Mas que País é este?!

'Heróis' dos bons costumes em Viseu
fernanda câncio e paula cardoso almeida
"Uma vez fizemo-nos passar por paneleiros. Engatámos um homem de meia-idade que andava aqui. Fizemo-lo tirar a roupa e ele ficou para ali nu." Contada com entusiasmo, a história é uma das muitas que João garante ter, com um "grupo de amigos e amigas", protagonizado nos últimos meses no quilómetro 87 do IP5, numa área de descanso da via rápida, perto da cidade de Viseu. O mesmo local que, em Outubro de 2004, surgiu associado a "prostituição homossexual" em notícias de vários jornais, facto que levou o presidente da câmara da cidade a declarar que iria pedir um reforço do policiamento para a zona.O reforço do policiamento, afinal, nunca terá sido pedido, como o edil Fernando Ruas fez questão de esclarecer ao DN, garantindo que tem "uma tolerância total em relação a essa inclinação sexual". Mas João e os amigos levaram a questão a peito. Há cerca de meio ano que, em grupos que chegam a ultrapassar as duas dezenas de elementos, vão com regularidade, "dia sim dia não", à área de descanso para "assustar estes gajos". Querem, dizem, "limpar toda esta porcaria". Não que os mova algo contra a orientação sexual que imputam aos frequentadores do quilómetro 87 "Só não queremos que engatem aqui. Que vão para uma mata ou para casa, mas aqui não."Do outro lado, os relatos na primeira pessoa são de perseguições, insultos, danos nas viaturas. Fala--se de agressões físicas, algumas incluindo até o recurso a armas de fogo ou torturas com pontas de cigarro, mas nenhum dos alegados agredidos apareceu ainda para abalizar as histórias. Os confessos agressores, porém, não se fazem rogados. Garantem que, sempre que resistem, "os homossexuais levam porrada a sério".
Fonte: Diário Notícias

Comentários

Anónimo disse…
Este é o País onde a cultura salazarista persiste mas estes casos de violência são casos de polícia.
Anónimo disse…
São efectivamente casos de polícia.
Polícia que não há, não exerce. Graças ás sábias leis, deputados e juizes que temos.
A comodidade/irresponsabilidade instalada. Até quando?
Anónimo disse…
Esses gajos são muito machos, até cospem para o chão, até coçam os tomates, até arreiam nos maricas, até dão porrada nas mulheres e nos putos... são muito machos. Aliás, na rua deles ninguém passa. É a triste realidade de quem tem tantas dúvidas relativamente à sua masculinidade que desata a bater em quem lhe lembra essas mesmas dúvidas. Ou então não, tudo não passa de um problema educacional.
Quanto aos polícias... também são todos muito machos, apesar de trazerem sempre um bastão nas mãos. :)

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