11.10.09: a noite das facas longas?

Os arautos da impunidade começaram a cair…

As últimas eleições autárquicas morderam alguns daqueles que se julgavam inimputáveis.

Outros, ainda, escaparam à clarividência popular. É cada vez mais fácil distinguir presidentes arguidos travestidos de “independentes” das associações cívicas que conjugam esforços para concorrer às eleições (“os verdadeiros independentes”).

Autarcas envolvidos em querelas judiciais deixaram de poder ocultar-se atrás do manto do poder, independentemente da presunção de inocência ou do segredo de justiça.
Há muito tempo que á rábula da mulher de César interfere na política…
Começam, assim, a aparecer na praça pública, onde, normalmente, permanecem erectos e empedernidos os pelourinhos, alguns dos foragidos.

Perderam o respaldo popular. Não é possível enganar muita gente durante uma eternidade...

Desta vez não foram todos!
Mas Felgueiras e Marco de Canavezes são exemplos paradigmáticos de que a cobertura do poder autárquico não se perpetua. Um dia claudica.

Em Gondomar, onde o caciquismo está mais entranhado com questões futebolistas evitou-se a hecatombe. Mas a maioria foi à vida. E com as qualidades do Sr. Major para o diálogo, o mais provável, será, que depois de criadas várias situações de impasse, o processo de escrutínio, concluído domingo passado, acabe por desembocar em eleições intercalares.

Em Oeiras, o mesmo. Só que a aguardar recurso judicial.

E, assim, vão, paulatinamente, caindo os “intocáveis”.

Comentários

Já fazia falta o teu ponto de vista.
FH disse…
pouco depois de ouvir debitar todos os indices de desenvolvimento invejáveis do concelho de Oeiras pelo actual presidente da Camâra, onde a titulo de exemplo elencou como sendo o concelho do País com maior percentagem de licenciados, encontrei algures na Net a seguinte arrazoada: " enquanto que os analfabetos de Felgueiras corriam com a Fátima, os doutores e engenheiros de Oeiras aclamavam o Isaltino". Para mim, é uma aberração que qualquer arguido condenado (ou até mesmo pronunciado) em 1ª instância num processo crime que tenha a ver com as funções que exerce seja reconduzido (ou possa ser) para novo mandato.
Acho a lengalenga do separar a politica da justiça neste campo, o amparar de uma grande promiscuidade, ao nivel das democracias fantoches, onde como é óbvio, não queria que o meu País fosse parte integrante.
Uma parte dos cidadãos portugueses desconhece certamente a Lei n.º 34/87 de 16 de Julho.
http://www.mj.gov.pt/sections/documentos-e-publicacoes/doc-e-pub-2/lei-n-34-87-de-16-de/downloadFile/file/7._LEI_34.87_Cargos_politicos.pdf?nocache=1175189326.47

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