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A FRASE
Por
Carlos Esperança
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A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
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Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
A aposta reiterada na educação pública não tem, na minha opinião, passado das palavras. De facto, a opção política dominante (legítima mas discutível) tem sido a poupança de recursos. Não tenho mais evidências daquilo que digo senão apenas a minha experiência como pai e ciddão atento, pelo que esta minha opinião pode estar enviesada.
Em concreto, não é com turmas de quase 30 alunos no ensino básico que se protege a qualidade do ensino público. Não é com movimentos criativos de alunos do 1º ciclo para escolas do segundo ciclo e das básicas para secundárias. Não é com o facilitismo reinante. Não é com medidas que visam apenas os bonitos números do sucesso e não a qualidade. Não é com a passagem de competências para os municípios sem a transferência de orçamento. Não é com a partidarização das DREC, que são uma autentica vergonha (saltitando os bons e maus técnicos entre a prateleira e o lugar de destaque). Não é colocando os professores contra o sistema (quantos excelentes professores se reformaram/fugiram nos últimos anos do péssimo clima que vigora nas escolas?). Não é fechando escolas apenas por critérios economicistas. A escola pública tem sistematicamente nivelado por baixo, na busca de uma falsa padronização de aprendizagens.
Muitas das medidas que foram tomadas nos últimos anos foram tomadas para racionalizar os recursos, porque era preciso gastar menos. É lícito e importante. Mas não podemos dizer que o critério mais importante foi a qualidade da escola pública. A primeira paixão foi o orçamento e não a educação.
A escola pública não segrega alunos,
A escola pública tenta a inclusão,
A escola pública não compete com os mesmos recursos do privado,
A escola pública é livre,
A escola pública é a nossa escola e o nosso reflexo.
Na privada os alunos são escolhidos a dedo pagam propinas obscenas e será que preparam melhor os alunos?
Será que os filhos de pais ricos não estarão cultura e socialmente mais aptos a tirar melhores notas?
Os técnicos que respondam.
Uma coisa é certa no meu tempo onde quase só existia escola pública os melhores alunos eram os das explicações. Mais uma vez dinheiro.
Neste momento a política mudou e quem precisa já pode ter esse acompanhamento na escola. Claro que quem não quer estudar nunca irá ser admitido numa escola privada, a não ser...
... que se imponham quotas de alunos que carecem de integração.
Fica a sugestão.