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A FRASE
Por
Carlos Esperança
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A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
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Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Podemos interrogar-nos se ao longo do seu exercício não teria já perdido o apoio popular. Mas isso seria uma questão a escrutinar.
Na verdade, o que temos assistido na UE, é que aqueles que - de alguma forma - perderam a confiança do eixo Paris/Berlim, acabam substituídos por figuras eminentemente técnicas...impostas por motivações ligadas a questões orçamentais financeiras (os labirínticos "mercados") relacionadas com o "peso" da sua dívida externa e o elevado deficit orçamental.
Foi assim na Grécia e agora sucede o mesmo em Itália.
Berlusconi cai porque claudicou na cimeira do G 20 ao aceitar a supervisão do FMI e ao curvar-se perante as pressões de Sarkozy e Merkel.
Portugal e a Espanha são casos com outro enquadramento mas, na realidade, apresentam muitos pontos de contacto embora, pelo meio, existam crises políticas (artificialmente alimentadas) seguidas de processos eleitorais (já realizados ou a realizar)...
Mas para reter fica uma intrigante questão.
Quem não seguir os ditakts do “eixo Merkozy”, dura pouco.
E deste modo se perverte (subordina) os regimes democráticos, aos interesses dos "mercados" ou, se quisermos, do Mundo financeiro. Bem, falta acrescentar, em nome da “estabilidade do euro” que, como temos assistido, todos os dias é posta em causa.
Nem sempre as boas notícias têm, por detrás, bons motivos.