Momento de poesia
Desânimo
Atiro-me, vestido, para a cama,
E nada mais já sou
Que uma nódoa de lama,
Que alastrou!
Cansaço!
Um abandono imenso!
Não da vida que faço,
Mas da vida que penso…
O nervosismo, a ânsia,
De reter qualquer coisa muito vaga,
Que mal desponta se apaga,
Nos abismos da distancia…
Este doentio desejo,
Que em meus sentidos persiste,
De segurar aquilo que não vejo,
Mas que tenho a certeza de que existe…
O esforço, a inquietação,
O doloroso anseio,
De encontrar a expressão,
Que há-de fechar o meu poema a meio.
Armando Moradas Ferreira
Atiro-me, vestido, para a cama,
E nada mais já sou
Que uma nódoa de lama,
Que alastrou!
Cansaço!
Um abandono imenso!
Não da vida que faço,
Mas da vida que penso…
O nervosismo, a ânsia,
De reter qualquer coisa muito vaga,
Que mal desponta se apaga,
Nos abismos da distancia…
Este doentio desejo,
Que em meus sentidos persiste,
De segurar aquilo que não vejo,
Mas que tenho a certeza de que existe…
O esforço, a inquietação,
O doloroso anseio,
De encontrar a expressão,
Que há-de fechar o meu poema a meio.
Armando Moradas Ferreira
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