Jurisprudência que honra a magistratura judicial
É injusto confundir as diatribes políticas do presidente da Associação Sindical de Juízes (ASJ), com ofensas a outros órgãos da soberania, com a serenidade e discernimento que se verificam nos acórdãos dos Tribunais em defesa da liberdade de expressão. A absolvição dos três arguidos do processo "A Filha Rebelde", que estavam acusados dos crimes de difamação e ofensa à memória de pessoa falecida, por dois sobrinhos do último director da PIDE, Silva Pais, foi um acto que dignificou os juízes e tranquilizou o país onde o sinistro major dirigiu a polícia política do salazarismo. Os sobrinhos, ciosos da reputação do tio, de quem deviam envergonhar-se, preferiram tentar a reabilitação do fascismo e o regresso da mordaça a esquecer o poderoso chefe da polícia que assassinou, torturou e perseguiu milhares de portugueses. Os obscuros sobrinhos do guardião da ditadura desconhecem que a morte não apaga os crimes dos seus autores e, muito menos, o sofrimento das suas vítimas. O car