Os novos pobres
Enquanto choramos os pobres que o desemprego lançou na miséria, os jovens que não acham um posto de trabalho e os emigrantes que levam um diploma na mala de cartão, rumo a outro país, esquecemos os novos pobres que a Justiça lançou na indigência.
São mais merecedores de dó os últimos, antigos membros de Governos, ex-banqueiros que patrocinaram partidos políticos, ministros, deputados e até o PR.
Quem pode ser indiferente ao atestado de pobreza que Oliveira e Costa foi obrigado a pedir ou à inexistência de quaisquer bens na família Espírito Santo, cuja divindade do apelido não a protegeu da indigência legal?
Quem é tão insensível que não se comova com a situação precária do atual PR a quem o anterior Governo cortou a acumulação das pensões de reforma com o salário da função? Sem os 40% do vencimento presidencial, referentes a despesas de representação, talvez não pudesse cumprir os compromissos! E, na sua nobreza, cala as dificuldades próprias e só se preocupa com «os muitos milhões de euros que saem da bolsa dos contribuintes portugueses» para os caloteiros gregos que não os podem pagar. Que patriotismo!
O pobre, que nunca deixará de o ser, só perde a refeição que lhe resta. Um rico perde os amigos, a fama e a fortuna. Imagina-se a amargura dos banqueiros saídos dos governos do PSD, multados, inibidos de exercer funções, constituídos arguidos, expostos à crítica dos lesados da SLN, dos investidores de papel comercial, obrigações e ações do BES ou de insignificantes acionistas do BCP, Banif, BPN ou BPP, arruaceiros e exigentes?!
Veja-se a diferença entre um pobre que sorri feliz por entre dentes perdidos, coberto de papelões, num vão de escada, e o ar sofrido do banqueiro sujeito às perguntas insolentes de uma deputada comunista que o humilha. Ao primeiro não se exige sequer que saiba ler e ao segundo exige-se que recorde cada milhão de euros que acautelou em offshores.
Pobres ricos!
São mais merecedores de dó os últimos, antigos membros de Governos, ex-banqueiros que patrocinaram partidos políticos, ministros, deputados e até o PR.
Quem pode ser indiferente ao atestado de pobreza que Oliveira e Costa foi obrigado a pedir ou à inexistência de quaisquer bens na família Espírito Santo, cuja divindade do apelido não a protegeu da indigência legal?
Quem é tão insensível que não se comova com a situação precária do atual PR a quem o anterior Governo cortou a acumulação das pensões de reforma com o salário da função? Sem os 40% do vencimento presidencial, referentes a despesas de representação, talvez não pudesse cumprir os compromissos! E, na sua nobreza, cala as dificuldades próprias e só se preocupa com «os muitos milhões de euros que saem da bolsa dos contribuintes portugueses» para os caloteiros gregos que não os podem pagar. Que patriotismo!
O pobre, que nunca deixará de o ser, só perde a refeição que lhe resta. Um rico perde os amigos, a fama e a fortuna. Imagina-se a amargura dos banqueiros saídos dos governos do PSD, multados, inibidos de exercer funções, constituídos arguidos, expostos à crítica dos lesados da SLN, dos investidores de papel comercial, obrigações e ações do BES ou de insignificantes acionistas do BCP, Banif, BPN ou BPP, arruaceiros e exigentes?!
Veja-se a diferença entre um pobre que sorri feliz por entre dentes perdidos, coberto de papelões, num vão de escada, e o ar sofrido do banqueiro sujeito às perguntas insolentes de uma deputada comunista que o humilha. Ao primeiro não se exige sequer que saiba ler e ao segundo exige-se que recorde cada milhão de euros que acautelou em offshores.
Pobres ricos!
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