A mãe de todas as imprudências escolheu a Síria
Os anos não somam sabedoria mas acumulam experiências e reúnem provas para exibir no pelourinho da opinião pública. Enquanto Obama, Cameron e Hollande se preparam para invadir a Síria, sem necessitarem de um qualquer Barroso para servir cafés, dou por mim a pensar nos efeitos colaterais da decisão tomada antes da confirmação de quem foi o autor do uso do gás sarin.
Os motivos são subsequentes aos atos. Há uma corrente filosófica que assim teorizou. O homem não foge porque tem medo, tem medo porque foge. A invasão estava escrita nas estrelas. O gás é a metáfora do pretexto e a verdade é escrita depois, pelos vencedores, e nunca pelos vencidos, mas não há vitórias definitivas nem mentiras perpétuas.
Obama julga-se Vishnu, acompanhado por Xiva e Brama, e não é o único que aparece como novo avatar da fatídica metamorfose. Cameron e Hollande também intervêm na opaca aventura em que encarnam Blair e Aznar, convencidos de que o cajado de Obama tem a força mítica da superstição hindu. Esqueceram depressa o Iraque.
O fogo amigo não distingue vítimas e, nos dois lados da barricada, não se encontram os bons. São todos maus, exceto as vítimas. Há no ar um estranho odor a morte provocada por interesses económicos, políticos e geoestratégicos. Amanhã, frente a computadores, com ar condicionado, pode decidir-se o número de mortos a imolar no braseiro bélico.
O mundo é um local cada vez pior frequentado. É difícil dormir sem pesadelos.
Os motivos são subsequentes aos atos. Há uma corrente filosófica que assim teorizou. O homem não foge porque tem medo, tem medo porque foge. A invasão estava escrita nas estrelas. O gás é a metáfora do pretexto e a verdade é escrita depois, pelos vencedores, e nunca pelos vencidos, mas não há vitórias definitivas nem mentiras perpétuas.
Obama julga-se Vishnu, acompanhado por Xiva e Brama, e não é o único que aparece como novo avatar da fatídica metamorfose. Cameron e Hollande também intervêm na opaca aventura em que encarnam Blair e Aznar, convencidos de que o cajado de Obama tem a força mítica da superstição hindu. Esqueceram depressa o Iraque.
O fogo amigo não distingue vítimas e, nos dois lados da barricada, não se encontram os bons. São todos maus, exceto as vítimas. Há no ar um estranho odor a morte provocada por interesses económicos, políticos e geoestratégicos. Amanhã, frente a computadores, com ar condicionado, pode decidir-se o número de mortos a imolar no braseiro bélico.
O mundo é um local cada vez pior frequentado. É difícil dormir sem pesadelos.
Comentários
Os métodos que os países democráticos usam para justificar a agressão e a guerra não diferem muito dos utilizados pelos países não democráticos ou até das velhinhas monarquias absolutistas.
Na transição do controlo do Vietname dos franceses para os norte americanos aconteceu o mesmo... Vejam o filme "O americano tranquilo".
Claro :(