O Sr. João Miguel Tavares e os seus dois discursos
O Sr. Tavares não foi um erro de casting. O presidente das comemorações do 10 de Junho foi a vergonha nacional em Portalegre e o descaramento internacional em Mindelo.
Na cidade de Cabo Verde, com o mesmo nome da praia do Porto onde, em 8 de julho de 1832 desembarcaram os “7.500 bravos” liberais, para libertarem Portugal dos traidores miguelistas e da sua crueldade, aterrou, em 10 de junho de 2019, não um bravo, apenas um parvo miguelista, mal documentado sobre a origem do crioulo, a perorar pior sobre as relações dos dois países, na companhia do PR e do PM.
O que se diria se um arrivista destes tivesse sido indigitado pelo Governo!
A ser verdade que começou a ler a redação dirigindo-se, como se lê neste ‘link’, aos:
“Senhor Presidente da República de Cabo Verde, Senhor Presidente da República Portuguesa, Senhor Primeiro-Ministro da República de Cabo Verde, Autoridades civis e militares, Minhas senhoras e meus senhores», o Sr. Tavares fez uma ofensa grosseira e imbecil, com a omissão deliberada do primeiro-ministro de Portugal.
***
«João Miguel Tavares foi o primeiro a falar na cerimónia das comemorações do 10 de Junho no hotel da Praça Amílcar Cabral LUSA/ANTÓNIO COTRIM
O Presidente de Cabo Verde engasgou-se, o de Portugal justificou-se. Depois de ouvirem o último discurso de João Miguel Tavares enquanto presidente da comissão organizadora das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o desconforto pairava no ar.»
***
Não havendo palavras para qualificar o desvario de um narcisista desmiolado, deixo aos leitores com suficiente paciência para tão penosa leitura, a prosa do orador exibicionista cujo convite foi da exclusiva responsabilidade do PR.
Na cidade de Cabo Verde, com o mesmo nome da praia do Porto onde, em 8 de julho de 1832 desembarcaram os “7.500 bravos” liberais, para libertarem Portugal dos traidores miguelistas e da sua crueldade, aterrou, em 10 de junho de 2019, não um bravo, apenas um parvo miguelista, mal documentado sobre a origem do crioulo, a perorar pior sobre as relações dos dois países, na companhia do PR e do PM.
O que se diria se um arrivista destes tivesse sido indigitado pelo Governo!
A ser verdade que começou a ler a redação dirigindo-se, como se lê neste ‘link’, aos:
“Senhor Presidente da República de Cabo Verde, Senhor Presidente da República Portuguesa, Senhor Primeiro-Ministro da República de Cabo Verde, Autoridades civis e militares, Minhas senhoras e meus senhores», o Sr. Tavares fez uma ofensa grosseira e imbecil, com a omissão deliberada do primeiro-ministro de Portugal.
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«João Miguel Tavares foi o primeiro a falar na cerimónia das comemorações do 10 de Junho no hotel da Praça Amílcar Cabral LUSA/ANTÓNIO COTRIM
O Presidente de Cabo Verde engasgou-se, o de Portugal justificou-se. Depois de ouvirem o último discurso de João Miguel Tavares enquanto presidente da comissão organizadora das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o desconforto pairava no ar.»
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Não havendo palavras para qualificar o desvario de um narcisista desmiolado, deixo aos leitores com suficiente paciência para tão penosa leitura, a prosa do orador exibicionista cujo convite foi da exclusiva responsabilidade do PR.
Comentários
Na realidade, não existiu a capacidade de abordar questões históricas determinantes ficando-se (ambos) por evocações de uma 'diáspora contemporânea', com certeza importante, mas não absorvente nem exclusiva das presentes relações entre os dois povos.
Quando Portugal se cruza com Cabo Verde - e já lá vão muitos séculos - torna-se incompreensível numa abordagem contemporânea a não inclusão de, pelo menos, dois temas: Tarrafal e Amílcar Cabral.
Ambos (Marcelo e João Miguel) fugiram disso como o diabo da cruz (para usar uma expressão 'cristã') vai-se lá saber porquê. Ou melhor, sabemos que são levados a isso, porque a História recente os 'incomoda' e têm sobre a presença portuguesa uma 'epopeica versão' (concepção), ainda inculcada de resquícios coloniais.
Por outro lado, não tiveram pejo em imiscuir-se num polémico problema interno como é a estruturação e o futuro da 'língua cabo-verdiana' (o crioulo), e a sua adoção como língua oficial, que está longe de ser consensual.
João Miguel Tavares referiu-se ad latere ao 'Movimento Claridade' que, entre as décadas de 30 a 60, tanto influenciou a cultura cabo-verdiana, mas mostrou-se incapaz de exprimir (ou entender) o seu largo alcance (na realidade foi uma feliz, contundente e genuína versão tropical (africanista) da onda neorrealista que varria a Europa).
Para o ano há mais!
Julgo que o próximo Dia de Portugal será divido entre a Madeira e a África do Sul. Só espero que o orador oficial não seja o 'comendador' Joe Berardo.
Eu, se fosse a ele, nunca mais guardava os 4 filhos do JMT, no Palacio de S. Bento!
Esta gente é pobre e mal agradecida...
Peço-lhe desculpa pelo inexplicável erro que cometi e agradeço a sua leitura crítica.
Quem diria que ensinei as lutas liberais aos meus alunos do ensino primário! A senilidade começa a fazer estragos. Espero dar-me conta se e quando devo parar.
Já procedi à correção, mas fica a nódoa.