Figueira da Foz

A entrevista que João Portugal dá ao Campeão das Províncias revela, para além das questões de substância que possam merecer reflexão, um grave problema formal com infecção cada vez mais generalizada: a do desprestígio dos orgãos competentes para decidir candidaturas.
Com essas atitudes alguns líderes criam dificuldades aos "seus" candidatos porque desrespeitam muitos militantes que estão à espera de se pronunciar sobre as escolhas no seu concelho. Ao actuarem à revelia das concelhias colocam,naturalmente, o candidato como o candidato que o lider quer impôr aos seus camaradas e não como o candidato que o líder deseja e os restantes militantes validam.
A situação da Figueira da Foz não foge a um procedimento alargado. Parece nada existir quanto à candidatura de Luís Marinho mas a forma como o processo tem sido conduzido criou anti-corpos desnecessários.
Mas custava alguma coisa ao Victor Cunha levar a sua proposta à Comissão Política Concelhia em vez desses mecanismos que se usam para se impôr nomes? Bem sei que não foi só ali...Olha para o que eu digo e não para o que eu faço, poderá ser a ideia que vinga, mas...
Se fosse ao Luís Marinho exigia essa clarificação rápida.

Comentários

Anónimo disse…
Caro Mário Ruivo:
De novo estamos em desacordo. Gostaria de saber onde e quando é que Victor Baptista se sujeitou à opinião e à validação dos seus camaradas da Comissão política Concelhia de Coimbra?
Como é que no passado, no tempo, por exemplo, do Victor Baptista presidente da concelhia de Coimbra do PS, se apresentavam à CPC o(s) candidato(s) ? Não era o secretariado e o presidente que geriam o assunto e só depois das soluções encontradas se sugeitava à opinião da Comissão Política? E para a lista de deputados? Não foi Baptista que geriu e formalizou os convites que quis, com os critérios que quis?
Na vida, mário, é preciso ser coerente no início, no meio e no fim para se ter real valor.
É
Anónimo disse…
De qualquer forma, aquele Abraço!
Anónimo disse…
é o que dá colocar cachopos na Assembleia da República...enfim...Julgam que tem o rei na barriga.
jls disse…
Nada contra a opinião de Mário Ruivo, só não percebo como é que João Portugal tem a desfaçatez de defender o que defende (mas na política tudo é possível, lá está). Não o vimos defender posição idêntica quando chegou a deputado. Certamente que não integrou a lista, ouvida a concelhia da Figueira da Foz, nem a Figueira (e os seus militantes do PS) - que viu os seus candidatos relegados para lugares de suplente - ao que se sabe, foram chamados a decidir sobre a opção "João Portugal". Mais: o "Campeão das Províncias" considera João Portugal "próximo do líder federativo", Vitor Baptista. Parece que é verdade. Depois de Portugal e Paredes andarem às turras com Baptista, qual passe de mágica surgiu uma "aliança" destinada a combater o "inimigo comum", leia-se Vítor Cunha. Baptista tinha em mente a Câmara da Figueira e contava com o apoio daqueles dois para conseguir os seus intentos. Acabou por lhe sair na rifa Coimbra (há uns suspiros de alivio por aqui, podem crer) Portugal foi para deputado, Paredes vai para o IPJ. Tudo na paz dos anjos, portanto. De resto, Portugal devia deixar de opinar sobre a corrida autárquica da Figueira. Foi ele que há uns meses atrás disse, qual poço de sabedoria, que nunca como agora foi tão fácil ganhar as eleições. Está visto que o futuro o vai desmentir... mas o PS que o ature!
PONTE EUROPA disse…
O Miguel Almeida é aquele nosso amigo que não se demite à espera da indemnização? Não é esse pois não?
Anónimo disse…
Mário:
Li com toda a atenção o teu post e mantenho omeu comentário, porventura explicando-o um pouco melhor. O que eu acho estranho é que resolvas contestar uma coisa que vem sendo feita há 20 anos por Fausto Correia, Luis Vilar e Victor Baptista. Ou vais-me dizer que Vilar procedeu e procede de forma diferente. Tu és membro da CPC de Coimbra. Quando é que ele discutiu contigo e com os outros o ou os candidatos ? Ao contrário vi-te aprovar na última CPC do PS/Coimbra uma Moção em que se mandatava Luis Vilar para tratar sozinho da escolah do candidato a Coimbra, propondo o nome até ao fim do corrente mês. Não te vi contestatres esta centralização. Vi-te aprová-la. Como podes contestar noutros concelhos o que não exiges no teu ? Victor Cunha não está a fazer mais que outros, incluindo os últimos lideres concelhios e federativos fizeram e fazem. Organizar os critérios da escolha e depois, a seu tempo, propô-la. Ora, nada impede os que não concordam de propor outro ou outros nomes. E é aí que se tomarão as desições definitivas.
Quanto a João Portugal, acho no mínimo curioso que não defenda para a composição da lista de deputados o que exige na sua concelhia para a escolha do candidato à câmara. Vi o presidente da federação convidar quem quis, pelos critérios que quis inventar e sem os discutir com a comissão política de federação. Qual é a diferença?!
Anónimo disse…
Repito: É nas comissões Políticas Concelhias que se tomarão as decisões definitivas. Mas compete ao presidente concelhio aprosentar a sua proposta.
Aquele Abraço, pedindo antecipadamente desculpa pelas gralhas. Costumo escrever à pressa e por vezes troco a posição das letras.
Até amanhã
Anónimo disse…
............sorriso...............
OK.
Para terminar, apenas digo que o que está a aconteecr na Figueira da Foz é uma vergonha. E para a vergonha contribuiram todos, em especial João Portugal, Paredes, Carlos Monteiro e, claro, Victor Baptista. Aliás, já deu ao Luis Marinho a minha opinião e ela pressupõe que, apesar de o considerar O MELHOR candidato que o PS poderia ter, quer à Câmara da Figueira, quer à Câmara de Coimbra, achoq ue ele agora não deveria ir lá e deveria co-responsabilizar todas as garotadas que têm sido feitas.
Pergunto: o que faria Baptista ou Fausto se um conjunto~( não superior a 5 ) de garotos fizessem metade do que já fizeram ao Luis Marinho ?
Aquele Abraço
Anónimo disse…
João Portugal - O apoiante de Teresa Portugal que se transformou num lacaio de Víctor Baptista...
Mais um surfista.....enfim... um garoto....
Anónimo disse…
http://quintopoder.blogspot.com/

Quarta-feira, Abril 06, 2005
A ESCOLHA DE UM CANDIDATO

Tenho seguido com algum desgosto, e até náusea, a saga e as peripécias da escolha do candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal da Figueira da Foz. Sou porventura demasiado velho para ficar surpreendido com as guerrilhas desgastantes que, aparentemente, o dirigente distrital do PS, Vítor Batista, anda promovendo e liderando aqui pela Figueira. A cenas semelhantes assisti já nos idos do início e do meio da década de oitenta, também nas sombras dos corredores e dos bastidores, designadamente por Aguiar de Carvalho e outras personalidades "correligionárias" a ele então muito ligadas. As quais , anos mais tarde, dele passaram a dizer o que nem Maomé se atrevia a dizer do toucinho. Alguns deles, como é bem conhecido, acabaram depois por lhe dar também umas misericordiosas facadas nas costas, ao que o atingido reagiu mudando para o meio campo do adversário, no que aliás haveria de ser recompensado. Enfim.. conhecidos jogos do poder e da "política", ambos com p muito pequenino, que nos remete para a memória dos tempos dos doges de Veneza ou dos Borgias de Roma.

Conheço Luís Marinho desde há muitos anos.
De forma apagada, partilhei com ele algumas lutas por determinadas causas e princípios, nos tempos em que Vítor Constâncio e a sua liderança partidária personificavam uma forma de fazer política em ruptura com a prática do aparelho partidário que então girava em torno de Mário Soares, ao jeito do jacobinismo da 1ª República.

Luís Marinho tem experiência e sólida formação política.
Não é, no campo da esquerda democrática e moderna, nem um neófito nem um cristão-novo. Não sei avaliar se é ou não um bom candidato, no sentido de poder assegurar um bom resultado eleitoral. Não ando ao par das sondagens que por aí se diz haver. Estou todavia convicto de que tem potencial – competência, experiência, conduta ética, características de personalidade - para vir a ter , se for eleito, um bom desempenho como Presidente da Câmara da Figueira da Foz, para benefício da cidade e do Concelho.

De resto, este é o critério que deverá ser sempre o determinante em qualquer escolha de um candidato a um cargo de dirigente político, seja qual for e seja de que tipo for. Mal vai a Política, com P grande, quando a escolha é feita apreciando sobretudo o "potencial vitorioso" dos candidatos. No caso de assim se fazer, estaremos no domínio da política com p muito pequenino. E se quiserem um candidato somente com esse "potencial para arrancar uma vitória", têm muito por onde escolher : desde José Mourinho, a Bárbara Guimarães e até a José Castelo Branco …

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