Um espinho chamado Freitas do Amaral
A indigitação de Freitas do Amaral (FA) para ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros criou na direita uma onda de azedume e ressentimento em que a miopia e a torpeza se reúnem. Visando o PS, atacam o elo mais forte. FA é um espécime em vias de extinção. Vê o serviço público como uma obrigação de cidadania.
Só assim um homem da sua idade e dimensão intelectual, o fundador do CDS e seu antigo líder, com uma biografia que regista o cargo de vice-primeiro-ministro, ministro dos Estrangeiros, primeiro-ministro interino (na sequência do acidente que vitimou Sá Carneiro), presidente da 50.ª Assembleia Geral da ONU, catedrático de Direito, aceita ser ministro, com enormes prejuízos financeiros, depois de uma carreira onde só faltava a presidência da República que, deste modo, compromete.
Na sua insânia, a direita acusa-o de ser anti-americano, confundindo os EUA com a Administração Bush. Denigre-o por defender o Direito internacional, pela sua oposição firme à invasão do Iraque, posição partilhada pelo PS e pela maioria dos portugueses. Censura-lhe a denúncia das torturas em Guantánamo e no Iraque, atitude que só toleram os que postergam os direitos humanos e abdicam da honra e da dignidade. É esta direita, nostálgica do passado, desnorteada e pusilânime, a direita a que chegámos.
Ninguém acusa Freitas do Amaral de incompetência, pois sabem-no bem preparado para a função. Condenam-lhe as virtudes, vituperam-lhe a independência, censuram-lhe o desprendimento. Não admira numa direita que gerou Durão Barroso e Santana Lopes.
Apostila 1 – A direita tem do patriotismo uma noção bizarra. Ama a Pátria, mas a dos outros. Angola. Moçambique. O Império. Não compreende o amor à coisa pública, a abnegação pelo bem comum, Freitas do Amaral. Tem quatro anos para aprender.
Apostila 2 - «É conhecido o ódio implacável que todos os sectários têm por todos aqueles que abandonam a sua seita.» – Voltaire, in Tratado sobre a tolerância – pg. 60
Só assim um homem da sua idade e dimensão intelectual, o fundador do CDS e seu antigo líder, com uma biografia que regista o cargo de vice-primeiro-ministro, ministro dos Estrangeiros, primeiro-ministro interino (na sequência do acidente que vitimou Sá Carneiro), presidente da 50.ª Assembleia Geral da ONU, catedrático de Direito, aceita ser ministro, com enormes prejuízos financeiros, depois de uma carreira onde só faltava a presidência da República que, deste modo, compromete.
Na sua insânia, a direita acusa-o de ser anti-americano, confundindo os EUA com a Administração Bush. Denigre-o por defender o Direito internacional, pela sua oposição firme à invasão do Iraque, posição partilhada pelo PS e pela maioria dos portugueses. Censura-lhe a denúncia das torturas em Guantánamo e no Iraque, atitude que só toleram os que postergam os direitos humanos e abdicam da honra e da dignidade. É esta direita, nostálgica do passado, desnorteada e pusilânime, a direita a que chegámos.
Ninguém acusa Freitas do Amaral de incompetência, pois sabem-no bem preparado para a função. Condenam-lhe as virtudes, vituperam-lhe a independência, censuram-lhe o desprendimento. Não admira numa direita que gerou Durão Barroso e Santana Lopes.
Apostila 1 – A direita tem do patriotismo uma noção bizarra. Ama a Pátria, mas a dos outros. Angola. Moçambique. O Império. Não compreende o amor à coisa pública, a abnegação pelo bem comum, Freitas do Amaral. Tem quatro anos para aprender.
Apostila 2 - «É conhecido o ódio implacável que todos os sectários têm por todos aqueles que abandonam a sua seita.» – Voltaire, in Tratado sobre a tolerância – pg. 60
Comentários
Quanto ao que interessa, a competência de Freitas vai ver-se a discutir o TGV com os espanhóis...