O retrato de Freitas

Amanhã, Paulo Portas deixa de ser aquele fato às riscas, com um ministro dentro, que circulou três anos entre mancebos a passar revista às tropas e decidirá se vai para os EUA onde o seu coração pulsa ao ritmo dos neo-conservadores que reelegeram Bush. Amanhã o País fica mais tranquilo, com um ar mais respirável, sem receio do que possa estar a tramar-se no aparelho de Estado contra a Constituição e a Democracia.

Por sua vez o CDS talvez deixe de ser PP e pense no seu futuro. Resta-lhe pedir de volta o retrato e Freitas do Amaral, tornar-se um partido conservador de matriz democrática ou optar pelo populismo desenfreado, exaltar a guerra colonial, recuperar o salazarismo e descobrir um Le Pen à sua dimensão. Não lhe faltam fedelhos com alma de fascistas. Falta-lhe espaço social num país que ainda recorda a ditadura e a guerra colonial com o CDS em risco de extinguir-se.

Vasco Pulido Valente traça hoje um retrato implacável do CDS e de Paulo Portas. É um artigo do «Público» a não perder. O antigo secretário de Estado de Cavaco é demolidor. Pulido Valente tem humor, uma grande cabeça e, naturalmente, um excelente fígado.Carlos Esperança

Comentários

Anónimo disse…
Qualidades (de VPV) que não lhe permitiram continuar no DN, como sabemos.
Pior para o DN.
Anónimo disse…
É verdade, caro bm. Mas o Luís Delgado continua a debitar a prosa e a gastar neurónios no DN, um jornal que o último almocreve do santanismo tornou um sítio mal frequentado.

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