Nós é que pagamos (2)
Na sequência da violenta atitude do impiedoso ministro escrevi um texto que foi publicado em vários jornais na primeira semana de Outubro de 2002.
Aqui fica no Ponte Europa para os leitores interessados:
A radical limpeza étnica levada a cabo por Bagão Félix, ao abrir de uma assentada 18 vagas de directores distritais da Segurança Social e igual número de directores - adjuntos, para gáudio de outros tantos cidadãos ansiosos de provarem a sua “identificação com a missão”, pode causar suspeitas de compadrio partidário.
O método faxista (através de fax) de exonerar de forma expedita e em simultâneo todos os dirigentes pode criar a ideia de irreflexão, sem ter em conta a avaliação do mérito individual dos atingidos, ou a suposição de ter agido por vingança para com os protagonistas de um ministério emblemático da gestão socialista.
Com tantos fiéis à espera dos lugares, a demissão de trinta e seis dirigentes pelo piedoso ministro corre o risco de ser considerada um acto de proselitismo de um cruzado, promovendo um auto de fé em que imolou todos os suspeitos de serem infiéis.
Com a reputação de independente, o ministro que o Dr. Portas colocou na Segurança Social pode ter ultrapassado em sectarismo alguns homólogos com antecedentes radicais.
Para um cidadão que tão denodadamente se tem batido contra a despenalização do aborto, corre o risco de ter praticado um, de natureza política, como ministro. E o remorso, bem ao jeito da tradição judaico-cristã, pode vir a amargurá-lo no futuro.
De qualquer modo o ministro não parece ter tomado uma decisão a condizer com o nome (feliz – Do lat. felix).
Aqui fica no Ponte Europa para os leitores interessados:
A radical limpeza étnica levada a cabo por Bagão Félix, ao abrir de uma assentada 18 vagas de directores distritais da Segurança Social e igual número de directores - adjuntos, para gáudio de outros tantos cidadãos ansiosos de provarem a sua “identificação com a missão”, pode causar suspeitas de compadrio partidário.
O método faxista (através de fax) de exonerar de forma expedita e em simultâneo todos os dirigentes pode criar a ideia de irreflexão, sem ter em conta a avaliação do mérito individual dos atingidos, ou a suposição de ter agido por vingança para com os protagonistas de um ministério emblemático da gestão socialista.
Com tantos fiéis à espera dos lugares, a demissão de trinta e seis dirigentes pelo piedoso ministro corre o risco de ser considerada um acto de proselitismo de um cruzado, promovendo um auto de fé em que imolou todos os suspeitos de serem infiéis.
Com a reputação de independente, o ministro que o Dr. Portas colocou na Segurança Social pode ter ultrapassado em sectarismo alguns homólogos com antecedentes radicais.
Para um cidadão que tão denodadamente se tem batido contra a despenalização do aborto, corre o risco de ter praticado um, de natureza política, como ministro. E o remorso, bem ao jeito da tradição judaico-cristã, pode vir a amargurá-lo no futuro.
De qualquer modo o ministro não parece ter tomado uma decisão a condizer com o nome (feliz – Do lat. felix).
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