Caim - 181 páginas de prazer
Caim é um livro estimulante e divertido onde se confunde o génio literário de Saramago e a imaginação prodigiosa que nos faz viajar pelos mitos do Antigo Testamento e pelas maldades dos homens daquele tempo em que inventaram deus.
Desde a saída de Adão e Eva do Paraíso até à viagem na arca de Noé, a narrativa prende o leitor aos mitos bíblicos e deleita-o com a prosa admirável do mais notável ficcionista português.
Caim, depois de matar Abel por vontade de quem tudo pode, viaja no tempo e extasia-se com o vigor da sua juventude na cama de Lillith a quem faz o filho que a incompetência do marido não logra. Deixa-a prenha e consolada, e há-de voltar para encontrar o filho sem que este reconheça o pai biológico.
Saramago não perdoa a deus que brinque com a demência religiosa de Abraão, capaz de lhe sacrificar o seu único filho Isaac, e põe Caim a segurar o braço do infanticida antes de chegarem dois anjos que o impediriam mas que o trânsito fez chegar atrasados.
Caim é também o ponto de partida para o confronto dialéctico entre a civilização actual e a barbárie dos tempos bíblicos, entre o Estado de direito e o julgamento sumário onde as mulheres e crianças pagaram pelo delírio homofóbico do supremo juiz que destruiu Sodoma e Gomorra com chuva de fogo e enxofre que não puniu apenas os homens.
O leitor é um garimpeiro que penetra nos livros e devora páginas para encontrar numa frase a pepita de ouro que persegue. Em Saramago é vasto e inesgotável o filão. Não é preciso procurar as pepitas, o ouro vem já com os quilates da lei.
Desde a saída de Adão e Eva do Paraíso até à viagem na arca de Noé, a narrativa prende o leitor aos mitos bíblicos e deleita-o com a prosa admirável do mais notável ficcionista português.
Caim, depois de matar Abel por vontade de quem tudo pode, viaja no tempo e extasia-se com o vigor da sua juventude na cama de Lillith a quem faz o filho que a incompetência do marido não logra. Deixa-a prenha e consolada, e há-de voltar para encontrar o filho sem que este reconheça o pai biológico.
Saramago não perdoa a deus que brinque com a demência religiosa de Abraão, capaz de lhe sacrificar o seu único filho Isaac, e põe Caim a segurar o braço do infanticida antes de chegarem dois anjos que o impediriam mas que o trânsito fez chegar atrasados.
Caim é também o ponto de partida para o confronto dialéctico entre a civilização actual e a barbárie dos tempos bíblicos, entre o Estado de direito e o julgamento sumário onde as mulheres e crianças pagaram pelo delírio homofóbico do supremo juiz que destruiu Sodoma e Gomorra com chuva de fogo e enxofre que não puniu apenas os homens.
O leitor é um garimpeiro que penetra nos livros e devora páginas para encontrar numa frase a pepita de ouro que persegue. Em Saramago é vasto e inesgotável o filão. Não é preciso procurar as pepitas, o ouro vem já com os quilates da lei.
Comentários
o saramago sabe disso...
«ninguém atira pedras a arvores q não deiam frutos...
o saramago sabe disso...»
arvores q não «deiam» frutos... não foi escrito por Saramago.
se a igreja catolica não tivesse qualidades ninguém queria viver de publicidade á custa dela...
é um velho senil o saramago, escreveu grandes livros quando tinha a mente desperta, o envagelho segundo jesus cristo por exemplo, agora não passa de um velho senil que vive á custa dos velhos jacobinos que lhe vão comprando os livros para ele comer o seu pratinho de sopa.
O saramago coitado já não tem a lucidez de outras epocas...
a Pilar é uma mulher de muito sustento, por isso ele precisa de muito $$ para manter o nivel de vida... mas isso são outros quinhentos...
É sempre bem-vindo ao Ponte Europa mas quando a crítica literária se faz na parte inferior do corpo, é débil.