A frase de Passos Coelho
“Quem é que põe dinheiro num país dirigido por comunistas e bloquistas?” [sic]
Ontem, ouvi a frase em epígrafe a quem, por ironia da História e cumplicidades que um dia se conhecerão melhor, chegou a primeiro-ministro de Portugal, sem antes ter gerido mais do que a Tecnoforma. Sabe-se que se esquecia de pagar à Segurança Social e não se esquecia de exigir o vencimento de deputado em exclusividade de funções, como se fosse essa a sua situação.
Ontem, ao ouvir aquela linguagem, recuei 50 anos e senti um calafrio. Julguei assistir ao regresso da União Nacional e da Pide, da censura e das prisões arbitrárias, da difamação e tortura dos adversários, e de assassinatos de comunistas e sociais-democratas, na via pública e nos presídios, por combaterem o partido único.
Saberá o medíocre cidadão e execrável político que Sá Carneiro e Magalhães Mota (terá ouvido falar do primeiro), os dois primeiros nomes da fundação do seu partido foram ministros de governos patrióticos com Álvaro Cunhal e Mário Soares?
Um discípulo de Salazar, por ignorância e boçalidade, bolçou insultos que eram comuns na ditadura. E foi aplaudido. O país ensandeceu. O fascismo regressa. A ignorância está a comandar o regresso. A grosseria circula como argumento e a mentira como arma.
O medo é o instrumento da castração de um povo e até um idiota o pode instigar.
Passos Coelho é indigno do País que lhe permitiu ser PM e a cobardia e o ressentimento são a herança que a formação salazarista lhe transmitiu.
Não é um cidadão respeitável, é um homúnculo despeitado. E mente.
Apostila – Quem me conhece sabe que sou um social-democrata, sem ligações partidárias, mas não esqueço quem encontrei na luta contra o fascismo e, sobretudo, quem teve o maior quinhão de sofrimento. Por isso, ainda não perdi a capacidade de me indignar.
Ontem, ouvi a frase em epígrafe a quem, por ironia da História e cumplicidades que um dia se conhecerão melhor, chegou a primeiro-ministro de Portugal, sem antes ter gerido mais do que a Tecnoforma. Sabe-se que se esquecia de pagar à Segurança Social e não se esquecia de exigir o vencimento de deputado em exclusividade de funções, como se fosse essa a sua situação.
Ontem, ao ouvir aquela linguagem, recuei 50 anos e senti um calafrio. Julguei assistir ao regresso da União Nacional e da Pide, da censura e das prisões arbitrárias, da difamação e tortura dos adversários, e de assassinatos de comunistas e sociais-democratas, na via pública e nos presídios, por combaterem o partido único.
Saberá o medíocre cidadão e execrável político que Sá Carneiro e Magalhães Mota (terá ouvido falar do primeiro), os dois primeiros nomes da fundação do seu partido foram ministros de governos patrióticos com Álvaro Cunhal e Mário Soares?
Um discípulo de Salazar, por ignorância e boçalidade, bolçou insultos que eram comuns na ditadura. E foi aplaudido. O país ensandeceu. O fascismo regressa. A ignorância está a comandar o regresso. A grosseria circula como argumento e a mentira como arma.
O medo é o instrumento da castração de um povo e até um idiota o pode instigar.
Passos Coelho é indigno do País que lhe permitiu ser PM e a cobardia e o ressentimento são a herança que a formação salazarista lhe transmitiu.
Não é um cidadão respeitável, é um homúnculo despeitado. E mente.
Apostila – Quem me conhece sabe que sou um social-democrata, sem ligações partidárias, mas não esqueço quem encontrei na luta contra o fascismo e, sobretudo, quem teve o maior quinhão de sofrimento. Por isso, ainda não perdi a capacidade de me indignar.
Comentários
Obrigado, Manuel Galvão.
Creio que há muito que a avantesma que foi PM pensa assim.
O que nunca teve foi a ousadia de manifestar este primarismo político que levou seus congéneres no passado a definirem-se linearmente como 'anti-comunistas' (e tal bastava), mesmo depois da queda do muro de Berlim.
Mas o que me intriga fortemente é se este 'homúnculo despeitado' foi encarregue pelos seus apaniguados do PPE para vir, neste momento, a terreiro com esta miserável cantilena, exactamente, no período pré-orçamental (OE 2017).
Não há quem lhe dispa o fato antes que lhe dê qualquer coisinha?