Nem sempre as notícias são todas más...

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e-pá! disse…
Independentemente do facto de Berlusconi ter sido um político que viveu (e sobreviveu) à custa de tipo de populismo (usual na Direita), de demagogia (idem) e num ambiente de corrupção e escândalos (que começava em si próprio) a realidade é que se tratava de um dirigente eleito para governar a Itália.
Podemos interrogar-nos se ao longo do seu exercício não teria já perdido o apoio popular. Mas isso seria uma questão a escrutinar.

Na verdade, o que temos assistido na UE, é que aqueles que - de alguma forma - perderam a confiança do eixo Paris/Berlim, acabam substituídos por figuras eminentemente técnicas...impostas por motivações ligadas a questões orçamentais financeiras (os labirínticos "mercados") relacionadas com o "peso" da sua dívida externa e o elevado deficit orçamental.
Foi assim na Grécia e agora sucede o mesmo em Itália.
Berlusconi cai porque claudicou na cimeira do G 20 ao aceitar a supervisão do FMI e ao curvar-se perante as pressões de Sarkozy e Merkel.

Portugal e a Espanha são casos com outro enquadramento mas, na realidade, apresentam muitos pontos de contacto embora, pelo meio, existam crises políticas (artificialmente alimentadas) seguidas de processos eleitorais (já realizados ou a realizar)...

Mas para reter fica uma intrigante questão.
Quem não seguir os ditakts do “eixo Merkozy”, dura pouco.

E deste modo se perverte (subordina) os regimes democráticos, aos interesses dos "mercados" ou, se quisermos, do Mundo financeiro. Bem, falta acrescentar, em nome da “estabilidade do euro” que, como temos assistido, todos os dias é posta em causa.

Nem sempre as boas notícias têm, por detrás, bons motivos.

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