A Madeira e o deixa passar esta nossa brincadeira...

A vitória de Miguel Albuquerque à frente dao PSD/Madeira, nas eleições regionais do passado fim-de-semana, tem obrigatóriamente de fazer soar campainhas em todo o espectro partidário nacional. Mas particularmente na Esquerda.

Não basta minimizar a vitória de M. Albuquerque assacando-a a uma dimensão regional. O 'terramoto' aconteceu na Madeira mas haverá necessariamente ‘réplicas continentais’.

O que passou na Madeira não é inédito como também não é ocasional o aproveitamento do Centro-Direita das hesitações e erros dos partidos colocados à Esquerda.

Passar a vida a medir forças, a guerrear-se, não pode ser uma opção perene. Os resultados eleitorais na Madeira estão pejados de mensagens para as oposições (cá e lá). Muita gente acreditava que o ‘jardinismo’ morreria com o fim político de Alberto João. Nada disso vai acontecer e o ‘jardinismo’, parasitário de múltiplos clientelismos instalados durante mais de 3 décadas, está pronto para sobreviver. 

As eleições regionais demonstraram que não basta de ‘fazer-se de morto’ para conquistar o eleitorado. É preciso mais. As vitórias não caiem no regaço sem mais nem menos. 

O PSD/Madeira soube fingir o expurgo dos responsáveis políticos da desastrosa situação em que a Região se encontra. Distanciou-se de Alberto João Jardim e de Pedro Passos Coelho. Aparentemente, assassinou o pai e o padrasto (políticos). É um partido muito treinado nestas andanças e sempre que muda de líder enjeita tacticamente o passado. O criador e a criatura das dificuldades que varrem a Madeira puseram-se de lado. 
Hoje, o PSD nacional veio reivindicar esta vitória que lhe passou ao lado e Alberto João, amanhã, vai influenciar o aparelho político regional para continuar a supervisionar o destino da Ilha. Não é impunemente que se permanece tantos anos no poder. 

As oposições deixaram-se enredar com a história das favas contadas. Os portugueses sabem como são efémeras as favas: Maio as dá e Maio as leva! E, como sabemos, Maio nem chegou a dá-las. E tudo o vento levou. 
No horizonte, o que se alevanta e avizinha é um autêntico vendaval que poderá atingir o Continente, lá para o Outono.

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