T.S.U. - UM EMBUSTE DA DIREITA?
A ideia de aumentar a taxa social única dos empregados para diminuir a dos patrões é de tal modo aberrante que começo a desconfiar que não passa de um estratagema da direita para enganar os incautos.
Com efeito, além dessa intenção, Passos Coelho anunciou uma panóplia de medidas altamente gravosas para o povo português, principalmente para os trabalhadores, pensionistas e classe média. Tais medidas, mesmo sem mexidas na TSU, constituem só por si um “pacote” suficientemente intolerável para desencadear a revolta popular.
Agora imaginemos que Passos Coelho, maquiavelicamente, para desviar as atenções dessas medidas, anunciou outra ainda mais inadmissível: justamente a relativa à TSU. Esta medida é de tal modo chocante que quase fez esquecer todas as outras. E é de tal modo primária (trata-se com efeito de, sem qualquer disfarce, roubar dinheiro aos trabalhadores para o oferecer diretamente aos patrões) que chega a parecer uma caricatura do capitalismo feita pelos seus detratores.
Não é assim de admirar que os capitalistas – pessoalmente e através dos seus ideólogos de serviço –, vendo-se assim caricaturados, tenham saído a terreiro para se demarcarem de tão peregrina ideia; e que os próprios barões do PPD/“PSD” e do CDS/PP se tenham também sentido desconfortáveis.
Desde Belmiro a Marcelo, desde Bagão a Ferreira Leite, toda a gente protesta; o CDS demarca-se ou finge demarcar-se.
O coro é tal que Cavaco convoca o Conselho de Estado.
Agora suponhamos que o Conselho de Estado se pronuncia contra a aberração em causa; que Cavaco convoca o primeiro-ministro e o “convence” a desistir da ideia, de que estava desde o início disposto a “desistir”; e que ele “desiste” mesmo.
Toda essa “boa gente” vai ficar bem na fotografia.
Os capitalistas porque pareceram amigos dos seus “colaboradores”.
Cavaco porque apareceu como “salvador do povo”.
E o governo porque pareceu “ouvir a voz da razão” e emendar o seu erro.
Passos poderia até aproveitar para fazer uma remodelação ministerial.
Entretanto, quase toda a gente se esqueceu das outras intoleráveis medidas, que era o que desde o início se pretendia.
Não sou muito dado a teorias da conspiração, nem acredito em bruxas. Pero que las hay, hay!
Com efeito, além dessa intenção, Passos Coelho anunciou uma panóplia de medidas altamente gravosas para o povo português, principalmente para os trabalhadores, pensionistas e classe média. Tais medidas, mesmo sem mexidas na TSU, constituem só por si um “pacote” suficientemente intolerável para desencadear a revolta popular.
Agora imaginemos que Passos Coelho, maquiavelicamente, para desviar as atenções dessas medidas, anunciou outra ainda mais inadmissível: justamente a relativa à TSU. Esta medida é de tal modo chocante que quase fez esquecer todas as outras. E é de tal modo primária (trata-se com efeito de, sem qualquer disfarce, roubar dinheiro aos trabalhadores para o oferecer diretamente aos patrões) que chega a parecer uma caricatura do capitalismo feita pelos seus detratores.
Não é assim de admirar que os capitalistas – pessoalmente e através dos seus ideólogos de serviço –, vendo-se assim caricaturados, tenham saído a terreiro para se demarcarem de tão peregrina ideia; e que os próprios barões do PPD/“PSD” e do CDS/PP se tenham também sentido desconfortáveis.
Desde Belmiro a Marcelo, desde Bagão a Ferreira Leite, toda a gente protesta; o CDS demarca-se ou finge demarcar-se.
O coro é tal que Cavaco convoca o Conselho de Estado.
Agora suponhamos que o Conselho de Estado se pronuncia contra a aberração em causa; que Cavaco convoca o primeiro-ministro e o “convence” a desistir da ideia, de que estava desde o início disposto a “desistir”; e que ele “desiste” mesmo.
Toda essa “boa gente” vai ficar bem na fotografia.
Os capitalistas porque pareceram amigos dos seus “colaboradores”.
Cavaco porque apareceu como “salvador do povo”.
E o governo porque pareceu “ouvir a voz da razão” e emendar o seu erro.
Passos poderia até aproveitar para fazer uma remodelação ministerial.
Entretanto, quase toda a gente se esqueceu das outras intoleráveis medidas, que era o que desde o início se pretendia.
Não sou muito dado a teorias da conspiração, nem acredito em bruxas. Pero que las hay, hay!
Comentários
http://www.causa-nossa.blogspot.com/2012/09/tudo-e-relativo.html
Como por exemplo deitar abaixo as Torres Gémeas!
É que tudo são batalhas da mesma guerra.
O tempo o dirá, a quem cá estiver para ver!
Faz falta a tua colaboração no Ponte Europa. Abraço.