A ICAR e o casamento gay
O casamento entre pessoas do mesmo sexo, cuja aprovação o primeiro-ministro anunciou para a próxima legislatura, vai contar com a oposição enérgica por parte da Igreja Católica, que não aceita a utilização da palavra casamento.
Mais uma vez reconheço à ICAR o direito de manifestar a sua oposição ao Código Civil mas é útil que admita que as normas do Código Canónico não devem ser impostas à sociedade e, muito menos, ao Estado laico.
A ameaça de missas contra a lei que autorizará os casamentos homossexuais é um direito cuja eficácia não temem os que, há muito, esperam que a lei não os discrimine e se, a alguns, isso os torna infelizes, só têm de culpar a religião que os exclui.
Pode haver alguma confusão entre a liberdade, que a lei concederá, e a obrigação que a Igreja parece temer. O actual casamento não é obrigatório e a futura lei apenas iguala direitos, sem discriminação sexual, como manda a Constituição.
Quanto à palavra «casamento», que a ICAR abomina para matrimónios homossexuais, como durante o salazarismo reprovava uniões que escapassem à sua bênção, é património da língua portuguesa e consagra uma concepção jurídica que esteve reservada para as núpcias heterossexuais.
Mais uma vez reconheço à ICAR o direito de manifestar a sua oposição ao Código Civil mas é útil que admita que as normas do Código Canónico não devem ser impostas à sociedade e, muito menos, ao Estado laico.
A ameaça de missas contra a lei que autorizará os casamentos homossexuais é um direito cuja eficácia não temem os que, há muito, esperam que a lei não os discrimine e se, a alguns, isso os torna infelizes, só têm de culpar a religião que os exclui.
Pode haver alguma confusão entre a liberdade, que a lei concederá, e a obrigação que a Igreja parece temer. O actual casamento não é obrigatório e a futura lei apenas iguala direitos, sem discriminação sexual, como manda a Constituição.
Quanto à palavra «casamento», que a ICAR abomina para matrimónios homossexuais, como durante o salazarismo reprovava uniões que escapassem à sua bênção, é património da língua portuguesa e consagra uma concepção jurídica que esteve reservada para as núpcias heterossexuais.
Comentários
O Casamento é estritamente a união entre dois seres humanos de sexo oposto, herança da gloriosa tradição católica.
Tudo o resto, chamem-lhe o que entenderem, menos casamento, porque não o é.
Mas não duvido da aprovação, num futuro próximo, desta medida, pois não fizesse a mesma parte da tal "agenda" destruidora das conquistas civilizacionais que tanto devem à Igreja Católica, detentora da Verdade Definitiva.
Seguir-se-á a eutanásia, a adopção de crianças por aquelas parelhas nojentas e, quem sabe, a poligamia e o casamento com animais. Já agora, porque não legalizam a pedofilia?
Tudo vale para destruir os mais sagrados valores...
Por acaso lembro-me eu disso. De existirem até procissões com algumas intenções a esse respeito. E católicos praticantes como eu na linha da frente da contestação a esse erro brutal da sociedade ocidental comandada pelo sr. Bush.