FERNANDO NOBRE: o tartufo da política...

Fernando Nobre renunciou ao mandato de deputado eleito pelo circulo de Lisboa.

Depois de várias peripécias políticas e pessoais nas quais - ao contrário do que sempre proclamou - acabou por se deixar enredar na lutas partidárias, saiu precipitadamente da política pela esquerda baixa. Sem ovação, nem pateada. Directamente para o caixote do lixo da História.

Representou, no sistema democrático em que vivemos, um papel decepcionante. Mostrou não ter dignidade para estar na política. Nem sequer chegou a ser um problema de "inexperiência". Prejudicou gravemente a "causa dos independentes" dos quais pretendia ser um [o] símbolo.
Ao contrário do que provavelmente pensa regressa à actividade cívica francamente diminuído, mesmo para retomar "as causas de cidadania e humanitárias". Deveria aproveitar este "retorno à casa paterna" para limpar o conspícuo ambiente que, entretanto, passou para o exterior. E usar a oportunidade para inciar um processo de limpeza e de externalização na "sua" associação humanitária , expurgando dela a dinastia familiar que tudo controla.

A sua passagem pela política nunca foi transparente, nem sequer didáctica. Nem nos apoios avulsos a diversas formações políticas por onde andou saltitando, nem na candidatura à Presidencia da República, nem nas últimas eleições legislativas.

É de facto difícil fazer pior em tão pouco tempo!

Comentários

Excelente post. Só me merece um pequeno reparo: é que ele saíu pela direita baixa!
Manuel Galvão disse…
Não me parece que seja assim tão simples... ele foi a moleta de M.Soares para derrotar Alegre.
Ainda há muita coisa por explicar...
e-pá! disse…
Manuel Galvão:

Concordo.
Nada nele (F. Nobre) é limpido...
Todavia, o País ficou na retranca a propósito dos impolutos homens independentes.
Mais um defice para adicionar à má qualidade dos políticos...

Só tenho um receio. Quando um dia existirem explicações cabais para estas manobras políticas, suspeito que a [natural] reacção seja um vómito. E nauseabundo...
Manel disse…
Este cidadão foi um equívoco na política.
Antonio disse…
Uma inequívoca derrota pessoal de PPC.

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