O AMARGO LAMENTO DE UM CONCUBINATO POUCO DEMOCRÁTICO
O acordo PS/PSD sobre uma nova lei das autarquias poderá acabar com este espectáculo. Os problemas - todos os problemas que infectam o Poder Local - desde o favorecimento até à corrupção, vão continuar a existir, só que deixam de se ver, ouvir e falar.
As Assembleias Municipais vão ser um antro especialmente dedicado ao caciquismo e à concertação de interesses. Aqueles incómodos vereadores eleitos pelo método de Hont, vão à vida...
Com uma reuniãozinha entre Sanatana Lopes e Alberto Martins, mandou-se à vida os sectores políticos minoritários, que tanto barulho fazem e pouco representam. Olha, representam quem não merecia estar representado.
A calma olimpica chegou à gestão municipal. Não haverá mais, p. exº., Sá Fernandes, oriundo de um mini-partido, a denunciar negócios com a Bragaparques. Isso eram coisas do PREC, no tempo em que havia queixas, detenções, termos de identidade e residência, e muitos arguidos. Poucos julgados. Tempos em que o MP e a PJudiciária se atreviam a enfrentar eleitos pelo povo. Em que Tribunais retiravam mandatos outorgados pelos munícipes. Uma bagunçada!
O País não precisa de saber de escândalos, precisa de tratar da vidinha, que é como quem diz - fazer os seus negócios, sem estorvos.
O País rosa/laranja... na sua plenitude, no seu esplendor, mas próximo, muito próximo da sátira política queirosiana.
Quem é que quer saber das questões de Oeiras, Felgueiras, Gondomar, Abrantes, etc.?
Já foi tudo tratado nos gabinetes. Em Dezembro, se os senhores estiverem para isso, conheceremos os pormenores. Como prenda de Natal.
Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c
1789 – A Assembleia Constituinte francesa aprova a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. (Fizeram mais os deputados franceses num só dia do que todos os clérigos desde que o deus de cada um deles criou o Mundo). 1931 – Tentativa de golpe de Estado em Portugal contra a ditadura. (Há azares que se pagam durante duas gerações. Este levou quase 43 anos a reparar). 2004 – O Supremo Tribunal do Chile retirou a imunidade ao antigo ditador Augusto Pinochet. (Vale mais tarde do que nunca).
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O AMARGO LAMENTO DE UM CONCUBINATO POUCO DEMOCRÁTICO
O acordo PS/PSD sobre uma nova lei das autarquias poderá acabar com este espectáculo.
Os problemas - todos os problemas que infectam o Poder Local - desde o favorecimento até à corrupção, vão continuar a existir, só que deixam de se ver, ouvir e falar.
As Assembleias Municipais vão ser um antro especialmente dedicado ao caciquismo e à concertação de interesses.
Aqueles incómodos vereadores eleitos pelo método de Hont, vão à vida...
Com uma reuniãozinha entre Sanatana Lopes e Alberto Martins, mandou-se à vida os sectores políticos minoritários, que tanto barulho fazem e pouco representam.
Olha, representam quem não merecia estar representado.
A calma olimpica chegou à gestão municipal.
Não haverá mais, p. exº., Sá Fernandes, oriundo de um mini-partido, a denunciar negócios com a Bragaparques.
Isso eram coisas do PREC, no tempo em que havia queixas, detenções, termos de identidade e residência, e muitos arguidos. Poucos julgados. Tempos em que o MP e a PJudiciária se atreviam a enfrentar eleitos pelo povo.
Em que Tribunais retiravam mandatos outorgados pelos munícipes.
Uma bagunçada!
O País não precisa de saber de escândalos, precisa de tratar da vidinha, que é como quem diz - fazer os seus negócios, sem estorvos.
O País rosa/laranja... na sua plenitude, no seu esplendor, mas próximo, muito próximo da sátira política queirosiana.
Quem é que quer saber das questões de Oeiras, Felgueiras, Gondomar, Abrantes, etc.?
Já foi tudo tratado nos gabinetes.
Em Dezembro, se os senhores estiverem para isso, conheceremos os pormenores.
Como prenda de Natal.