Campanha islâmica contra o Patriarca

Sem me rever nos conselhos do Patriarca Policarpo às católicas jovens que eventualmente queiram casar com muçulmanos, corroborados pela Conferência Episcopal Portuguesa, manifesto-lhe pública solidariedade, aqui no Ponte Europa, perante a onda de falsa indignação com que pretendem impedir-lhe o direito à livre expressão e aos conselhos que entende dar.

Carecem de legitimidade moral para condenar o patriarca, por sinal bastante tolerante, para um bispo católico, os que defendem a poligamia, a discriminação das mulheres, a decapitação dos apóstatas e a lapidação das mulheres adúlteras e pretendem que o Corão substitua o Código Penal.

Antes de se manifestarem ofendidos com o cardeal, os líderes islâmicos em Portugal devem penitenciar-se do seu silêncio perante as ditaduras teocráticas do Médio Oriente e o carácter implacavelmente misógino do Islão. Face a qualquer mullah até Bento XVI parece um defensor dos Direitos do Homem.

Quem não respeita a liberdade não merece que respeitem os seus preconceitos. É altura de os muçulmanos europeus explicarem a que tipo de regime submeteriam os não muçulmanos se deixássemos que Alá se tornasse grande e Maomé fosse o único profeta. E por que razão são proibidas as religiões concorrentes nos países submetidos à sharia?

Dito isto, é altura de perguntar aos bispos católicos o que fez a sua religião pela democracia e o livre-pensamento estando a derrota política da Igreja na origem das liberdades individuais de que a Europa goza.

As três religiões do livro – judaísmo, cristianismo e islamismo – são anti-humanas e patriarcais. A misoginia não é uma tara exclusiva do Islão mas apanágio do texto bárbaro da Idade do Bronze, o Antigo Testamento, herdada pelas referidas religiões. O racismo, a xenofobia, a misoginia e a homofobia são valores do Antigo Testamento.

As três religiões não têm feito mais do que reproduzir esses valores cruéis e obsoletos sendo o Islão, actualmente, a religião mais obscurantista.

Defendo as liberdades, nomeadamente a religiosa, do mesmo modo que defendo o direito à descrença e à anti-crença.

Comentários

andrepereira disse…
Amigo CE: sei que o seu humor permite a pequena brincadeira que espontaneamente me surgiu ao ler o seu fulgurante e entusiasmado texto. Aceite mais uma pequena "blague": agora que é presidente da APP não comece a dar muitos "sermões"...
embora seja sempre um gosto ler a sua prosa!
andrepereira disse…
queria dizer AAP (Associação Ateísta Portuguesa)
Caro André:

As minhas homilias são laicas.
Mano 69 disse…
CE

Já tem o cargo de acólito ocupado...
Anónimo disse…
Face a Ante Pavelic, até um mullah parece um defensor dos Direitos do Homem.
andrepereira disse…
E coroinhas também não faltam...
Anónimo disse…
Nem mesmo o cardeal tem legitimidade moral.
Eu acho engraçado católico acusando islâmico e vice-versa...
Estas 2 fés tem história sangrenta.
Ambas as fés chegaram a ser cúmplices na Croácia Ustasha.

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