Divagando (2)

 

Divagando (2) – #montenegronaomarcelonunca

Há para aí verdades aparentes que são mentiras convincentes e que, à força de repetidas, se tornam reais.

1 – António Costa demitiu-se por vontade própria porque, em idênticas circunstâncias, os algozes, a PGR e o PR, não se demitiriam, isto é, a dignidade é flexível.

2 – O PR dissolveu a AR porque ameaçara o PM de o fazer se fosse para Bruxelas, mas, ficando refém do Ministério Público, nem uma coisa nem outra; tendo valido a António Costa um acórdão da Relação, até houve quem afirmasse que Marcelo e PM tinham combinado a dissolução da AR para ambos ficarem contentes.

3 – O culpado de haver um PR sem sentido de Estado deve-se a António Costa porque apoiou a reeleição, como se Marcelo não tivesse assegurada a reeleição que até Cavaco conseguiu e este não tivesse igualmente evitado a derrota partidária quando procedeu de igual forma com a reeleição do seu ódio de estimação, Mário Soares.

4 – O atual PM, a quem saiu o Governo que Marcelo quis, propôs logo António Costa para candidato a presidente do Conselho Europeu, como se lhe tolerasse a UE que não o fizesse, à semelhança do que Sócrates fez na reeleição de Durão Barroso para a CE.

5 – Só faltava a desfaçatez da intriga reacionária de que António Costa teria combinado com Montenegro a votação do Orçamento como se fosse dono do partido e o trocasse pelo cargo que recusara cinco anos antes com que desiludira o construtor de cenários.

6 – O amor do Montenegro e de Nuno Melo à democracia leva-os a rejeitar o apoio do Chega que na Madeira e nos Açores é virtuoso e na República seria tóxico.

É impossível desmentir todas as mentiras dos que querem um governo PSD/Chega, enquanto Marcelo se esforça por salvar Montenegro e Nuno Melo como, há cerca de nove anos, desesperadamente tentou fazer a Passos Coelho e Paulo Portas.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Divagando sobre barretes e 'experiências'…

26 de agosto – efemérides