Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c
Comentários
Aliás, os pareceres que o governo tem em seu poder mostram que as dúvidas sobre eventuais "vícios" constitucionais que possam integrar o diploma sobre as finanças locias, têm fundamento. O que é estranho é a existência de 5 (!) pareceres. Então onde está o tal combate ao desperdício? É só para os outros?
Estes abundantes pareceres serviram ao governo para apoiar a elaboração da lei. O processo legislativo transitou para outras instâncias. A talhe de foice interessa perguntar: os tais 5 pareceres foram, em devido tempo, enviados ao PR?
Outra coisa é a autoridade moral do PSD para levantar o problema.
No governo de Durão Barroso fez o mesmo (como denunciou o TC). Nessa altura, apesar da "ajuda" de Durão, o TC manifestou-se pela inconstitucionalidade. Esperemos que estas acidentais interferências, não façam jurisprudência. Até por que reconheço virtudes no diploma em causa. Mas isso é outra questão.
A verdade é que, na perspectiva do governo, para introduzir alguma racionalidade nos investimentos, e contenção na despesa pública e no famigerado défice, a lei das finanças locais é uma questão vital.
E aqui para nós com toda a razão. Só quem não conhece o regabofe delirante que vai pela maior parte dessas autarquias é que fica indiferente ao problema, ou valoriza aspectos mais ou menos legalistas.
A\ questão essencial é que o poder local não pode continuar na roda livre em que tem vivido. E o mesmo se diga em relação a largos sectores do poder central.
Claro que isto não abona nada em favor da raça megalómana e irresponsável que somos. Mas o facto é que, por tais caminhos, a única coisa que todos temos garantido é o empobrecimento crescente, conforme já está à vista.
Já o PSD, que novidade há nisso?! Essa gente nunca soube fazer outra coisa!