Moody’s ataca de novo!
Stress. Moody''s ignora testes e corta rating de CGD, BCP e BES para lixo… link
Quando, recentemente, a notação da Moody’s atirou a divida externa portuguesa para “lixo” ergueu-se um coro de protesto nacional e surgiram os primeiros indícios de solidariedade de algumas instituições europeias, nomeadamente do BCE.
Na ocasião, levantou-se, mais uma vez, a oportunidade de criar uma agência de rating europeia. É um revolver de águas cíclico que rapidamente de acalma. Simultaneamente, por todo o lado, questionou-se os insanáveis conflitos de interesses das 3 principais agências de rating norte-americanas (embora 1 delas tenha capitais maioritariamente franceses).
Entretanto, depois do rebuliço dos mercados que se reflectiu, nomeadamente, nos índices bolsistas, parecia ter tudo voltado à normalidade.
Para esta semana estava previsto a divulgação pública dos testes de “stress” aos bancos europeus. Tendo sido conhecidos os resultados ontem verificou-se que a resiliência dos bancos nacionais perante a hipótese de uma grave perturbação dos mercados financeiros é, na generalidade, boa.
Estando o País no sossego, reconciliado com a solidez das suas instituições financeiras, é de súbito surpreendido por novo abanão vindo dos EUA, mais propriamente, da agência de rating Moody’s.
A Moody´s fundamentou o corte do rating dos bancos portugueses com uma asserção genérica: "Esta decisão quanto aos bancos portugueses vem no seguimento do ''downgrade'' da do ''rating'' da República Portuguesa a 5 de Julho, o que implica uma menor capacidade do governo português em ajudar o seu sistema financeiro"…
No seguimento deste pressuposto sete bancos portugueses baixaram de notação, dos quais 5 (BCP, BES, CGD, Montepio e Espírito Santo Financial Group) passaram à categoria de “lixo” e o BPI e o SantanderTotta ficaram a 1 nível acima de “lixo".
Bem.
A agência Moody’s continua de costas voltadas para a UE. Não foi capaz de fazer uma leitura das reacções havidas quando do downgrading do rating da República. Ou pior, apercebendo-se da vulnerabilidade das suas notações (que não foram acompanhadas pelas outras agências de rating) resolveu caminhar em frente afrontando a UE. Estará convicta que a Europa é politicamente ineficaz (do tipo os cães ladram mas a caravana passa…) e não tem respostas financeiras para a crise. Mas esqueceu-se de que existe uma outra crise em estado larvar: a da hegemonia das actuais agências de rating no “comando” dos mercados.
Por outro lado, a agência Moody’s parece indiferente ao odioso das suas decisões que surgem – sempre – em momentos estratégicos. De facto, este downgrading do rating dos bancos é incompreensível perante a realização com êxito de testes de “stress” aos principais bancos portugueses. A não ser que se pretenda, deliberadamente, provocar uma nova crise financeira (desta vez com o epicentro na Europa) e, particularmente, prejudicar os portugueses dificultando a retoma da economia nacional e o crédito às famílias. Se é essa a pretensão ela deveria figurar no justificativo da descida de notação para todos ficarmos cientes disso.
Porque, por mais paninhos quentes que coloquemos nesta questão, a guerra está aberta. Não é impunemente que se coloca um País a ser fustigado por severas medidas de austeridade.
Esperemos que desta vez o Governo reaja e não fique enquistado – como parece ser a “nova” estratégia cavaquista – à espera da reacção europeia…
Quando, recentemente, a notação da Moody’s atirou a divida externa portuguesa para “lixo” ergueu-se um coro de protesto nacional e surgiram os primeiros indícios de solidariedade de algumas instituições europeias, nomeadamente do BCE.
Na ocasião, levantou-se, mais uma vez, a oportunidade de criar uma agência de rating europeia. É um revolver de águas cíclico que rapidamente de acalma. Simultaneamente, por todo o lado, questionou-se os insanáveis conflitos de interesses das 3 principais agências de rating norte-americanas (embora 1 delas tenha capitais maioritariamente franceses).
Entretanto, depois do rebuliço dos mercados que se reflectiu, nomeadamente, nos índices bolsistas, parecia ter tudo voltado à normalidade.
Para esta semana estava previsto a divulgação pública dos testes de “stress” aos bancos europeus. Tendo sido conhecidos os resultados ontem verificou-se que a resiliência dos bancos nacionais perante a hipótese de uma grave perturbação dos mercados financeiros é, na generalidade, boa.
Estando o País no sossego, reconciliado com a solidez das suas instituições financeiras, é de súbito surpreendido por novo abanão vindo dos EUA, mais propriamente, da agência de rating Moody’s.
A Moody´s fundamentou o corte do rating dos bancos portugueses com uma asserção genérica: "Esta decisão quanto aos bancos portugueses vem no seguimento do ''downgrade'' da do ''rating'' da República Portuguesa a 5 de Julho, o que implica uma menor capacidade do governo português em ajudar o seu sistema financeiro"…
No seguimento deste pressuposto sete bancos portugueses baixaram de notação, dos quais 5 (BCP, BES, CGD, Montepio e Espírito Santo Financial Group) passaram à categoria de “lixo” e o BPI e o SantanderTotta ficaram a 1 nível acima de “lixo".
Bem.
A agência Moody’s continua de costas voltadas para a UE. Não foi capaz de fazer uma leitura das reacções havidas quando do downgrading do rating da República. Ou pior, apercebendo-se da vulnerabilidade das suas notações (que não foram acompanhadas pelas outras agências de rating) resolveu caminhar em frente afrontando a UE. Estará convicta que a Europa é politicamente ineficaz (do tipo os cães ladram mas a caravana passa…) e não tem respostas financeiras para a crise. Mas esqueceu-se de que existe uma outra crise em estado larvar: a da hegemonia das actuais agências de rating no “comando” dos mercados.
Por outro lado, a agência Moody’s parece indiferente ao odioso das suas decisões que surgem – sempre – em momentos estratégicos. De facto, este downgrading do rating dos bancos é incompreensível perante a realização com êxito de testes de “stress” aos principais bancos portugueses. A não ser que se pretenda, deliberadamente, provocar uma nova crise financeira (desta vez com o epicentro na Europa) e, particularmente, prejudicar os portugueses dificultando a retoma da economia nacional e o crédito às famílias. Se é essa a pretensão ela deveria figurar no justificativo da descida de notação para todos ficarmos cientes disso.
Porque, por mais paninhos quentes que coloquemos nesta questão, a guerra está aberta. Não é impunemente que se coloca um País a ser fustigado por severas medidas de austeridade.
Esperemos que desta vez o Governo reaja e não fique enquistado – como parece ser a “nova” estratégia cavaquista – à espera da reacção europeia…
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