas e acabar com as manobras de diversão…

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Como disse, hoje, Jerónimo de Sousa o País está a ser entretido com um folhetim tendo como guião a CGD link .   Entretanto, entre o PS e os partidos que assinaram a posição comum, decorrem importantes negociações tendo em vista rever a lei do trabalho e alguns dos instrumentos que a regulam. E os tempos que aí vêm não são de puro entretinimento.   Vejamos alguns exemplos:   A CIP só se mostrou disposta a subscrever o acordo de concertação social no caso de não existirem alterações da legislação laboral link . Este ‘ultimatum’ é deveras condicionador da política governamental e significa, na prática, a introdução externa de diretrizes sociais na governação, que chocam com o programa aprovado na AR. Em última análise, pretende desfigurar o conteúdo programático que está subjacente à consistência política (estabilidade) decorrente das 'posições conjuntas' de toda a Esquerda.   As leis laborais não são neutras politicamente (nem ideologicamente) e, também, não

O PSD, as sondagens e a CGD

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O PSD, as sondagens e a CGD À medida que as sondagens ameaçam cada vez mais a manutenção de Passos Coelho na liderança, apesar de ser esse o único cargo em que beneficia o País, o PSD ensandece. O desvario contra a CGD leva o partido à política de terra queimada, onde o CDS o segue, para debilitarem o Estado para cujo desmantelamento lhes sobrou PR e faltou tempo. A ansiedade pungente desta direita, que rejeita a alternância, até ao dia em que voltará a aparecer convertida à democracia depois de apoiar uma nova ditadura, revela desespero. Os serventuários de Passos Coelho, Portas e Cavaco estão desempregados e não cabem numa direita civilizada. Com o folhetim Sócrates a arrastar-se numa perigosa imagem para o Estado de Direito, posto em causa com o desrespeito dos prazos legais, uma infeliz entrevista do juiz de instrução e a incontinência verbal dos sindicalistas do SMMP, resta criar ruído de fundo durante o julgamento do ex-ministro Miguel Macedo e outras altas figuras d

CGD: da investigação à saturação….

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A chicana política tecida pela Direita (CDS + PSD) à volta da CGD começa a meter nojo. São conferências de imprensa de supetão, umas atrás de outras, com vista a denunciar sempre qualquer coisinha que seja capaz de perturbar a governação e dificultar a restruturação do sector bancário link .   Uma vez a Direita acusa o Governo no seu todo, outra é especificamente o ministro das Finanças, de quando em vez são as antiga administrações, em amiudadas ocasiões levantam-se levianas questões de timing,  entrecortando com suspeições sobre a hipervalorização dos montantes a recapitalizar e assim por diante. Tanto alarido tem por objetivo esconder o essencial. Na verdade, a Direita não aceita que a Caixa seja recapitalizada e permaneça na esfera pública. Não aceitando isso demonstra o que andou a ocultar durante alguns anos: a ‘miragem’ de uma privatização deste banco público.   Agora, pega-se a uma suposta mentira do ministro Mário Centeno e a Direita tenta despiedadamente colar o

Informação aos leitores

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Na imagem que se vê no post «Ontem, na Associação 25 de Abril», onde várias pessoas tiveram de ficar de pé, não se veem livros nas mãos das pessoas. Acontece que a 1.ª edição está esgotada, podendo eventualmente haver algum exemplar em uma ou outra livraria. Depois de ter respondido pessoalmente a quem se queixou de não o encontrar, respondo antecipadamente a novas perguntas e informo que está em preparação a 2.ª edição de que darei conta logo que vá para o mercado.

Portugal, o Mundo e o futuro

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Ontem jantei com um conceituado catedrático de Finanças do ISCTE e, com surpresa, soube que o eminente académico e medíocre ministro das Finanças de Passos Coelho, Vítor Gaspar, denuncia nas suas publicações os malefícios da austeridade e os efeitos contraproducentes. Pelo menos, aprendeu a lição. Aliás, a preparação técnica já o tinha levado a anunciar o falhanço político, na renúncia ao cargo em que, à falta de alternativas, foi substituído por Maria Luís, sua ‘ajudante de ministro’ (termo do léxico cavaquista para designar secretários de Estado). O tosco PM quis transformar a sua ex-professora na maga das Finanças, mas a sua débil varinha mágica não conseguiu mais do que metamorfosear a aprendiz de feiticeira em bruxa de terceira categoria em um governo inexistente que o CDS tinha abandonado. Hoje, todos conhecemos o efeito trágico da crise de 2008 sobre as dívidas soberanas dos países pobres onde a falência do Lehman Brothers foi o detonador. Sabemos igualmente que o terroris