PR – #montenegronaomarcelonunca
Claro que o País não precisa de uma crise. Claro que os eleitores não querem eleições. Claro que a instabilidade é perniciosa para o País. Claro que a guerra, a execução do PRR, a economia e as finanças públicas exigem estabilidade.
Mas já assim era antes da penúltima dissolução da AR em que o
PR não permitiu ao PS renegociar o OE com o PCP e o BE o que levou a novas
eleições em que o eleitorado deu uma maioria absoluta ao PS, situação que o
deixou possesso.
E assim foi quando, após a demissão do PM António Costa por
causa do parágrafo saído da reunião entre si e a PGR, dissolveu a AR para entregar
ao PSD as comemorações do 25 de Abril, o aparelho de Estado, as verbas do PRR, a
folga orçamental e o dinamismo económico.
Claro que Portugal precisa de estabilidade política, mas o
autor da instabilidade é quem menos autoridade tem para a reclamar e, muito
menos, para chantagear o partido que derrubou para permitir uma AR com 50
deputados fascistas e 8 extremistas neoliberais e exigir agora a capitulação do
PS para aprovar o Orçamento para liquidar o que resta da social-democracia.
Um dos poucos poderes efetivos que a Constituição reserva
para o PR, após a revisão que Mário Soares e Sá Carneiro impuseram, para evitar
a queda de sucessivos governos no primeiro mandato de Eanes, é a livre
dissolução da AR, apenas precedida da audição do Conselho de Estado que, aliás,
não precisa de estar de acordo, como aconteceu na última dissolução.
Por isso se exige na Presidência da República um/a titular que não seja um aventureiro, mas alguém com sentido de Estado. Não me cansarei de o repetir.
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