Aumento impostos

As recentes declarações do futuro Ministro das Finanças, admitindo um eventual aumento de impostos, têm suscitado comentários dos vários quadrantes políticos e económicos. O primeiro comentário que me suscita é a interpretação extensiva que se está a fazer de uma mera avaliação, séria e rigorosa, do eventual estado das contas públicas. Ou seja, se a médio prazo não houver condições delas serem controladas, se a despesa não for reduzida, não vê Campos e Cunha outra solução senão o aumento de impostos. Não entendo a surpresa, nem estas declarações são contraditórias, numa primeira observação, com o que Sócrates afirmou em campanha.
Este governo não vai aumentar os impostos mas vai fazer tudo para reduzir e/ou controlar a despesa pública. Esta não é uma missão solitária de Sócrates ou do seu governo. É uma missão de todos aqueles exercem funções dirigentes e de coordenação no sector público e, principalmente, dos presidentes de câmara. Provavelmente com maior exigências sobre os que são socialistas...
Vem aí uma campanha eleitoral para as autarquias e este aviso serve de alerta para o normal descontrolo das contas nessa altura.
Se não tivermos esse espirito sofreremos aumentos da carga fiscal.
E só nessa situação é que serão admissíveis tais encargos para a população. E Sócrates terá de explicar porque se teve de chegar aí e quais os sacrifícios que todos teremos de fazer, incluindo o poder politico.
Porque é preciso falar verdade aos portugueses, independentemente da dureza das palavras.
Voltarei ao tema, para falar das nomeações de última hora deste Governo de direita, dos subsídios atribuídos sem pareceres prévios, dos salários actualizados retroactivamente a membros de gabinetes, dos compromissos assumidos por Santana Lopes sem prévios vistos do Ministério das Finanças, dos concursos irregulares para uma Agência do Governo, os quais ocuparam várias páginas de um diário, o protocolo da Sr.a Bustorff com a Fundação do BES, de que é quadro...
Quem acham que vai pagar tudo isto?

Comentários

Anónimo disse…
S/o último parágrafo: apetecia ás vezes, até porque a Justiça não funciona e a vontade política não abunda, dispôr de uma ditadura benévola s/ tais artistas: «ninguém vai preso?»

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