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A FRASE
Por
Carlos Esperança
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A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
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Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Ou é ingénuo, ou é influenciável pelo "conto do vigário", ou é idiota.
Pior, também, um inveterado teimoso.
Foi publicamente avisado de que não devia acreditar, não devia comprometer o Pais nessa aventura. Que as razões eram "outras". Que a posição correcta era o NÃO À GUERRA!.
Mostrou, portanto, outras dificuldades.
Não sabe ouvir, nem é um bom entendedor (para quem só meia palavra bastaria).
Mas, depois disto, seria fenomenal que explicasse como é presidente da CE.
Eu, que não fui ouvido nem achado sobre a posição que Barroso tomou sobre a invasão do Iraque, como português já fui, por diversas vezes, obrigado a explicar a posição dos portugueses (... e tratado como se fosse um apoiante da invasão!).
Para mim, uma humilhação desnecessária com a necessidade de explicar a posição "não ouvida" dos portugueses.
Mas agora aparecer o Senhor Barroso a tentar colmatar a sua vergonhosa ignomínia com mais uma baboseira. NÃO!
Quem foi o malandreco que fez mal ao José Manuel?
E os muitos milhares de chacinados nos últimos anos? Também foram enganados?
Se tão poderosos serviços secretos se enganam ou são enganados de forma tão colossal... a quem aproveitou isto tudo afinal?
Só a uns poucos: a indústria de guerra e a indústria do petróleo, os grandes apoiantes de Bush.
E nós pagamos...
Mãe do soldado norte-americano Tim Bowman, que se suicidou oito meses depois de regressar do Iraque. Público 18/11/2007»
- Malditos Bush, Blair, Aznar e Barroso ! Que se enforquem também e depressa !
.
A deixar de comprar o DN.
Quase no «jamais» para com um DN que nos oferesse vómitos deste tipo.
Se «as guerras são assuntos demasiado sérios para serem deixados ao critério dos militares», que dizer destas alimárias?
Ou em linguagem de cavalaria, que dizer destas cavalgaduras?
Quando os americanos invadiram e bombardearam o Iraque o "Diário de Notícias" apoiou a agressão .
Desde aí não comprei mais o DN !
Cheguei a comunicar-lhes isso. E continuarei a não comprá-lo ! Não o merecem !
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SABIA?
O suicidio do soldado americano, à nossa porta, de olhos tristes, deve fazer-nos relembrar a tragédia do Iraque.
Tim Bowman, não deve ser uma morte solitária.
O Médio-Oriente é distante da nossa Ocidental praia lusitana.
Por vezes, caimos na vaga impressão de que a guerra "amansou" e entrou num compasso de espera. Nada mais falso. Ela está a praticar um genocídio no Iraque. Dificil de definir porque mistura quesões políticas com religiosas.
Ninguém sabe porque morre, mas muitos morrem.
Se é por ter pertencido ao partido Baas, se é por ser xiita ou por ser sunita.
Morre.
A Lancet divulgou uma investigação da Johns Hopkins University dos EUA com a colaboração da Universidade al-Mustansiriya de Bagdad, calculando que mais 655.000iraquianos já morreram devido à invasão anglo-americana. Homens, mulheres e crianças.
Estes são números contidos, rigorosos, de uma agencia prestigiada.
Mas há outros, como por exemplo da agência britânica de investigação de opinião, Opinion Research Business, que por metodologia de extrapolação acrdita que este número deverá ser duplicado. Isto é, 1.200.000 de mortos.
Começamos, então a titubear: genocídio ou holocaustro?
Depois há os refugiados. A sociedade iraquiana era a mais educada e a mais culta do Médio Oriente. Esta sociedade não existe mais. Foi desmantelada, trucidada, por um bárbaro como é G.W. Bush. Um verdadeiro Gengis Khan do século XXI.
Impressiona-nos, pela dimensão e impotência a tragédia de Darfour. No Iraque, segundo as agências de noticias internacionais, a situação estará mais complexa. Mais 100.000 iraquianos tentam refugiar-se mensalmente, muitos deles qualificados, como por exemplo, médicos (metade dos médicos iraquianos já abandonou o Iraque).
O Ocidente não tem aberto as portas a este Exodo. Não se sente responsável por ele. Ignora as suas causas remotas. Não quer ser incomodado.
Os responsáveis, grandes e pequenos, gordos ou magros, altos ou baixotes, andam tranquilamente por aí.
Falam da situação da Europa, do Mundo (falam com a mesma facilidade sobre tudo e sobre nada), com um sorriso a rasgar-lhe os lábios, como acabei de ver, hoje, na TV, Durão Barroso.
É um pequeno responsável, um servil colaborador, um português saltitante pela Europa, papagueando valores em que não acredita, um malabarista da politica.
A sua presença, melhor a sua imagem, é, para mim, cada vez mais, incomodativa.
Enoja-me.