Nós e o ex-jovem turco António Barreto
Não tenho por António Barreto, o sociólogo a quem Mário Soares entregou o ministério da Agricultura e fez dele, por más razões, figura mediática, qualquer ódio de estimação, mas não desprezo o missionário da direita civilizada com aura de independente.
É a faceta civilizada e a bem cuidada aparência de equidistância que mais me enfastiam no seu ódio de estimação à esquerda, a qualquer esquerda à esquerda da pior direita, no jeito de quem transitou pela esquerda, saindo do PCP pela esquerda, e apanhou a boleia do PS a caminho da direita pura, dura, sem concessões, em solavancos renovadores.
António Barreto (AB), falhada a carreira política de quem se julgava ungido para líder e ideólogo, dedicou-se à análise política nos órgãos de comunicação social, com especial relevo e proveito na televisão.
No DN tem uma coluna semanal onde faz política e publica fotografias, onde se revela bom fotógrafo, sofrível analista e obsessivo adversário da esquerda. «Sem Emenda» é o nome da coluna que, na última semana, intitulou «Nós e os Turcos».
AB não aceitou que dois ministros turcos fossem impedidos de entrar na Alemanha e na Holanda a apelar ao voto dos emigrantes no referendo que confere a Erdogan poderes totalitários, e explica a ‘estranha’ falta de protestos europeus, de esquerda ou de direita:
(…) «A complexidade do problema explica o silêncio. A esquerda calou-se, envergonhada, porque simpatiza com os muçulmanos e com os imigrantes, porque lhe custa defender a ideia de que os estrangeiros “de direita” possam fazer reuniões políticas no estrangeiro, porque não gosta de Erdogan e (…)».
Onde descobriria o ex-comunista a simpatia da esquerda por muçulmanos xenófobos, misóginos e comunitaristas? Afastou-se tanto da esquerda que confunde a solidariedade com os refugiados e a cumplicidade com o fascismo islâmico.
Há entre nós e o ex-jovem turco um abismo que nos separa, mas não devemos deixar à solta, impune, no espaço mediático, o trânsfuga AB.
É a faceta civilizada e a bem cuidada aparência de equidistância que mais me enfastiam no seu ódio de estimação à esquerda, a qualquer esquerda à esquerda da pior direita, no jeito de quem transitou pela esquerda, saindo do PCP pela esquerda, e apanhou a boleia do PS a caminho da direita pura, dura, sem concessões, em solavancos renovadores.
António Barreto (AB), falhada a carreira política de quem se julgava ungido para líder e ideólogo, dedicou-se à análise política nos órgãos de comunicação social, com especial relevo e proveito na televisão.
No DN tem uma coluna semanal onde faz política e publica fotografias, onde se revela bom fotógrafo, sofrível analista e obsessivo adversário da esquerda. «Sem Emenda» é o nome da coluna que, na última semana, intitulou «Nós e os Turcos».
AB não aceitou que dois ministros turcos fossem impedidos de entrar na Alemanha e na Holanda a apelar ao voto dos emigrantes no referendo que confere a Erdogan poderes totalitários, e explica a ‘estranha’ falta de protestos europeus, de esquerda ou de direita:
(…) «A complexidade do problema explica o silêncio. A esquerda calou-se, envergonhada, porque simpatiza com os muçulmanos e com os imigrantes, porque lhe custa defender a ideia de que os estrangeiros “de direita” possam fazer reuniões políticas no estrangeiro, porque não gosta de Erdogan e (…)».
Onde descobriria o ex-comunista a simpatia da esquerda por muçulmanos xenófobos, misóginos e comunitaristas? Afastou-se tanto da esquerda que confunde a solidariedade com os refugiados e a cumplicidade com o fascismo islâmico.
Há entre nós e o ex-jovem turco um abismo que nos separa, mas não devemos deixar à solta, impune, no espaço mediático, o trânsfuga AB.
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