Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Já que a crise social (e económica) é algo fundamentalmente deprimente - quando não pior - será bom que apareça algo agite a cultura e a ciência, para não ficarmos circunscritos ao futebol e aos escândalos politico-financeiros...
Nota:
Pena é que os horários destes eventos entrem em conflito com os tempos laborais.
Já a realização da Associação dos professores de Filosofia e da Livraria Almedina, decorre num horário mais aceitável.
Seria bom que se avançasse do Evolucionismo biológico de Darwin e de Lamark, muito discutido e consgrado, para o Evolucionismo cultural que os trabalhos de Edward Tylor levantam e correlacionam com a Antropologia.
Existe questões em aberto, que devem ser, a todo o momento, (re)pensadas.
Por exº.:
Existirá uma base funcional para o desenvolvimento das sociedades e das religiões?
Essa "base" será universal?
Este tema é muito importante quando, nestes tempos de questionamento das civilizações, se deriva para o diálogo intercultural e inter-religioso.
Outra pergunta:
Não foi possível encontrar nenhum digno representante criacionista, para animar os debates, apesar da variegada existência, por cá (Portugal), de religiões... recheadas de interpretações biblicas ou, então, de meras figuras de estilo?
Quanto a um criacionista, eventualmente terá sido tentado um contacto com o Doutor Jónatas Machado. Mas não tenho a certeza. Não estou directamente ligado a este projecto e também não tenho estado em Coimbra. De qualquer modo, quem sabe, ainda nos encontramos numa destas conferências, um dia destes... !!! Claro que não será fácil descobrir V.ª Ex.ª já que pessoas da sua geração que intercalam o "é-pá" a cada frase são frequentes e, por vezes, chegam a Presidentes da República. Mas, claro, se tiver oportunidade de ouvir uma intervenção sua, pelo elevado nível que terá, certamente irei descobrir. :-)