Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Se o Sócrates escrevesse uma carta, um memo, uma nota, a cada vez que é insultado, que circulam boatos e atoardas a seu respeito os jornais e televisões - todas - já estavam ricos com as vendas e ele não teria tempo para assinar um despacho do governo.
Digamos que o inefável Crespo apenas tropeçou numa dos seus escorregadios e conspirativos murmúrios.
MFerrer
Uma lúcida observação, a sua.
Parabéns.
Uma onda de crispação, acidez e de alguma intolerância parece trespassar pelos corredores de Belém e daí irradiar para o País.
Em 2009, começou com o ríspido discurso de Ano Novo e as insinuantes aleivosias sobre o "dizer a verdade aos portugueses"...
A cena da carta ao Dr. Balsemão é, tipicamente, pôr em prática políticas de inclusão, tão do agrado do PR.
Incluir os meios de comunicação social no conceito de cooperação estratégica, só demonstra a amplitude do seu apetite de interferir em tudo...
Só Pacheco Pereira parece entender o que é esta cooperação estratégica que vem assediando os portugueses, desde a campanha eleitoral de Cavaco.
Mas não se dá ao trabalho de explicá-la aos vulgares cidadãos. Será outro tabu?
Uma eventual pressão sobre Sócrates e a divulgação ardilosa e oculta nos média - provavelmente também vinda através das tais fontes - sobre a marcação de datas para as próximas eleições autárquicas e legislativas, é outro foco de fricção que se desenha no horizonte.
Falta, de seguida, fazer um discurso sobre a estabilidade política...
E podíamos continuar a desfilar situações... onde o enquadramento constitucional parece não lhe bastar, expressando uma incontrolável vontade de interferir nas competências governamentais.
Cada cavadela, sua minhoca...
Finalmente, vamos ver como o inefável Mário Crespo actua no futuro.
Porque intimidações como esta carta ao Dr. Pinto Balsemão visam, fundamentalmente, condicionar comportamentos futuros...
Não é?