Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Pq não tolera concorrentes.
Há uma situação inquietante que se movimenta à volta da "tortura pela técnica da simulação do afogamento", como sabemos é defendida e aplicada pela actual Administração Bush e foi, como existem provas, usadas nos prisioneiros de Guantánamo.
Aliás, GW Bush teve o desplante, a desfaçatez, de recomendar ao seu sucessor - sobre esta técnica - que, antes de eliminá-la, pensasse no assunto 2 vezes...
Barack Obama declarou peremptoriamente que considerava a "técnica do afogamento" uma tortura intolerável e ilegal á luz do Direito.
Tudo bem!
Perguntado se, no seu mandato, pensava actuar judicialmente sobre os actuais defensores e responsáveis pela sua utilização, respondeu que lhe preocupava mais o futuro do que o passado...
Estas hesitações levam a que sinta dificuldades em resolver a situação de Guantánamo em 100 dias, como prometeu na campanha eleitoral...