Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Agora vêm os argumentos pessoais e de família. Vamos com calma: também eu estou curioso de saber até onde vai esta história.
Não esqueço, aliás, que foi em 2004, dentro do PS e incitado por altos adversários que muitas destas conversas começaram.
Agora vamos desde já pôr os pontos nos iis: José Sócrates só pode responder politicamente pelos seus comportamentos, não pelos actos do seu primo ou do seu tio!
Tratava-se quase de uma prerrogativa pontifícia. Curiosamente os principais beneficiários eram os sobrinhos...
Eminentes homens públicos como Napoleão Bonaparte praticaram este tipo de protecção familiar.... Chegou a ter 3 irmãos reizinhos de opereta em territórios militarmente ocupados.
Chama-se a isto: nepotismo!.
Hoje este conceito está adquiriu um moldura diferente, mais lata, sendo sinônimo da concessão de privilégios no quadro de negocios com bens públicos.
Muito próximo de certa actividade lobbysta, sem qualquer tipo de regras ou limites.
Não tem nada a ver com os laços familiares congénitos que, como todos sabemos, não se escolhem, mas são os que se têm.
Já os tradicionais apadrinhamentos portugueses são opções familiares, muitas vezes com interesses ocultos, em que o objecto (o "afillhado") não é tido nem achado.
Os outros "apadrinhamentos", entre adultos não familiares, são meros favorecimentos...
Todavia, reconheço que o aproveitamento político desta questão tem sido abominável.
Que, em minha opinião, tem sido explorado pela comunicação social ad nauseum.
Agora, identificar quem está por detrás dessa comunicação social, especuladora?
É meter-se em novas (outras) especulações...
Compreende-se, devia exigir-se, que perante um processo, que dura há tantos anos, o País deva aguardar, serenamente, que a investigação se conclua, em sede própria, rápida e tranquilamente.
Só isso!
Estará a tentar, porventura, insinuar a desonestidade do Prof. Marcello Caetano e do Dr. Baltazar Rebelo de Sousa?
Pois fraco era, o Dr. Caetano, o princípio do fim, certamente...
Mas de frouxo a desonesto ainda vai um longo caminho.
Eu não insinuei que Baltazar Rebelo de Sousa e Marcelo Caetano eram desonestos.
Apenas garanto que foram fascistas e criminosos de guerra, cúmplices da guerra colonial.
Eram amigos do peito e da hóstia.
Quando se refere à hóstia, está a falar da consagrada ou dos bolinhos com hóstia? É que aqui também pode existir concomitância…
A bem da verdade!