Lisboa - António Costa é presidente
Tudo, nestas eleições, teve a marca do exotismo e da surpresa. Após 6 anos de governo da direita, Lisboa mergulhou no caos e no desânimo. Nem os munícipes quiseram votar.
Foi a primeira vez que um executivo desgastado pelo próprio partido que dava ordens e fazia nomeações a partir da Rua de S. Caetano, à Lapa, caiu estrondosamente a meio do mandato e deu origem a eleições intercalares.
Numa atitude ética e politicamente indefensável a Assembleia Municipal recusou seguir na demissão o executivo camarário a que sempre deu aval.
Os partidos, talvez assustados com a herança, em vez de defenderem os seus programas para Lisboa, aproveitaram a campanha contra o Governo e avisaram os eleitores de que votar no PS significava sufragar a política do Governo. Só aumentaram a abstenção.
Assim, em vez da vitória ser apenas de António Costa, o candidato com melhor perfil e mais sólida equipa, transformou-se, por erro dos concorrentes, numa vitória do Governo e na aceitação da OTA pelos munícipes de Lisboa que votaram, os únicos que contam.
A personalidade e dimensão política de António Costa, para além da missão impossível de sanear as contas de Lisboa nos próximos dois anos e das dificuldades de coligação, deu ao Governo uma nova vitória, a juntar à do referendo da IVG.
Marques Mendes, depois da derrota pessoal no referendo, sofreu uma humilhação com Negrão atrás de Carmona, a que é difícil sobreviver. O CDS, depois de ter ficado atrás do PCP, na Madeira, trocando de posição, foi agora corrido da Câmara de Lisboa, nos dois casos com Paulo Portas como timoneiro. Apesar de ter dito que estas eleições eram um teste à sua liderança, ele só sabe dizer «eu fico» ou pensar «eu volto».
Os independentes, apesar da libertação duvidosa dos partidos, marcaram uma posição que deve fazer reflectir os estados-maiores partidários.
A política vai regressar. Esperemos que aos ataques pessoais e às agressões ao carácter dos adversários, surjam os programas e o empenhamento no seu cumprimento.
Os que perderam, já se sabe, vão interpretar os resultados com base na vontade dos que se abstiveram. E foram imensos.
Foi a primeira vez que um executivo desgastado pelo próprio partido que dava ordens e fazia nomeações a partir da Rua de S. Caetano, à Lapa, caiu estrondosamente a meio do mandato e deu origem a eleições intercalares.
Numa atitude ética e politicamente indefensável a Assembleia Municipal recusou seguir na demissão o executivo camarário a que sempre deu aval.
Os partidos, talvez assustados com a herança, em vez de defenderem os seus programas para Lisboa, aproveitaram a campanha contra o Governo e avisaram os eleitores de que votar no PS significava sufragar a política do Governo. Só aumentaram a abstenção.
Assim, em vez da vitória ser apenas de António Costa, o candidato com melhor perfil e mais sólida equipa, transformou-se, por erro dos concorrentes, numa vitória do Governo e na aceitação da OTA pelos munícipes de Lisboa que votaram, os únicos que contam.
A personalidade e dimensão política de António Costa, para além da missão impossível de sanear as contas de Lisboa nos próximos dois anos e das dificuldades de coligação, deu ao Governo uma nova vitória, a juntar à do referendo da IVG.
Marques Mendes, depois da derrota pessoal no referendo, sofreu uma humilhação com Negrão atrás de Carmona, a que é difícil sobreviver. O CDS, depois de ter ficado atrás do PCP, na Madeira, trocando de posição, foi agora corrido da Câmara de Lisboa, nos dois casos com Paulo Portas como timoneiro. Apesar de ter dito que estas eleições eram um teste à sua liderança, ele só sabe dizer «eu fico» ou pensar «eu volto».
Os independentes, apesar da libertação duvidosa dos partidos, marcaram uma posição que deve fazer reflectir os estados-maiores partidários.
A política vai regressar. Esperemos que aos ataques pessoais e às agressões ao carácter dos adversários, surjam os programas e o empenhamento no seu cumprimento.
Os que perderam, já se sabe, vão interpretar os resultados com base na vontade dos que se abstiveram. E foram imensos.
Comentários
António Costa, vai governar em condições muito complicadas e Lisboa, vai perder.
Agora, é a vez do governo ajudar o Costa, quem se lixa são as outras cidades, só a Coimbra, o governo deve € 9.000.000,00...é muita nota.
Não deixa de ter piada!!! o Gajo responsável pelo orçamento das autarquias (que as deixou nas lonas) é agora presidente de uma Câmara !!! ah ah ah ah ah ah ah
Tem graça !!!!
E acho piada a estes "parolos" que vêm lá da Cherra, a aplaudirem!! ah ah ha ah ah ah...
Só uma pequenina questão: "Será que o Saldanha Sanches, também vai achar que António Costa é Corrupto, é que, como ele tem essa opinião de todos os autarcas!!!?"
1 - O seu comentário está eivado de racismo contra as pessoas do mundo rural;
2 - A arrogância é tal que acha que os eleitores votaram mal;
3 - Saldanha Sanches nunca meteu «todos» os autarcas no mesmo saco. O seu preconceito contra o fiscalista e o ressentimento pelos resultados eleitorais é o que o faz deturpar a verdade.
O que se passar na prática política nos próximos 2 anos, em Lisboa, vai marcar sociologicamente o comportamento da Esquerda, em Portugal, em relação às legislativas de 2009.
As tentações serão mais do que muitas. Nomeadamente, em relação à maioria existente na Assembleia Municipal.
Sacrificar princípios defendidos durante a campanha eleitoral - não só os A. Costa mas também de H. Roseta, Ruben Carvalho, Sá Fernandes - a uma pretensa eficácia de governabilidade da autarquia, poderá ser muito pragmático mas politicamente demolidor para os créditos do "povo de esquerda".
Sendo que residir em Lisboa é cada vez mais raro, como se sabe, relativamente ao número de pessoas que aí vivem todo o dia, porque aí trabalham, estudam, ou porque passam aí quase todo o seu tempo.
Todos aqueles que penam no IC19 ou na autoestrada Cascais-Lisboa ou na Ponte 25 de Abril, Vasco da Gama e afins passam o seu dia em Lisboa.
Muitas vezes mal conhecem o sítio onde vivem, desde os vizinhos a quem é o presidente da Câmara, para não falar no -- nunca soube quem é, nem de que partido é -- presidente da 'junta'.
No entanto, não votam em Lisboa.
A mesma Lisboa onde fazem tudo, onde gastam e ganham dinheiro, que conhecem melhor que o concelho onde vão dormir.
O que leva L. a pensar se os resultados eleitorais em Lisboa não serão injustos, errados e inúteis.
Pelo menos enquanto os universitários e restantes estudantes, e todos os que 'dormem' fora de Lisboa, que trabalham em Lisboa, aqueles cujo BI não diz Lisboa em 'residência', não votarem em Lisboa.
Porque vendo bem, são eles que vivem -- e que são -- a Capital.
Para o vencedor +- 30% de 38% é menos de 12% do total de eleitores de Lisboa: que grande legitimidade e que grande motivo para celebrações e festejos.
Os políticos se tivessem vergonha, ontem, às 19H00M tinham ido dormir e não voltavam a mostrar a cara nos próximos meses.
Ah, e nem sequer houve a "desculpa" do bom tempo e da praia...
Não me precisa de agradecer mas sei que esta grande ideia vai calar fundo no seu partido,sempre disposto a deitar-se no chão por qualquer merda que se diga empresário.Já tou a ver o Sócrates,mauzinho prás pessoas q tenham tumores na medula e outos calões da pior espécie,como cancerosos,p.ex,o tóni Costa,o vitorino e o mário sóares mais calado que nem um rato
Assim, vai a democracia portuguesa que perigosamente resvala para a ditadura.
Afinal, eleições para quê ?
A maior parte veio de fora do concelho de Lisboa e nem sabia para o que vinha...
Os do PSD, ao menos, sabiam para o que iam, pelo menos a Manuela Ferreira Leite que nãoapareceu e aos costums disse nada.
Não votar e ser abtencionista é pugnar por não legitimar estas politicas.
HÁ pois é...
O que se passou no comício? de vitória do PS foi VERGONHOSO, ao melhor estilo soviético do arregimentar das massas.
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/jVItiad6nBUWGksQ8hVGOQ.html
Terão ido ao logro duas vezes?!?
Quinze valores!!!
Pois não, meteu só os da "província", porque os da cidade são fantásticos, principalmente os que lhe dão tacho...
não se pode fazer o jogo que eles querem.
é sempre o mesmo filme
deem cá os votitos para isto ser uma democracia que depois nós tratamos de voçês.
olhem para o exemplo que tem sido;
Temos menos impostos?
Temos melhor emprego?
Temos melhores reformas?
Temos melhor saude?
Temos melhor ensino?
Temos melhores direitos sociais?
Temos melhores leis do trabalho?
Temos melhor justiça?
Têem Pois;
reformas mais cedo
subsidios de reintegração
acumulação de reformas
acumulação de lugares remunerados
seguros de saude
despesas de representação
pópós e quejandos.
etc etc
Só pode estar a perder faculdades...