Na rota do miserabilismo…
A missão da Comissão Europeia, do FMI e do BCE considera desejável que os salários do sector privado sejam reduzidos, em linha com os cortes feitos no sector público. link
A “missão do empobrecimento” a todo o vapor. Ou como os cortes de vencimentos - em todos os sectores - vieram para ficar. Este oculto desígnio parece ser, no entender da troika, o novo motor do desenvolvimento. A campanha da competitividade serve para tudo.
O que está a ser sugerido não é mais do que um violento retrocesso ao século passado. Cujas consequências muitos portugueses conheceram. Quando formos atirados para o 3º. Mundo o crescimento está garantido: começamos a partir do zero e tudo o que vier é lucro, isto é, “crescimento”. Esta a mézinha da troika que o XIX Governo Constitucional está a adoptar quando insiste em ultrapassar o “programa de resgate”…
A obsessiva desvalorização do trabalho, a manutenção de uma grelha salarial iníqua, o "sustentado" crescimento das taxas de desemprego, a injusta repartição do rendimento, a redução do Estado social ao assistencialismo, o desmantelamento anárquico do aparelho de Estado, etc., não constam dos vários programas eleitorais, submetidos a escrutínio popular em 5 Junho. São, por isso, intoleráveis imposições de “novos” modelos políticos, económicos e sociais, democraticamente, ilegítimas.
A intrometida prestação da troika, nesta avaliação do desempenho da execução do programa de auxílio, veio corroborar que a GREVE GERAL, convocada para o próximo dia 24 é, para além de uma jornada nacional de protesto, um indispensável passo na defesa do regime democrático.
A “missão do empobrecimento” a todo o vapor. Ou como os cortes de vencimentos - em todos os sectores - vieram para ficar. Este oculto desígnio parece ser, no entender da troika, o novo motor do desenvolvimento. A campanha da competitividade serve para tudo.
O que está a ser sugerido não é mais do que um violento retrocesso ao século passado. Cujas consequências muitos portugueses conheceram. Quando formos atirados para o 3º. Mundo o crescimento está garantido: começamos a partir do zero e tudo o que vier é lucro, isto é, “crescimento”. Esta a mézinha da troika que o XIX Governo Constitucional está a adoptar quando insiste em ultrapassar o “programa de resgate”…
A obsessiva desvalorização do trabalho, a manutenção de uma grelha salarial iníqua, o "sustentado" crescimento das taxas de desemprego, a injusta repartição do rendimento, a redução do Estado social ao assistencialismo, o desmantelamento anárquico do aparelho de Estado, etc., não constam dos vários programas eleitorais, submetidos a escrutínio popular em 5 Junho. São, por isso, intoleráveis imposições de “novos” modelos políticos, económicos e sociais, democraticamente, ilegítimas.
A intrometida prestação da troika, nesta avaliação do desempenho da execução do programa de auxílio, veio corroborar que a GREVE GERAL, convocada para o próximo dia 24 é, para além de uma jornada nacional de protesto, um indispensável passo na defesa do regime democrático.
Comentários
Entre os tanto, claro, a maior parte dos políticos sanguessugas que a Europa produz como erva daninha.
Concordo, em geral, com o espírito do post, mas não posso concordar com o último parágrafo.
É que uma coisa é indubitável:com troika ou sem troika, a economia e as finanças de Portugal estão numa situação miserável.
Ora, não é com greves, que prejudicam o País em muitos milhões de euros, que se ajuda a resolver os problemas, antes pelo contrário: tais greves só os agravam.
Assim sendo, tais greves só fazem sentido se, como parece acontecer com o partido-mentor da CGTP, se apostar na política do "quanto pior, melhor".
e de quem não tem carro nem burrico
Com salários em atraso em todo o lado e o patronato sem $ por falta de crédito
quem é que vai fazer greve
Greve Geral=Greve de funcionários
os pescadores só não saem se o mar tiver muito mau...ontem viraram dois e ninguém disse que hoje ia à greve
(e a lota só fecha se o veternário e o pessoal da câmara fizer greve
pois nã vai haver lota nem praça...
só intermarché pingo doce lidl e dia
em dia de greve geral o centro comercial enche
é bom pró comércio e prá restauração
e pró professorado que com 1 dia de baixa a 25 têm 4 dias para irem a Cancun
(bilhete mais 3 noites fica em 675 eurros por cavalote...só daqui já vão 2 (um para fortaleza mas dá no mesmo
Permita-me esclarecer melhor a minha visão sobre esta greve geral.
Não julgo que a greve convocada para o dia 24 de Novembro pretende esconder, ou ignorar a crise económico e financeira em que vivemos. Antes pelo contrário decorre dela.
Deverá, em meu entender, ser um protesto (ordeiro e organizado) contra o tipo de respostas políticas que têm sido desenvolvidas pelo actual Governo sob o signo da "inevitabilidade" e que - no entender das organizações sindicais - nos estão a conduzir a um beco sem saída.
A greve sendo um acto cívico - foi convocada pelas 2 principais centrais sindicais nacionais (CGTP e UGT) - deve ser entendida como uma reacção radical às políticas governamentais no combate à presente crise que nos assola.
Sempre considerei - e continuo a considerar - que qualquer democracia não existe sem partidos políticos e, acrescento, sem estruturas associativas dos parceiros sociais, nomeadamente, organizações sindicais.
É verdade que as greves causam perturbações importantes na vida dos cidadãos mas a lógica das entidades organizadoras será que a esta forma de luta diz respeito e deve envolver todos.
Quanto às consequências económicas elas são um objectivo primordial das greves. Isto é, se a greve não conseguir "mostrar" (demonstrar)aos poderes (públicos e/ou privados) quanto vale a força do trabalho, esta forma de luta (difícil de coordenar e organizar) transforma-se num mero exercício de cidadania.
É por essa razão que aparecem os citados poderes a dizer que a greve é um direito constitucional, mas... (e no "mas" é que estão os problemas).
Penso que chegou a altura de no espaço temporal cego e surdo que existe entre eleições exibir, de modo organizado e pacífico, um profundo descontentamento e o clima de crispação social.
Aliás, as greves são, também, válvulas de escape dessa crispação.
Penso, finalmente, que a greve tem a natureza de um direito fundamental de carácter coletivo devendo, por isso, ser exercido autonomamente pelas organizações sindicais. Penso, por outro lado, que deve prevalecer, no campo da lutas sociais, a negociação. Julgo, no entanto, que vivemos tempos de imposições, de ditakts...em que o diálogo está bloqueado.