Os roteiros dos prefácios ou os prefácios dos roteiros
Cavaco Silva, fazendo jus ao grau académico de catedrático de Literatura, outorgado pela Universidade indiana de Goa, assinou mais uma peça literária para a edição do 9.º Roteiro, esgotante exercício intelectual com que anualmente assinala a eleição de P.R..
Os Roteiros presidenciais são os Cadernos de Lanzarote, ao nível de Boliqueime, e os Prefácios um exercício de estilo de quem privou com a literatura com o afastamento que manteve com a mulher do sogro.
No Ano da Graça de 2015 da era vulgar, aos seis dias do mês de março, foi editado o 9.º volume dos Roteiros presidenciais cujos exemplares estão condenados a ser vendidos a peso. Talvez seja este o último porque no próximo ano, que tanto tarda, o autor alivia a Pátria das suas funções e desocupa o Palácio de Belém.
Este ano, as traquinices fiscais de Passos Coelho impediram-no de repetir a mensagem de Relvas e Marco António sobre as normas de conduta a que a oposição devia sujeitar-se. A inibição levou-o a perorar sobre o perfil do futuro PR, «com alguma experiência do domínio externo», sem aclarar se se referia a offshores ou a viagens.
Entre Salazar que não passou de Badajoz, para se encontrar com Franco, e Mário Soares que, entre as viagens de veraneio e do exílio, as de MNE e PM, e as da Presidência e do Parlamento Europeu, favorecidas pela longevidade, que deve ser dos políticos com mais milhas percorridas, Cavaco Silva, gostando mais do primeiro, definiu o perfil de quem gostaria de ver suceder-lhe, alguém bem diferente de si próprio que fará dez anos entre os períodos de hibernação e os de assessoria a este Governo.
Cavaco, distraído de que a política externa é da exclusiva responsabilidade do Governo, pretende para PR, num registo próximo da pitonisa de Delfos, alguém com suficientes idas ao estrangeio.
Não se lhe ouviu uma declaração, nem uma palavra no Faceboock, sobre os escândalos nacionais, da SLN/BPN ao GES/BES, da governação da Madeira à deste Governo, das privatizações às reiteradas inconstitucionalidades orçamentais, do empobrecimento do País à irrelevância a que este Governo e esta maioria o condenaram,
mas não se esqueceu de definir o perfil para um PR que, ao contrário de si próprio, fosse relevante e, sobretudo que o protegesse do esquecimento, quiçá com uma rememoração pública anual, como soe fazer-se aos fiéis defuntos no dia 2 de novembro de cada ano.
Os Roteiros presidenciais são os Cadernos de Lanzarote, ao nível de Boliqueime, e os Prefácios um exercício de estilo de quem privou com a literatura com o afastamento que manteve com a mulher do sogro.
No Ano da Graça de 2015 da era vulgar, aos seis dias do mês de março, foi editado o 9.º volume dos Roteiros presidenciais cujos exemplares estão condenados a ser vendidos a peso. Talvez seja este o último porque no próximo ano, que tanto tarda, o autor alivia a Pátria das suas funções e desocupa o Palácio de Belém.
Este ano, as traquinices fiscais de Passos Coelho impediram-no de repetir a mensagem de Relvas e Marco António sobre as normas de conduta a que a oposição devia sujeitar-se. A inibição levou-o a perorar sobre o perfil do futuro PR, «com alguma experiência do domínio externo», sem aclarar se se referia a offshores ou a viagens.
Entre Salazar que não passou de Badajoz, para se encontrar com Franco, e Mário Soares que, entre as viagens de veraneio e do exílio, as de MNE e PM, e as da Presidência e do Parlamento Europeu, favorecidas pela longevidade, que deve ser dos políticos com mais milhas percorridas, Cavaco Silva, gostando mais do primeiro, definiu o perfil de quem gostaria de ver suceder-lhe, alguém bem diferente de si próprio que fará dez anos entre os períodos de hibernação e os de assessoria a este Governo.
Cavaco, distraído de que a política externa é da exclusiva responsabilidade do Governo, pretende para PR, num registo próximo da pitonisa de Delfos, alguém com suficientes idas ao estrangeio.
Não se lhe ouviu uma declaração, nem uma palavra no Faceboock, sobre os escândalos nacionais, da SLN/BPN ao GES/BES, da governação da Madeira à deste Governo, das privatizações às reiteradas inconstitucionalidades orçamentais, do empobrecimento do País à irrelevância a que este Governo e esta maioria o condenaram,
mas não se esqueceu de definir o perfil para um PR que, ao contrário de si próprio, fosse relevante e, sobretudo que o protegesse do esquecimento, quiçá com uma rememoração pública anual, como soe fazer-se aos fiéis defuntos no dia 2 de novembro de cada ano.
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