Cavaco, o euro e os mundos subterrâneos…
O Presidente da República, Cavaco Silva, disse hoje que "gostaria que o Euro fosse mais fraco para que os países da Zona Euro fossem mais competitivos", defendendo que "o Dólar se valorizasse um pouco mais" em relação à moeda europeia. link
O Presidente da República tem mostrado incansável empenho na praxis de um mítica trilogia: um presidente, uma maioria e um governo.
O último palpite diz respeito à política cambial. Defende a desvalorização do euro.
Facto que poderia no imediato valorizar a nossa economia tornado mais competitivas as exportações. Seria uma “ajuda” às empresas e ao relançamento da economia.
Por outro lado, como economista, conhece os custos desta opção. Agravaria os custos das importações, desequilibraria (ainda mais) a balança comercial e faria disparar a inflação. É um [elevado] custo que se reflectiria sobre o rendimento disponível dos cidadãos…
Finalmente, ao encarecer o custo, [medido em moeda desvalorizada], do serviço da dívida externa, não nos aproximaria da insolvência?
Este problema merecia ser tratado com maior cuidado e rigor. Mas ultimamente o PR anda com um destemperado pendor verborreico, intrometendo-se em vários sectores políticos [fora das suas competências], i.e., levantando lebres aqui e acolá. Só que depois deixa as lebres à solta fugindo pelo montado!
De facto, a estratégia que Cavaco defende é um assunto eminentemente europeu [com a entrada no euro alienamos a capacidade de fazer política cambial] que, do modo solitário e descoordenado como foi apresentada, só pode servir para “fazer” chicana política interna e dificultar as difíceis negociações em curso para enfrentar o “ataque” à Zona Euro… que continuam na próxima semana.
Esta tirada faz-me lembrar um (foleiro - para parafrasear José Lello) provérbio: "Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles cavam... não é bonito mas é profundo!"
O Presidente da República tem mostrado incansável empenho na praxis de um mítica trilogia: um presidente, uma maioria e um governo.
O último palpite diz respeito à política cambial. Defende a desvalorização do euro.
Facto que poderia no imediato valorizar a nossa economia tornado mais competitivas as exportações. Seria uma “ajuda” às empresas e ao relançamento da economia.
Por outro lado, como economista, conhece os custos desta opção. Agravaria os custos das importações, desequilibraria (ainda mais) a balança comercial e faria disparar a inflação. É um [elevado] custo que se reflectiria sobre o rendimento disponível dos cidadãos…
Finalmente, ao encarecer o custo, [medido em moeda desvalorizada], do serviço da dívida externa, não nos aproximaria da insolvência?
Este problema merecia ser tratado com maior cuidado e rigor. Mas ultimamente o PR anda com um destemperado pendor verborreico, intrometendo-se em vários sectores políticos [fora das suas competências], i.e., levantando lebres aqui e acolá. Só que depois deixa as lebres à solta fugindo pelo montado!
De facto, a estratégia que Cavaco defende é um assunto eminentemente europeu [com a entrada no euro alienamos a capacidade de fazer política cambial] que, do modo solitário e descoordenado como foi apresentada, só pode servir para “fazer” chicana política interna e dificultar as difíceis negociações em curso para enfrentar o “ataque” à Zona Euro… que continuam na próxima semana.
Esta tirada faz-me lembrar um (foleiro - para parafrasear José Lello) provérbio: "Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles cavam... não é bonito mas é profundo!"
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