A direita capturada por Passos Coelho, Relvas, Marco António e Nuno Melo

Esta direita, PSD e CDS, que vê em Cavaco Silva um intelectual e em Passos Coelho um estadista, confiada à irrelevância política de Passos e Cristas, cometeu um ato de amnésia em relação ao maior vulto político que gerou – Freitas do Amaral.

Aliás, quando preferiu a mediocridade de um Cavaco à dimensão de Freitas, como PR, entrou na ‘apagada e vil tristeza’ com que o primeiro saiu de Belém e Passos entrou na AR, como PM no exílio.

Quando António Guterres foi aclamado secretário-geral da ONU, com o país a vibrar de entusiasmo, à esquerda e à direita, nem uma só voz lembrou Freitas do Amaral. Nem à esquerda, a quem não ficaria mal recordar uma vitória do Portugal de Abril.

Todos esqueceram a presidência da Assembleia Geral da ONU no período de setembro de 1995 a setembro de 1996, um cargo de alta relevância, exercido com notável brilho e disputado contra o candidato finlandês, embaixador do seu país junto da ONU, há anos.

Talvez a isenção com que exerceu o cargo durante o 50º aniversário da criação e início de funcionamento das Nações Unidas (1945), não tenha agradado à direita. A cultura e a preparação de Freitas do Amaral, que o levaram a distanciar-se dos EUA, não convinha a carreiras que viriam a ser feitas com base na subserviência e no malabarismo.

Esta direita esqueceu facilmente os que a libertaram do labéu salazarista e, neste caso, de um conservador que a prestigiou e prestigiou Portugal.

Comentários

Bmonteiro disse…
Elementar meu caro Esperson.

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