Os boches, as chouriças dos mesmos e os outros
Eu adorava as chouriças de boches, quando estes era de porcos cridos à pia, sabores de antigamente cujas fragrâncias se colaram à memória e me remetem para a infância. São lembranças que se associam à bula que era preciso comprar para degustar vísceras, que os temperos tornavam deliciosas, e exonerar do pecado refeições de carne, à sexta-feira.
Ainda hoje considero o porco o animal de excelência para o palato, por alguma razão as religiões do livro o execram, do presunto ao lombo, do focinho ao rabo, das orelhas aos pés, num aproveitamento pleno de que a culinária tira partido.
Falo dos porcos das aldeias da Beira, daqueles que anunciavam o Ano Novo a escorrer, dependurados, e eram convertidos em enchidos que pingavam do fumeiro, de onde se cortava o nagalho da chouriça de boches, do bucho ou da bexiga que chegavam à mesa.
Havia outros boches, de outras latitudes, apreciados nos círculos do poder salazarista e de que se falava em surdina durante a última guerra. Pareciam ter desaparecido com a vitórias dos aliados. Eram feios e maus.
Hoje, parece que ressurgem boches, destes últimos, cujas vísceras se reduzem ao fígado e segregam bílis, sem utilidade culinária, capazes de envenenar o ambiente e chantagear os povos com a sua arrogância, maldade e espírito vingativo.
Há um boche, incontinente verbal, ressentido e vingativo, que me provoca especial azia. E nem para chouriças serve.
Ainda hoje considero o porco o animal de excelência para o palato, por alguma razão as religiões do livro o execram, do presunto ao lombo, do focinho ao rabo, das orelhas aos pés, num aproveitamento pleno de que a culinária tira partido.
Falo dos porcos das aldeias da Beira, daqueles que anunciavam o Ano Novo a escorrer, dependurados, e eram convertidos em enchidos que pingavam do fumeiro, de onde se cortava o nagalho da chouriça de boches, do bucho ou da bexiga que chegavam à mesa.
Havia outros boches, de outras latitudes, apreciados nos círculos do poder salazarista e de que se falava em surdina durante a última guerra. Pareciam ter desaparecido com a vitórias dos aliados. Eram feios e maus.
Hoje, parece que ressurgem boches, destes últimos, cujas vísceras se reduzem ao fígado e segregam bílis, sem utilidade culinária, capazes de envenenar o ambiente e chantagear os povos com a sua arrogância, maldade e espírito vingativo.
Há um boche, incontinente verbal, ressentido e vingativo, que me provoca especial azia. E nem para chouriças serve.
Comentários
.. SE DEUS O ASSINALOU ALGUM DEFEITO LHE ENCONTROU....
ASSINALADO NA CADEIRA DE RODAS ESTÁ... É PORQUE TEM DEFEITOS SEGUNDO DEUS
LUCIANO LEAL