Lisboa - Negrão e a Assembleia Municipal
Além disso, ele [Fernando Negrão] é o único que pode contar com um trunfo que mais nenhum candidato tem a seu favor: a maioria PSD na Assembleia Municipal. Sem ela, a câmara não é governável por ninguém. Vasco Graça Moura – escritor
Vasco Graça Moura (VGM), o intelectual que chegou a ajudante de ministro da Cultura pelo desinteresse que a cultura merecia ao então primeiro-ministro, passou de almocreve do cavaquismo a ventríloquo de todos os líderes do PSD.
Um bom escritor não é obrigatoriamente um bom político e, muito menos, um honrado pensador e cidadão estimável. VGM é sofrível como cidadão e execrável como político. É um saprófita do PSD, sempre disponível a fazer o papel de arrieiro de todos os líderes que, por pudor ou educação, não podem proferir certos despautérios.
No artigo semanal do Diário de Notícias VGM repete de forma mais boçal e troglodita a afronta à democracia que Marques Mendes já tinha feito de forma mole. Veio, de novo, chantagear o eleitorado e dizer, preto no branco, que a Assembleia Municipal de Lisboa só deixa governar a Câmara se o eleitorado a confiar, de novo, ao PSD que a arruinou.
VGM tem da democracia uma leve ideia e a ética causa-lhe brotoeja. E não se espera de quem defende a pena de morte que saiba o que é o pudor republicano, já que a sensatez a exonerou há muito para rastejar no partido e defender o que de pior sair da Rua de S. Caetano à Lapa.
Não bastava a cobardia do PSD em manter a Assembleia Municipal cuja composição já não corresponde à vontade eleitoral, como no próximo domingo se verá, e ainda se atreve a chantagear com o órgão cuja dignidade e legitimidade políticas se extinguiram no momento da dissolução da CML.
Vasco Graça Moura (VGM), o intelectual que chegou a ajudante de ministro da Cultura pelo desinteresse que a cultura merecia ao então primeiro-ministro, passou de almocreve do cavaquismo a ventríloquo de todos os líderes do PSD.
Um bom escritor não é obrigatoriamente um bom político e, muito menos, um honrado pensador e cidadão estimável. VGM é sofrível como cidadão e execrável como político. É um saprófita do PSD, sempre disponível a fazer o papel de arrieiro de todos os líderes que, por pudor ou educação, não podem proferir certos despautérios.
No artigo semanal do Diário de Notícias VGM repete de forma mais boçal e troglodita a afronta à democracia que Marques Mendes já tinha feito de forma mole. Veio, de novo, chantagear o eleitorado e dizer, preto no branco, que a Assembleia Municipal de Lisboa só deixa governar a Câmara se o eleitorado a confiar, de novo, ao PSD que a arruinou.
VGM tem da democracia uma leve ideia e a ética causa-lhe brotoeja. E não se espera de quem defende a pena de morte que saiba o que é o pudor republicano, já que a sensatez a exonerou há muito para rastejar no partido e defender o que de pior sair da Rua de S. Caetano à Lapa.
Não bastava a cobardia do PSD em manter a Assembleia Municipal cuja composição já não corresponde à vontade eleitoral, como no próximo domingo se verá, e ainda se atreve a chantagear com o órgão cuja dignidade e legitimidade políticas se extinguiram no momento da dissolução da CML.
Comentários
No que toca, aos nada abonatórios adjectivos com que qualifica a intervenção política de VGM outros poderão dizer o mesmo de si. Com uma única ressalva: ele escreve mesmo bem...
É de dar volta ao estômago!
Já o propus para o prémio "A grande lata" no Jumento.
Todos os adjectivos são tirados das crónicas de VGM.
Não sou eu que estou em causa, é a atitude cobarde e chantagista de VGM.
Que ele escreve bem é um facto. Por isso sou leitor assíduo do dito.
Quanto à ironia sobre a débil qualidade da minha prosa, não exagere.
A primeira chantagem que se exerce sobre os eleitores é exactamente o apelo ao "voto útil". Transforma a política num mero contrato eleitoral, ao arrepio de qualquer confronto programático ou debate ideológico. Sempre menorizando o eleitor, enquanto cidadão.
A chantagem acerca da composição da AM da CML protagonizada por Marques Mendes e agora enfatizada por VGM é, pura e simplesmente, uma vil e baixa manipulação eleitoral.
É política "abaixo de cão" (salvo seja!)
eu não disse que a sua escrita era débil, apenas referi que o VGM escreve mesmo bem e que outros poderão dizer o contrário a seu respeito.
Pela parte que me toca considero-o uma boa pena. Nem sempre a utiliza no melhor dos modos, é certo, amiúde concede à demagogia, à cegueira partidária e, por vezes, à contundência completaemtne desarrazoada(enfim, tal como o VGM).
A AM tem toda a lígitimidade para contínuar, a Câmara é um orgão municipal e a AM é outro, nada de confusões.
Quando os interesses são diversos multiplicam-se os argumentos para atingir determinados fins...mas, haja coerência.
Aliás, há gente do PS muito convencida num bom resultado eleitoral...já não falta muito, depois veremos. Se o resultado for directamente proporcional à váia que o 1º ministro levou no estádio da Luz, o Costa vai longe.
Aceito com bonomia a sua posição e só me resta agradecê-la e respeitá-la.