PCP - uma decisão esperada

A deputada e vereadora na Câmara de Santarém, Luísa Mesquita, foi expulsa do PCP, segundo decisão do Secretariado da Direcção da Organização de Santarém (DORSA), que invocou “grave violação de princípios do partido”. Sem Luísa Mesquita, o PCP passa a quarta força política no Parlamento.

Comentários

Anónimo disse…
O PCP continua igual a si próprio. Não tem emenda. À mínima coisa, foge-lhe o pé para a chinela estalinista. Ainda hoje o Dr. Octávio Teixeira disse na TV que os lugares de deputado não eram dos deputados eleitos, mas sim pertença do Partido!
P Amorim disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
P Amorim disse…
De facto, nós votamos nos partidos e não nos deputados.
Para mim seja do PCP ou doutro partido qualquer ( e houve muitos exemplos anteriores), acho que não devia ser permitido que os deputados se tornem "independentes".
Levada ao estremo esta possibilidade daria origem a cenários de alucinação, como, uma vez empossados, os deputados recorrerem a esta forma ou mudarem de partido e a composição da AR aparecer completamente viciada.
Repare-se que os partidos faze, muitas vezes substituições, rotações, de tal maneira que às vezes ninguém sabe (dos eleitores) quem são os representantes do partido x em funções efectivas.

Peço desculpa pela confusão que me levou a apagar este texto.
Anónimo disse…
O PCP é um Partido diferente, os seus membros têm de ser gente diferente...não podem usar a política para se promoverem e perpectuar nos lugares.

A democracia impera no Partido, os interesses do povo estão acima dos interesses de qualquer deputado ou vereador...

Quando há problemas e os interesses pessoais se pretendem acima, dos interesses partidários, o caminho é a rua...

O PCP dá lições de honestidade e desapego ao poder...os outros têm inveja.
e-pá! disse…
Eu não voto em partidos. Voto em pessoas que estão congregadas em partidos, que perfilam uma ideologia, que compartilham os mesmos desejos de intervir na sociedade, etc.
Mais, muitas vezes tenho votado em pessoas que não militam em partidos, mas subscrevem programas ideológicos, mantendo a sua independência das questões partidárias.

Não voto em simbolos - voto sempre em pessoas.

A deputada Luísa Mesquita entrou em diferendo com a Direcção do seu Partido, não se disponibilizando para encurtar um compromisso que, no meu entender, assumiu, explicitamente, perante os eleitores de Santarém, de os representar nesta legislatura.

Agruras da vida partidária que tem muitos pontos de atrito, muitos ajustes, demasiadas inflexões táticas, algum "carreirismo", etc.

Felizmente, não ouvi, da parte da militante expulsa, qualquer consideração que revele ter abandonado as suas convicções. Por, isso, defendo que tem, para já,condições de continuar como deputada independente. Porque na minha convicção, quando solicitada na AR, votará à Esquerda, votará comunista.

Acredito que Luísa Mesquita não é uma Zita Seabra.
Por isso, não valorizo, nem prezo a pompa e a circunstância com que o PC anunciou a sua expulsão.
As medidas disciplinares são quase sempre um evidente sinal de fraqueza. Ou da deficiente argumentação da liderança ou, por receio de eventuais danos que possam advir. Nada disto parece estar em causa.
Este episódio mais parece uma jactância.

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