Cavaco & Passos Coelho
Quem…
desconheça que, para ser tão honesto como Cavaco Silva, é preciso nascer duas vezes; ignore a limpidez com que ele e a filha acertaram a aquisição e proveitosa alienação de ações da SLN, num gesto de ternura familiar; duvide da boa fé com que deixou a sua Casa Civil envolver-se nas escutas inventadas ao PM de turno; condene a fidelidade a Salazar e o cuidado posto na elaboração de uma ficha, na Pide, a alertar para a pouco recomendável mulher do sogro, com quem, por pudor e patriotismo, ele e a sua excelsa esposa não privavam; não aprecie, por má fé, o desprezo por Saramago, motivado por sólidos princípios religiosos e sentido de Estado; não acompanhe as explicações da sua vida transparente através do faceboock e, sobretudo, dos silêncios que gere,
…ainda há de julgar que a Casa da Coelha esteve na base de alguma fuga ao fisco ou negócio de favor.
Num país de cobiçosos, onde a marquise na Travessa do Possolo foi notícia, há quem não perdoe a modesta casinha de férias na praia da Coelha, com três pisos, seis quartos (cinco são duplos) e seis casas de banho, piscina e 1600 metros quadrados de área descoberta, cuja matriz não consta nem dos registos da Conservatória, nem do cartório notarial de Albufeira. Absorvido com a Pátria até se esqueceu do cartório onde fez a escritura.
A exigência ética de dissolver a A.R., questão de higiene para exonerar Passos Coelho e evitar a putrefação do regime, começa a demorar e teme-se que a reputação do PR seja arrastada no mar de lama que nos asfixia e acabe por perder a consideração dos 20% de portugueses que ainda confiam nele.
O Governo perdeu autoridade moral para exigir impostos e prestações para a Segurança Social, enquanto a delinquência fiscal, ao mais alto nível, for considerada um assunto do foro privado. É ao inamovível e impoluto PR que cabe a desinfeção do Palácio de S. Bento cuja ocupação pouco recomendável ajudou a promover.
desconheça que, para ser tão honesto como Cavaco Silva, é preciso nascer duas vezes; ignore a limpidez com que ele e a filha acertaram a aquisição e proveitosa alienação de ações da SLN, num gesto de ternura familiar; duvide da boa fé com que deixou a sua Casa Civil envolver-se nas escutas inventadas ao PM de turno; condene a fidelidade a Salazar e o cuidado posto na elaboração de uma ficha, na Pide, a alertar para a pouco recomendável mulher do sogro, com quem, por pudor e patriotismo, ele e a sua excelsa esposa não privavam; não aprecie, por má fé, o desprezo por Saramago, motivado por sólidos princípios religiosos e sentido de Estado; não acompanhe as explicações da sua vida transparente através do faceboock e, sobretudo, dos silêncios que gere,
…ainda há de julgar que a Casa da Coelha esteve na base de alguma fuga ao fisco ou negócio de favor.
Num país de cobiçosos, onde a marquise na Travessa do Possolo foi notícia, há quem não perdoe a modesta casinha de férias na praia da Coelha, com três pisos, seis quartos (cinco são duplos) e seis casas de banho, piscina e 1600 metros quadrados de área descoberta, cuja matriz não consta nem dos registos da Conservatória, nem do cartório notarial de Albufeira. Absorvido com a Pátria até se esqueceu do cartório onde fez a escritura.
A exigência ética de dissolver a A.R., questão de higiene para exonerar Passos Coelho e evitar a putrefação do regime, começa a demorar e teme-se que a reputação do PR seja arrastada no mar de lama que nos asfixia e acabe por perder a consideração dos 20% de portugueses que ainda confiam nele.
O Governo perdeu autoridade moral para exigir impostos e prestações para a Segurança Social, enquanto a delinquência fiscal, ao mais alto nível, for considerada um assunto do foro privado. É ao inamovível e impoluto PR que cabe a desinfeção do Palácio de S. Bento cuja ocupação pouco recomendável ajudou a promover.
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