Portas de portas abertas para liderar o Governo

Os irrevogáveis poderes de Portas, a que não auguro grande longevidade política, serão conhecidos, quase um mês depois de ter sido ungido vice-primeiro-ministro, através da nova lei orgânica do Governo, a publicar hoje no Diário da República.

É interessante conhecer o conteúdo do diploma, promulgado pelo PR, e as competências que restarão à desgastada ministra das Finanças que tomou posse de um Governo onde a ausência do CDS o tornava inexistente, com Cavaco a fazer de mestre de cerimónias da fúnebre promoção a ministra.

Conhecendo-se a labilidade de Portas e os empregos que dependem da sua permanência no Governo, compreende-se a ansiedade da clientela para encontrar uma solução que dê à ministra a ilusão do poder e satisfaça a gula do líder de um partido cuja representação parlamentar, se o PR tivesse feito o que devia, caberia agora num táxi.

Com o país a arder e a pátria a banhos, junto ao Jardim Zoológico, em exótica metáfora, Portas prepara a efémera escalada num Governo sem grandeza, sem honra e sem futuro.    

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